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LOK E RIANA

Lok assistiu com louvor como Luke olhava para os lados à procura do dono da voz no meio de toda aquela escuridão e sorriu, era perfeito perceber o algoz da sua companheira exalando medo e terror e muito ainda estava por vir.

– Feche a porta, Marc — Lok ordenou e partiu em direção ao homem preso na cadeira no meio do cômodo.

O primeiro soco de Lok atingiu o estômago do Luke com força, ele arfou em busca de ar.

— Por favor, o que está acontecendo? — Luke perguntou com grande dificuldade.

— Isso mesmo, você pedirá, por favor, para que eu o mate — Lok rosnou e se aproximou agarrando Luke pelos cabelos, deixando os rostos um na frente do outro. — Quantas vezes ela te pediu, por favor, para que você parasse.

— Eu não sei do que você está falando — Luk sussurrou chorando. — Você pegou a pessoa errada, por favor! Eu estava na minha casa quando um homem invadiu o meu quarto do hotel e quando acordei já estava aqui amarrado, isso não faz sentido.

Lok riu, Luke era um covarde de merda que só tinha força com mulheres indefesas, o assunto era diferente na frente de homens.

– Marc – chamou pelo o beta que estava em um canto assistindo tudo. – Coloque esse imbecil no chão e se certifique que ninguém ouça os gritos dele.

Marc retirou a camisa que usava e colocou sobre a boca do Luke, desamarrou as mãos dele e o jogou no chão de qualquer jeito fazendo com que Luke batesse a boca e o queixo no chão, Luke gritou, mas o som saiu abafado pela camiseta.

– Coloque as mãos para frente – Lok mandou. Eu mandei você colocar as mãos para frente! – Lok gritou e pisou na perna de Luke e imediatamente ouviu os ossos se quebrando seguido de mais um grito de agonia do rapaz, rapaz não, de um estuprador, pois isso que Luke era! Um maldito estuprador que merecia toda dor do mundo. – As mãos! – Lok gritou ainda mais alto e insano.

Choramingando e tremendo, Luke estendeu as mãos sobre o chão, colocando-as para frente e nem mesmo a escuridão impediu que Lok percebesse que a perna de Luke estava em frangalhos e era só o começo. O Alfa sorriu e passou a mão pelo queixo pensando em qual seria o próximo passo.

– Foi com essa mão que você a tocou, não foi? Quando ela pediu que você parasse.

Lok não parecia bem, não, ele parecia um louco falando por enigmas e sabia que isso assustava muito Luke. O alfa sorriu e deu um passo à frente, esmagando a mão do Luke com o pé, e o homem gritou. Sim, Lok não era como os outros homens, sua força era descomunal e podia ser imortal e foi toda essa força que Luke recebeu em seus dedos. Os gritos abafados pela camiseta só incentivaram ainda mais o alfa e assim ele pisou na segunda mão esmagando-a.

– Lok. – Marc o chamou. – Se você não parar agora, ele morrerá, e sei que essa não é a intenção, pelo menos não agora. — Marc o advertiu.

Sim, Luke era humano e não havia nenhuma possibilidade de que ele aguentasse por muito tempo toda aquela tortura. Ele já estava com a perna e duas mãos quebradas e se Lok continuasse não teria Luke para contar história em algumas horas.

Lok olhou mais uma vez na direção de Luke e se afastou, observando aos poucos a dor levando o meio irmão de Riana a inconsciência. Marc estava certo, ele queria a morte do Luke, mas não tão rápido, Lok daria alguns dias de descanso ao homem e logo retornaria. Olhando uma última vez para Luke, Lok se virou e saiu, sendo seguido de perto por Marc.

– O que eu faço com ele? – Marc perguntou.

– Deixe-o assim – Lok respondeu sem remorso. – Amanhã traga comida e o mantenha vivo. Eu o quero bem para a próxima coisa que tenho em minha mente.

MATILHA NEGRAOnde histórias criam vida. Descubra agora