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Aíko e Rapahel

Aíko amava caçar! As viagens traziam a sensação de liberdade, sem contar que ficava longe das piadas dos rapazes por ser a única mulher na matilha. Pelo menos, eles a respeitavam, pois sabiam que ela podia facilmente arrancar as bolsas deles. Aíko suspirou cansada. Estava no lado Sul do estado e não podia caçar por um simples motivo: Neo. Ele era o Alfa do lado Sul e rival do Lok. Aíko puxou a porta do bar e entrou. O relógio marcava cinco horas da tarde, mas ela não se importava de beber um pouco. A bebida não lhe faria efeito algum. Aíko sentou no pequeno banco de madeira em frente ao balcão.

– Posso ajudar? – o barman perguntou ao se aproximar.

– Uma cerveja. – Aíjo conferiu o perímetro a sua volta. O local estava cheio.

– E eu pago.

Aíko respirou fundo e entediada, não precisava se virar para conferir quem era o recém-chegado, ela reconheceria aquela voz mesmo dormindo, aquele tom cheio de frieza e malícia pertencia a ele.

– Minha bela, Aíko. O que devo a honra da sua visita em minha cidade?

Aíko se virou e encontrou um par de olhos azuis tão frio quanto à voz. Um sorriso brincava nos lábios do Neo, Aíko vislumbrou o moicano no alto da cabeça dele. Não podia negar, Neo era lindo, seu corpo não muito musculoso o deixava como um doce pecado a ser cometido.

– Estou de passagem, não se preocupe – Aíko respondeu antes de se virar para pegar a sua cerveja.

Neo se aproximou e agarrou a mão dela na sua e Aíko o encarou.

– Uma Shifter do Norte, sozinha no Sul. – Neo sorriu passando as pontas dos dedos na pele da Aíko. – Ou o Takoda não lhe quer mais ou ele está armando para o meu lado. Falando nele, como vocês estão? Pensei que a essa altura vocês estariam casados – debochou.

Aíko sorriu e os olhos de Neo brilharam com interesse e admiração.

– Devo ressaltar que o seu sorriso é magnífico, deveria sorrir mais – ele sussurrou.

– Anotarei o seu conselho. – Aíko puxou a mão do contato com Neo.

– Mas você ainda não me disse que veio fazer aqui, afinal, não acredito nesse papo de que você está só de passagem.

Aíko levou a garrafa à boca e tomou um gole generoso da cerveja e tornou a colocá-la sobre o balcão antes de se virar para encarar Neo, de novo. Os olhos do lobo do Sul caindo em suas coxas.

– Há vampiros pela cidade, Neo. Eu o segui e adivinhe – Aíko se paorimou mais do lobo e ele parecia hipnotizado. – O rastro do sangue suga me trouxe até a sua cidade e não paro de pensar que você tem algo a ver com os ataques no lado Norte.

– Eu? – Neo passou a língua pelos lábios. Os olhos nunca deixando a figura da mulher em sua frente. – O que eu quero com chupadores de sangue, Koko?

– Não me chame assim – Aíko o advertiu.

– Você costumava gostar. – Neo se aproximou mais. – Gemia até mesmo quando eu lhe chamava assim.

– Mas aí descobri que você não valia nada.

– Não. – Ele a corrigiu. Passou o dedo pelo lábio inferior dela e mordeu o próprio lábio na briga em não ceder ao desejo que nutria pela a mulher a sua frente. – Takoda lhe tirou de mim! É por isso que eu odeio o seu alfa.

– Não o insulte. – Aíko se afastou do toque do Neo ao defender o Lok.

– Sean como está?

MATILHA NEGRAOnde histórias criam vida. Descubra agora