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BRADY E ANABETH

Brady ainda não podia acreditar no que estava acontecendo, Lok ao seu lado lutava contra a vontade de voar no pescoço da vampira que, por consequência, era companheira do Brady. Mas Lok não era o único com raiva, se não fosse a bosta do laço de almas ele seria o primeiro a rasgar o pescoço da sanguessuga. O Shifter odiava vampiros e de todas as criaturas no mundo o destino precisava mesmo dar a ele uma chupadora de sangue como companheira?

– Lok Takoda?

Brady tremeu ao ouvir a voz de Anabeth, era algo que lembrava a ele sinos tocando, mas a frieza e a mortalidade presente no tom foi capaz de deixá-lo arrepiado.

– Quero saber quem é Lok Takoda.

– Sou eu. – Lok deu dois passos para frente e sua matilha fez o mesmo. – Nunca te ensinaram o perigo que é invadir o território deu m Shifter sem ser convidada?

— Não — Anabeth respondeu com deboche. — Meu pai morreu muito cedo e não me recordo dos ensinamentos dele.

— Azar o seu — Lok falou com a voz baixa e cheia de aviso para que a vampira não fosse petulante com ele, mas ela sorriu.

— Mas posso te dizer que lembro das lições do meu criador e ele me ensinou qu não devo temer o que sei que tenho forças para derrotar. — Anabeth sorriu de novo, os dentes brancos pressionando os lábios adornados por um batom vermelho vivo.

Lok olhou para Brady e o aviso no seu olhar era claro, ele só não mataria a vampira por ela ser companheira dele.

— Não se prenda por mim — Brady sussurrou com raiva.

Lok se virou e encarou Anabeth de novo, estava na hora de acabar com aquele show no seu jardim.

– O que você quer? – Lok gritou.

– Venho a mando do meu irmão, Raphael Constantino.

O cenho do Lok franziu, ele reconhecia aquele nome, ouviu algumas coisas a respeito dele. Raphael era rei de um clã o qual o Convém nunca havia sido descoberto, era como brigar com a escuridão.

— Na realidade — Anabeth continuou — Venho a mando da companheira do meu irmão, Aíko Hento, acho que você a conhece, não é? — Anabeth sorriu com o trunfo.

Silêncio se estabeleceu entre os Shifters e em seguida os presentes encararam Lok como se pedissem uma explicação para os absurdos que Anabeth falava.

– E tem mais, exijo a presença de Sean Hento.

— Você exigi? — Lok riu, mas o sorriso sumiu e o Alfa caminhou em direção as duas mulheres sem se importar que uma delas era vampira, mas em segundos Brady parou em sua frente, impedindo-o.

— Por favor — o Shifter sussurrou com os olhos fechados, não podia ir contra seu alfa, mas o laço que o chamava diretamente para Anabeth era mais forte do que suas vontades. – Mais do que todo mundo odiei saber que ela é minha companheira, mas por favor, Alfa.

Lok respirou fundo e assentiu, o Alfa melhor do que ninguém sabia pelo o que Brady estava passando, podia sentir a angústia dele.

— Lok Takoda.

Lok se virou para encarar a outra mulher, a de cabelos pretos, falar.

— Eu me chamo Emily Orsi.

— Orsi? — era o segundo nome de Aíko e Sean e Lok se virou para a mulher percebendo, pela primeira vez, algumas semelhanças dela com Aíko e Sean. Ele sabia muito pouco sobre eles, mas quando resgatou Sean, Emily foi um dos nomes que Aíko pediu que ele ajudasse se fosse possível, mas quando chegou ao território já era tarde demais, a mulher foi dada como morta. — Você não deveria estar morta? — ele perguntou e ela o encarou com dor nos olhos.

MATILHA NEGRAOnde histórias criam vida. Descubra agora