MATILHA NEGRA

14

SEAN E JOAN

Sean secou os cabelos com a toalha que Joan entregou a ele antes que entrasse para tomar banho, era grato por ela ter aceitado que ele passasse a noite, mas ao mesmo tempo estava nervoso, não sabia o que esperar da noite.

– Sean. — Joan bateu na porta do banheiro chamando a atenção dele.

– Pronto. — Sean saiu sorrindo do banheiro, o tipo de sorriso que fazia seus olhos fecharem.

– Eu... Eu quero saber se você quer dormir no sofá, ou...

– Eu durmo onde você quiser que eu durma. — Ele sorriu. — Não quero te pressionar de maneira nenhuma.

– Quero que você durma na cama comigo. — Joan foi direta.

– Como eu disse, durmo onde você quiser que eu durma.

Joan sorriu.

– Estou sendo muito atirada, não é?

– Não, você é perfeita e o fato de dormimos na mesma cama não significa que faremos algo.

– Nem mesmo se for do meu querer que aconteça?

Sean sorriu. Ele queria muito acontecesse algo, mas queria contar primeiro o seu segredo a Joan, de maneira nenhuma gostaria que sua companheira se sentisse traída, afinal, não era um simples ato sexual, tratava-se de uma ligação de alma onde o dois estariam ligados para eternidade.

– Se acontecer, aconteceu — Sean falou com segurança.

Joan sorriu e estendeu a mão para Sean e ele apegou, deixando-se ser guiado para o quarto.

– Eu dormia na sala — ela revelou por fim. — Eu tinha medo do Gael e por isso dormia na sala. Sempre esperei ele pegar no sono para sair do quarto, mas sempre dormi com medo de que ele me atacasse, mas levando em consideração que ele estava sempre sob o efeito de álcool, raramente ele conseguia acordar e como só eu trabalhava. — Joan levou a mão sobre a boca assustada.

— O que foi? — Sean se aproximou tocando os ombros dela.

— Preciso saber a minha situação no meu emprego, será que o perdi?

— Acho que não e se o perdeu, encontraremos um melhor, não se preocupe com isso. — Sean toco o rosto de Joan com carinho e ela ficou vermelha.

— Eu... não durmo na minha cama faz um tempo e não sei como me portar com um homem gentil ou só dormir com um, então, se eu fizer algo de errado me desculpe.

Sean acariciou os lábios de Joan e se aproximou com os seus próprios lábios a beijando. Eram doces e o gosto e cheiro de chocolate estavam presentes.

— Não se preocupe com nada, só deixe as coisas acontecerem. — Sean a pegou no colo e Joan o olhou com surpresa. Ele a carregou em direção à cama. — Já disse que não precisamos fazer nada, só quero que você se sinta bem ao meu lado e descanse.

– Eu me sinto bem ao seu lado. — Joan colocou as mãos no pescoço de Sean e manteve os olhos nele. — Eu já me sinto feliz com você ao meu lado mais do que já me senti em 33 anos de existência. Será que você compreende isso? Será que você percebe que isso me assusta? Saber que você mexe comigo de tal forma que me deixa louca, o fato de que preciso de você mais do que preciso de ar. Isso é assustador, eu... Eu mal te conheço e...

– Eu entendo você. — Sean a interrompeu. Joan estava desesperada com a situação. — Saiba que me sinto do mesmo jeito, esses sentimentos são novos para mim também. — Então Sean a beijou, algo totalmente diferente do que ele havia dado em Joan, foi um beijo necessitado e desejoso.