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BRADY E ANABETH

Brady segurou a porta do seu quarto aberta para que Anabeth pudesse entrar. Não sabia porque, mas esteve ao lado dela até mesmo quando todos os lobos deixaram o escritório e ficaram só os vampiros resolvendo o que faria para passar a noite e os restantes dos dias que ainda seriam hospedes na mansão Takoda.

– Você ficará comigo hoje? — Anabeth perguntou em um tom de deboche enquanto assistia Brady caminhar em direção ao closet para pegar algumas roupas.

— Não, só preciso tomar um banho antes de deixá-la sozinha — ele respondeu caminhando até o banheiro.

Brady tirou a camisa enquanto caminhava até o banheiro e Anabeth mordeu o lábio inferior ao ver o físico dele e o quanto Brady era forte. Ela se deitou na cama e escutou o momento em que o chuveiro foi aberto e a água começou a cair. Anabeth fechou os olhos e se concentrou nos sons, o sabonete passando sobre a pele, a respiração lenta de Brady e não houve dúvidas de que o Shifter era perfeito para ela. Mas como chegaria até ele? Como faria Brady aceitar o vínculo que deveria uni-los.

Dentro do banheiro, Brady terminou o banho, saiu do boxe, se secou, vestiu a calça e parou ao sair do banheiro e encontrar Anabeth de olhos fechados sobre a cama.

– Estava imaginando você tomar banho – ela falou ainda de olhos fechados. – Preciso dizer que parece excitante. — Ela respirou fundo. — Você deixará mesmo a sua Matilha para me acompanhar?

— Correção, estou indo para o Sul para ajudar o seu irmão, e irei sob às ordens do meu Alfa, minha ida não tem nada a ver com você.

– Claro. – Anabeth sorriu ainda de olhos fechados. – Você sabe que essa hostilidade entre a gente é desejo, não sabe?

Brady riu em descrença.

— Você não me conhecia até alguns dias, sanguessuga e até ontem você não queria nada comigo, agora me deseja?

Anabeth sentou sobre a cama cruzando as pernas.

– Eu disse que não o queria? – Ela arqueou a sobrancelha em questionamento.

– Disse assim que chegou aqui, então, não dê uma de bipolar para cima de mim.

Anabeth sorriu se jogando na cama de novo, a vampira estava adorando a atenção que recebia de Brady naquele momento.

– Por que você me odeia? — ela perguntou.

Brady respirou fundo, sentou na beira da cama e Anabeth apreciou as costas musculosas do shifter, a vontade que sentia era de abraçá-lo e distribuir beijos por toda a extensão dele.

– Eu não odeio você, Anabeth Constantino.

Era a primeira vez que Brady falava seu nome e a vampira achou extremamente sexy.

— Sofri no passado por causa da sua espécie, nenhum vampiro em particular me agrada.

– O que aconteceu? – Anabeth sentou de novo e se aproximou mais de Brady. Ele não se afastou e a vampira se sentiu feliz.

– O que sua espécie faz de melhor?

– Mata? – Anabeth falou brincando, mas o corpo de Brady ficou rígido.

– Isso mesmo, sua espécie matou a minha mãe quando eu era mais novo. Meu pai não suportou a perda e morreu alguns meses depois. A minha vida acabou e se não fosse pelo Lok, eu não estaria mais aqui para contar história. Então, sim, eu odeio a sua raça.

Brady ficou de pé, mas se assustou ao sentir Anabeth perto dele, quase tocando seu corpo. Ela era rápida.

– Não menti quando sugeri a você que podemos caçar quem fez isso com você. Com certeza, eles estão vivos e será um prazer conceder essa vingança a você. — Anabeth tocou o ombro do Brady e ele a encarou o gesto.

MATILHA NEGRAOnde histórias criam vida. Descubra agora