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 COLLIN E SYLVIA

Collin estava sentado à mesa da cozinha devorando de forma louca alguns bolinhos que Sam tinha acabado de fritar. Já passava das oito da noite e o Shifter estava com fome, melhor dizendo, todos os lobos estavam com fome. A hora da refeição era algo sagrado na matilha Takoda.

– Se você comer tudo não sobrará jantar, Collin — Sam reclamou sabendo que se o lobo devorasse todos os lobinhos, ele seria o primeiro a escutar as reclamações dos demais companheiros de matilha.

– Só mais um — Collin respondeu pegando mais um bolinho e o devorando em segundos.

Marc entrou na cozinha ainda mal, tinha passado o dia todo trabalhando para Lok, mas só queria saber mesmo de Tess. E queria demais explicar o que a tal palavra amor significava naquele momento.

– Lok pediu para alguém levar alguma coisa de beber e comer no escritório.

– O que tem no escritório? — Sam perguntou curioso.

– Ethan trouxe duas mulheres para conversar com o Lok e pela forma que ele olhava para uma delas, acho que há algo ali.

– É a companheira dele – Sam informou o que Marc não sabia por ter passado o dia todo fora.

– Ele também? – Marc perguntou surpreso.

– Ele também.

Marc sorriu, mas era mais por instinto mesmo do que por vontade.

Sam sorriu ao perceber que Ethan optou por ajudar a companheira dele e mesmo que tivesse o atiçado contra o laço, ficava feliz pelo amigo. Todos mereciam ser felizes. Mas ele estava feliz sozinho, e assim queria permanecer.

– Tem água, suco, refrigerante e que você quiser na geladeira. E não faz muito que fiz uns sanduiches, pode levo-os – Sam falou e voltou a atenção para o preparo do jantar.

– Eu estou cansado, passei a tarde toda tentando ser invisível. – Marc resmungou. — Eu preciso de um banho e descanso.

– Nada de companheira hoje? — Collin debochou enfiando mais um bolinho na boca e sorrindo de boca aberta com a careta que Marc fez.

– Nada. — Foi à única resposta do beta antes de deixar a cozinha.

– Sobrou para você, Collin. — Sam avisou mexendo o molho da massa.

Resmungando Collin pegou a badeja e a arrumou com tudo o que Sam havia falado que estava disponível para visita. Quando tudo estava bem alinhado, Collin tinha essa manina, ele pegou a bandeja e saiu da cozinha em direção ao escritório. Sem bater, ele entrou na sala e caminhou até o canto do cômodo colocando a bandeja sobre a pequena mesa, Collin arriscou um olhar na direção do Lok e o que ele encontrou foi um par de olhos azuis brilhantes. A mulher sentada a sua frente tinha os cabelos loiros, lábios finos e beijáveis e... droga, ela era a dona do seu coração, podia sentir que o destino a escolheu para ele.

– Minha – Collin sussurrou, mas podia sentir que a mulher reconhecia aquela linha de desejo os ligando, aquele laço que se formou no momento em que ele entrou.

– Pode nos dar licença, Collin

Collin olhou na direção do Lok e suplicou com seu olhar que o deixasse ficar. Lok era o mais esperto de todos, claro que podia sentir o laço que o unia a mulher na sala.

— Fico no canto e não se meta no assunto – Lok falou e voltou a sua atenção as duas mulheres. — Prazer, me chamo Lok Takoda. — Lok ficou de pé e contornou a mesa se aproximando das duas.

MATILHA NEGRAOnde histórias criam vida. Descubra agora