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COLLIN & SYLVIA

– Ethan já voltou? – Sylvia questionou enquanto colocava sorvete nas taças de vidro para sobremesa.

– Até a hora que saí de casa, não – Collin respondeu e sorriu ao ver a tentativa do Caio de ficar de pé e andar. — Quando você pretende andar, garotão? — ele brincou e Caio o respondeu com um sorriso.

– Eu fico me perguntando isso também – Sylvia falou ao se sentar do lado do Collin no sofá e o entregou uma taça com sorvete.

Collin pegou Caio no colo e com toda habilidade ele apoiou o pequeno em uma das suas pernas e levou uma colher de sorvete na boca da criança, Caio gritou ao provar o soverte de chocolate e Collin sorriu ainda mais abobalhado.

Papa — Caio falou baixinho e olhou para Sylvia no momento que apontou seu pequeno dedo na direção do Collin.

Imediatamente o corpo de Collin ficou rígido e ele encarou uma Sylvia espantada que encarava o filho, o rosto dela ficando levemente vermelho.

— Eu... eu... — Sylvia começou a gaguejar. — Sinto muito, Collin, juro que não o incentivei a isso. Caio, o Collin não é...

— Você se incomoda que ele me chame de pai? — Collin a interrompeu.

Não, ela não se importava, mas nenhum homem ficaria de boa se uma criança que nem fosse sua o chamasse de pai.

— Eu não me importo, Collin, mas penso em você. Isso deve incomodá-lo.

— Se esse é o seu medo, não se preocupe, não estou incomodado, pelo contrário, eu amei o jeito que o Caio me chamou.

— Jura? — ela perguntou espantada.

— Juro — Collin respondeu e se debruçou sobre o sofá para beijá-la e voltou a sua atenção a criança em seu colo. — Isso mesmo, campeão. — Collin acariciou os cabelos claros do Caio. — Papai. — Collin apontou para o peito e Caio abriu um sorriso desdentado.

Sylvia não suportou a cena, ela simplesmente ficou de pé e correu em direção ao quarto, não podia chorar na frente do Collin, ele a chamaria de louca. Ela se virou no momento em que ouviu a porta do quarto abrindo enquanto um Collin preocupado a analisava.

— O que aconteceu? Fiz algo ou falei algo que a machucou?

– Não. – Ela deu um passo à frente e o abraçou, as lágrimas caindo sobre seu rosto. — Só fiquei feliz em perceber que você aceitou o meu filho.

– Claro que eu o aceitei e fiz isso desde o primeiro dia que a vi.

Sylvia o abraçou com mais força e Collin fechou os olhos, precisava ter aquela mulher. E sabia o que precisava fazer.

– Se arruma — ele falou ao se afastar, os dedos de Collin limparam as lágrimas no rosto da companheira. — Arrume o Caio, pois preciso levá-los a um lugar.

– Que lugar?

– Só se arrume, já venho com o Caio. — Collin saiu em direção a sala deixando uma Sylvia confusa para trás.

Quarenta minutos depois Collin estacionou o carro na garagem feita de cascalho da Matilha Takoda.

– Estamos na sua casa — Sylvia sussurrou confusa.

– Sim, mas dessa vez o assunto é diferente. — Collin desceu do carro e ajudou Sylvia a descer com o Caio. — Alguns dias atrás você me perguntou o que tantos homens fazem juntos na mesma casa.

Ela concordou.

— Hoje é o dia de você saber sobre esse assunto.

— Okay, mas agora me perguntou se devo ficar nervosa ou não.

MATILHA NEGRAOnde histórias criam vida. Descubra agora