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Lok estava furioso!

Joan estava internada com alguns ferimentos graves decorrentes dos ataques sofridos pelas mãos do próprio marido e isso o levou a pensar no irmão de Riana, o ser repugnante que Lok precisava caçar. Depois de dar o suporte necessário ao Sean, Lok seguiu até o encontro da sua companheira. Agora ele estava ali, dentro do carro, ainda tentando se acalmar. Minutos depois de muita análise e prática do autocontrole, ele desceu, caminhou até a porta e apertou a campainha. A porta foi aberta por um Marc sorridente, mas logo o sorriso do seu beta sumiu ao perceber que era ele à porta.

– O que aconteceu? – Marc perguntou vendo a expressão de Lok.

– Sean encontrou a companheira dele.

– Sério? O moleque. – Marc brincou. – Mas algo me diz que não é somente isso.

– Ela está no hospital, ela foi violentada pelo marido. Ela está... – Lok trincou os dentes. – Tenho pena do Sean. Ele é novo e conseguiu uma companheira que aparenta ter uma bagagem e tanto.

– E todas não possuem? – Marc deu de ombros se referindo a Tess.

– Sim, todas possuem. Cadê a Riana?

– Quarto. – Marc abriu mais a porta e deu espaço para Lok passar.

Os olhos de Lok caíram sobre Tess que vinha da cozinha carregando uma bandeja com alguns aperitivos. O olhar que Lok lançou para ela foi algo menos feroz do que das outras vezes, afinal, ela era companheira do seu Beta e ele nunca, jamais machucaria a companheira de algum beta, sentinela ou comandante no caso da Aíko.

– Alfa. – Tess engoliu em seco vendo Lok parado no meio da sua sala.

– Tess – ele a cumprimentou.

– Eu gostaria me apresentar a você e a sua matilha.

– Perfeitamente. – Lok sorriu. Pelo menos uma coisa boa no meio de toda aquela confusão. – Eu realmente tenho algumas perguntas para lhe fazer.

– E eu estou pronta para responde-las quando o senhor quiser.

– Assim que tiver um tempo, comunico ao Marc e ele te avisa.

– Tudo bem.

– Mas, por favor, não me chame de senhor, isso faz com que eu me sinta velho, mesmo que eu seja. – Lok sorriu e Tessa sorriu timidamente. – Agora. – Lok apontou para o corredor e seguiu em direção ao quarto da Riana.

– Boa sorte. – Marc brincou com o Lok quando ele passou.

oOo

Riana estava saindo do banheiro com a toalha em volta do corpo quando a maçaneta do quarto girou e a porta se abriu revelando um Lok que não parecia nada feliz e espirituoso. Os dois ainda estavam brigados, mas algo em toda aquela sombra em seus olhos deixou claro que a briga deles era o de menos naquele momento.

– O que aconteceu? – ela perguntou ignorando o fato que ainda estava chateada com ele.

– Sean ele...

– O que houve com o Sean?

– Ele encontrou a companheira dele e... Fomos ao encontro dela e descobrimos que ela sofre todos os tipos de violência já faz alguns anos.

Riana caminhou em direção do namorado e o abraçou. Sabia que aquele lado meio frágil de Lok era por causa de sua história.

– Eu sinto muito – ela falou com os lábios próximos a orelha dele.

MATILHA NEGRAOnde histórias criam vida. Descubra agora