Prólogo

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– O quê? O que você disse? – Questionou Sakura ao ficar estupefata com o que ouviu, piscando duas vezes e ergueu a sua cabeça para ouvir melhor a fala da sua amiga com mais clareza.

– Eu preciso da sua ajuda com isso! Você é amiga dele, o conhece bem e eu sou tímida!

Ainda perplexa com o que acabou de ouvir, formulou uma pergunta para esclarecer o desejo da amiga.

– Você quer mesmo a minha ajuda para namorar o Sasuke Uchiha?

Horas depois:

Andava pelas ruas gélidas de konoha ainda incrédula, a sua amiga gostava de um homem egocêntrico e metido, que nunca faria o seu estilo, contudo, Sakura aceitou, até porque a sua amiga fez aquela cara de pidona que só ela faz com destreza. Todavia rosada estava incomodada com esse pedido, visto que quando tinha 14 anos, ela o amou e tanto que trocou sua melhor amiga por ele, que também era apaixonada pelo Uchiha. Porém foi um ato falho para ambas, o desfecho foi bem trágico para as duas amigas.

– Calma, leitor! Isso acabou sendo um ótimo aprendizado. – Explicou Sakura, quebrando a quarta parede e olhou para o leitor. – Visto que eu e Ino ficamos inseparáveis depois deste episódio dramático. Porque a minha mãe nos fez ler sobre feminismo, carência, independência emocional, autoestima e sobre Gevertz e Freud, sobre a mulher que busca um parceiro igual ao pai. Caso não tenha conhecimento sobre, é um estudo de relações afetivas que são em termos de imagem. Explica que as questões físicas são apenas expressões de um amor maior – no caso, o paterno – e que uma mulher procura – às vezes inconscientemente – um parceiro que se parece com o seu pai! Sim, caro leitor! O conceito de que as mulheres se baseiam na figura paterna para escolher namorados e maridos nunca foi tão literal. Resultou não só no fortalecimento da nossa amizade, mas também no nosso autoconhecimento. Pareci militante? Ai, não me responde! – Disse risonha e voltou a concentrar-se nas ruas.

Era começo de fevereiro, o clima estava começando a esquentar, contudo à noite sempre era mais gélida. Quase ninguém estava nas ruas, possivelmente estavam se esquentando nos seus cobertores felpudos.

– Mas depois desse caso, o vendo diariamente em razão de que era o melhor amigo de Naruto e como eu a melhor amiga, era impossível não ter contato. Portanto eu usei isso ao meu favor e tive uma conversa com ele que no começo foi estranha, mas com o passar dos dias, voltamos a sermos amigos e hoje somos inseparáveis. Mas ainda o acho insuportável.

A expressão de Sakura exalava felicidade quando se lembrou do perfil difícil do amigo, contudo, ficou pensativa novamente, por este fato.

– Porém as nossas vidas irão mudar drasticamente, leitor! Nem tenho tempo para isso. Todos nós iremos para a faculdade e o meu curso demanda muito tempo de mim, já que escolhi medicina. – Ela fez uma careta pela loucura da escolha do curso. – Além de que o moreno tem um perfil bem complicado. Putz! Desculpa! Eu nem expliquei o porquê. – Reclamou consigo mesma, revirando os olhos e se negou de ter esquecido o seu casaco.

Estava levemente maquiada, com os cabelos soltos, um vestido rodado bege floral – o seu comprimento era até os joelhos, no peito era bufante e com largas mangas –, tênis branco e uma bolsa de alça branca.

– Sasuke sofreu bastante. Bem, isso tudo aconteceu há muito tempo. – Disse Sakura, com uma expressão triste e cansada ao olhar para frente. – Quando ele tinha 7 anos, perdeu o pai de forma trágica em um acidente de carro, em que a sua mãe também esteve presente, mas saiu viva. – Respirou pausadamente. – Apesar disso, com sequelas que já se resolveram com muita terapia intensiva. O irmão foi para o exército depois desse episódio, cortando o laço com a família e o Sasuke ficou bem chateado e furioso, descontando isso tudo nas pessoas e na música.

Simplesmente Acontece [EM REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora