Simplesmente Acontece [EM REVISÃO]

Chame meu nome

O clima está relativamente frio, mas sentia que não está tanto assim, visto que o inverno tinha acabado de ir embora. A primavera chegou, há alguns dias os seus pés estavam no Fuji Shiba-sakura, no entanto, somente olhava firmemente ao chão, pois eram vários tapetes de shibazakura em flor ou "sakura do gramado". Hoje está onde concentram-se as cerejeiras em flor do país, onde tem que erguer a cabeça para contemplar as flores das cerejeiras. O chão estava cheio de pétalas, formando um mar rosa.

– Minha época favorita, a primavera! – Disse contemplando as arvores, mexendo sutilmente em sua roupa mais confortável e simples, já que está mais fresco.

Apenas contemplava as arvores, todavia, fechou os seus olhos quando sentiu um vento transportando o perfume que soltavam das flores, tudo era tão magnifico e sereno. Porém, ouviu um som de graveto sendo quebrado, levando um susto.

Virou seu corpo ao encontro do som, vendo um homem que nunca tinha visto antes e começou a andar para trás bem devagar, contudo, o homem lhe deu um sorriso maligno e começou andar valente em sua direção.

Olhou em busca das suas irmãs por toda a parte, mas tinha se distraído com as arvores e andou muito pela floresta. Não as achando, começou a correr por onde tinha passado e gritou por ajuda, mas o rapaz lhe jogou contra o chão, ficando por cima.

Começou a se debater com toda a força que residia em seu corpo, todavia, o seu adversário é quase duas vezes maior. No momentos em que percebeu que não havia mais solução, chorou pedindo misericórdia e fechando os seus olhos, rezando.

– Solte-a! Agora! – Mandou uma voz que exalava irritação, cavalgando um cavalo.

– Cale a boca, quem é você para se intrometer? – Disse o homem que está em cima de si.

Abriu os seus olhos molhados vendo uma figura bem familiar, o homem que tinha lhe salvado, era ele. O homem que viu no Lago Kawaguchiko. Seu inimigo arregalou os seus olhos soltando-a imediatamente, ajoelhando-se pedindo perdão ao sucessor do imperador.

Indra lhe olhou ficando ainda mais irritado com o que aconteceria e voltou a encarar aquele homem a sua frente com desdém. Vestiu-se o que foi lhe tirado, secando as suas lacrimas dos olhos com as mãos.

– Olhe para o outro lado. – Indra mandou e você apenas obedeceu dando as costas e olhou para cima onde as flores de cerejeiras eram melhores vistas. Ele tem o poder de eliminar com sua espada qualquer um das castas mais baixas que não o respeitasse, sem necessidade alguma de justificação.

Então ouviu um som de algo caindo ao chão e o moreno andou em sua direção, ficando em sua frente.

– O-obrigado, eu... – Ajoelhou-se diante ao sucessor, olhando sem querer de relance para o homem morto que está atrás.

– Levante-se, ele lhe machucou? – Seu tom não era mais rude ou autoritário, mas sim delicado e carinhoso.

– Não, Indra Otsutsuki Denka. – Respondeu ainda ajoelhada, ainda lhe agradecendo.

Então ele agachou-se e com os seus dedos ergueu o rosto da camponesa, dando um leve sorriso e suspirou aliviado por ter chegado a tempo. Ele estava à procura dela, depois do episódio do lago. Sua beleza é tão exótica que todos a conheciam, o que facilitou sua procura. Ele secou com os dedos as outras lagrimas que não paravam de cair do seu rosto, ajeitando também a sua franja e encarou seus olhos. Em segundos toda a sua tristeza e angústia evaporaram de seu corpo, o medo que reinou em suas veias, a coragem o roubou de seu trono e o respondeu dando-lhe um sorriso.

– Que bom, pois eu finalmente lhe achei.

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