Eu preciso saber agora

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– O que ele lhe disse? – Anunciou Sasori entusiasmado, ao lado de Sakura na frente da barraca de doce.

– Ele agradeceu por eu cumprir a nossa promessa e queria conversar sobre algo, contudo, não terminou de pronunciar. – Respondeu ao amigo ainda admirando o moreno a caminhar em direção oposta, relembrando das doces palavras do seu amado.

– Fiquei tempos esperando vocês dois dialogarem dentro do banheiro para ele não concluir? – Perguntou revoltado cruzando os seus braços e revirou os olhos pela lerdeza do moreno.

– Sério? E eu pensando que você estava passando mal. – Disse gargalhando da cara do amigo, olhando-o divertidamente e negou com a cabeça. – Não deve ser importante, vamos pedir os doces?

– Sim, mas agradeceu o quê?

Sakura começa a contar o relato ao ruivo, comprando os doces e solicitando um carro pelo aplicativo para levá-los em casa.

– Gratificante em saber que ele praticamente falou um "eu te amo" na sua cara, tão edificante! – Os dois estão agora dentro do carro voltando para a casa da Haruno.

– Eu sei, Sasori. – O ruivo a olhou com espanto, pensando que finalmente tinha colocado algum juízo em sua cabeça. – Todavia ele está com ela porque quer. Você sabe o quanto eu queria que fosse diferente, que não fossemos aquele tipo de romance que tem tudo para ter um "final feliz", todavia, acontece uma grande reviravolta e tem um final fracassando, mas nem tudo é como a gente quer. Não há nada mais torturante e nem mais audacioso do que deixar alguém que ama partir feliz. A gente sabe que é amor, mas não é pra ser. – Apenas explicou olhando pela janela, voando naquele imenso céu negro cheio de estrelas e perguntou-se mentalmente "Por que estrelas? Por que continua nos separando? Está já é a terceira reencarnação."

– Acho que você tem razão! Estou orgulhoso de você, cresceu muito pimpolho! – Afirmou Sasori entendendo perfeitamente o que a amiga quis dizer.

Ao chegarem, Sakura não conseguiu pregar os seus olhos e decidiu ler o tal livro que juntou os Uchihas e os Harunos. Voltou ao belíssimo cômodo literário e enfim sentou-se naquela poltrona, que agora ficaria a marca perfeita de sua bunda com o passar das horas.

Ao abri-lo, chocou-se por achar várias lembranças aleatórias soltas dentro e contemplou cada uma. Fotos, cartas, lembretes, flores, cartões, origamis, desenhos e figurinhas soltas das duas mães. Ao folhear cada página, têm alguns comentários de ambas sobre os capítulos e alguns relatos comparativos.

– Sabe leitor (a), parece ser ironia do destino, mas este livro do Dracula fala sobre reencarnação. – Revirou os olhos debochadamente e deu uma risada soprosa sem graça. – O Drácula jurou defender a cruz, em referência às cruzadas cristãs com a invasão dos turcos e lidera um exército para combater os inimigos da cristandade, deixando a esposa Elisabeta em segurança em seu castelo. Depois de ganhar a batalha, o conde retorna ao lar ansioso por encontrá-la, mas a encontra morta. Numa vingança dos turcos por causa da derrota, eles fazem chegar às mãos de Elisabeta uma carta informando falsamente que Drácula havia morrido e tomada pela dor, ela salta da torre do castelo para o rio. Só que o cristianismo defende a crença da santidade pela vida e faz com que o suicídio seja considerado um crime, uma afronta a Deus. Assim, a alma de Elisabeta foi condenada e não pôde ser recebida ao Paraíso. Ao saber do castigo que ela receberia, Drácula revolta-se contra sua fé e jura vingar a morte da amada através dos séculos, retirando sua força do sangue até achá-la. Tudo que Drácula faz é por conta da busca desesperada e da tentativa de reencontrar Elisabeta em sua reencarnação e a encontra em Mina Murray depois de centenas de anos. E adivinha? Eles não ficam juntos no final. – Suspirou contando o drama romântico, tão melancólico.

Simplesmente Acontece [EM REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora