Simplesmente Acontece [EM REVISÃO]

Aqueles olhos (18)

Oi gente tudo bem?Antes de lerem, só queria comunicar que esse +18 no título não é sobre libertinagem (sei que você abriu feliz pensando que era, sua (seu) pervertida (o) – culpo vocês por termos essa intimidade. Tem +18 porque pode ocasionar gatilhos! Tem morte, bastante violência e importunação sexual (não tem estupro, tem momento girl power até). Caso tenha esse gatilho, fala comigo que eu faço um resumo pra você, precisa ter vergonha não.

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Piscava de forma lenta e preguiçosa, com a visão ainda turva, viu paredes acinzentadas num tom escurecido e uma luz amarelada vindo do teto. Arregalou os olhos não reconhecendo o lugar, vendo que as suas mãos e seus pês estavam amarrados por cordas. Em cima de um colchão encardido e com poças em formas de manchas marrons espalhadas, estava Sakura deitada.

Levantou-se seu tronco bruscamente, sentindo um forte odor de sangue podre e de mofo no ar. Arfou de dor pelo pulso preso com muita força a sua frente, e procurou atentamente pelo quarto para achar uma saída ou algo cortante. Infelizmente não tinha nenhuma mobília ou algum objeto no chão, mas ela se surpreendeu reconhecendo você de imediato.

– Leitor (a)? Nossa, como vai? Bom, eu não estou indo muito bem! – Mostrou as mãos amarradas e deu os ombros. – Não nos vemos há quantos anos? Mais de 8 anos? – Falou olhando para a corda, tentando ver se dava para desamarrá-la. – Sentiu saudades dos meus dramas? Perfeita hora, não? Você deve estar se perguntando como eu fui parar aqui e eu não sei lhe responder isso, mas posso fazer um resumo para você o porquê acabei no Iraque.

Ao ver que o nível do nó é superior ao que conhecia, bufou derrotada.

– Bom, depois daquele lance todo em Konora, voltei e terminei meu curso. Ele até foi em Harvard dois dias depois, mas apenas para fechar a sua inscrição da faculdade e foi terminar o seu curso no Japão.

Ficou de frente para o colchão de quatro e o levantou até a parede, vendo se tinha algum objeto largado embaixo, ficando mais uma vez desanimada por não ter achado nada.

– Eu queria tanto discutir e perguntar com ele sobre a traição, mas sabe quando você não consegue falar? Quando sua garganta se fecha, parece que ficou muda e chega a doer? O medo dele falar que sim era monstruoso e depois? Aquilo me deixou sem palavras e aquela força que eu tive com Gaara, eu não consegui ter com ele. Quando aconteceu aquela mentira, não deu tempo para conversar com ele no Japão, porque no dia seguinte era a prova e eu não queria deixar a viajem estranha. Então falaria nos Estados Unidos, mas deu tudo errado e tivemos aquela ligação sobre conversar com a minha volta ao Japão. Depois de dois dias pensando com mais calma, eu realmente fiquei com dúvidas sobre a traição, até porque mesmo com as provas, não fazia muito sentido. Mas quando tive essa força e iria enfrentá-lo, ele tinha vindo e nem tinha falado comigo e em menos de duas semanas, ele tinha começado a namorar a Samui, então eu me conformei. Não vou dizer que eu não fiquei mal no começo, eu fiquei! Mas como vou continuar se ela está fazendo ele ser tão feliz e isso meio que diminui a dor e a tristeza que eu tenho por não poder estar no lugar dela.

Desceu o colchão e sentou-se dando uma risada soprosa. Falar aquilo ainda a deixava cabisbaixa.

– Sei muito bem que ele me machucou, mas ele agregou muito a mim e me ajudou a evoluir em muitas coisas. E uma delas veio quando começamos a namorar, ele me ajudou a confiar o suficiente em mim mesma a ir embora, sem depender emocionalmente dele e foi isso que eu fiz. Até porque o amor mais puro e singelo, não é obsessivo. Contudo ele me deu tanta confiança depois de afirmarmos o namoro que eu nunca cogitei que ele faria algo assim. Eu só tinha implicância com ela – e eu estava certa –, mas eu acreditava nele. Falei com tanta convicção que confiava nele, no aniversário dele para ela e não vi facada nas costas.