Fallen Crown • {l.s}

VI. MEMORIES

oi beberes! curtam o capítulo e comentem tb

beijinhos, boa leitura

Payno @ niver do dj payno

vcs já estão prontos? vou sair em 20 min

louis se vc não estiver pronto quando eu bater ai vc vai a pé

"Merda", Louis pensou, ele estava atrasado. Ainda com a toalha enrolada na cintura e deitado na cama, ele se distraiu com o Twitter e agora ele tinha mais ou menos meia hora para escolher uma roupa e ajeitar milimetricamente sua franja.

Estava sem tempo, então optou pelo clássico: jeans skinny preto, uma blusa também preta da adidas e seus Vans de sempre. Pegou uma jaqueta jeans porque, apesar de ser agosto e estar relativamente quente na Inglaterra, de madrugada quando saísse da balada poderia estar frio. Sempre se deve esperar por chuva naquele país, Louis aprendeu.

Estava terminando de arrumar seus fios de cabelo que deveriam estar na posição exata para concluir seu objetivo de ter uma franja bagunçada quando alguém bateu na porta de seu quarto.

-Lou? - Félicité falou do outro lado - Posso entrar? É seguro?

-Entra, Fizzy - o  irmão mais velho respondeu rindo.

-Você sabe que alguns espirros de perfume são o suficiente, né? Não precisa gastar o frasco todo.

-Meu cheiro é minha marca, Fizz. As pessoas me reconhecem mesmo sem me ver - Louis piscou para irmã pelo espelho.

-Eu poderia falar algo muito rude agora envolvendo lobos e outros animais territoriais - Louis revirou os olhos e a irmã soltou uma risada pelo nariz - mas, eu vim te pedir um favor então vou ser legal.

-Não vai rolar. Estou saindo daqui - Louis checou o celular - quinze minutos. Liam é pontual até demais, você sabe.

-Você não precisa fazer nada, só me emprestar o "Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban" - Louis parou de se encarar no espelho e virou para a irmã. O silêncio que recaiu sobre os dois não era nada confortável - Por favor? - Fizz tentou, com uma careta meio constrangida.

Louis ainda não conseguia formular uma resposta para explicar que ele jamais tocaria naqueles livros, tendo em vista que foram presente daquele bastardo do Harry Styles e ele queria distância de tudo que remetesse àquele filho da puta.

-Não - foi tudo que Louis conseguiu pensar.

-Qual é, Lou! - Fizz disse revirando os olhos - Não tem esse livro na biblioteca da faculdade e eu quero muito continuar a ler.

-Não.

Félicité inspirou fundo. Era difícil lidar com a teimosia do mais velho, era só um livro caramba!

-Olha, se isso tem a ver com...ele - a garota encarou o irmão para ter certeza que era seguro continuar, mas Louis estava com o olhar distante então continuou mesmo assim - não acha que seria muito mais inteligente se livrar desses livros de uma vez? - ela não obteve resposta, Louis ainda encarava a parede - Não precisa ser todos de uma vez, sabe. Você pode começar me emprestando o que eu te pedi e depois-

-Pegue. - Louis a interrompeu. Fizz estava certa, afinal. O que ele faria com aqueles livros, além de se auto torturar toda vez que olhasse para eles? Se livrar desses livros era um pequeno passo para apagar Harry Styles de sua história de uma vez por todas.

-Certeza? - Félicité se animou.

-Rápido, antes que eu me arrependa.

A garota foi até a estante de livros na parede e puxou o exemplar do terceiro livro de "Harry Potter". Passou por Louis deixando um beijo em sua bochecha.

-Você é o melhor, Lou! Te amo!

Tomlinson finalmente se virou para a irmã, acordando de seu transe.

-Te amo, cuide bem dele.

Assentindo, a irmã saiu do quarto deixando Louis sozinho com seus pensamentos.

Odiava quando era forçado a lembrar do traidor do seu ex-amigo/namorado. Odiava lembrar de todas as juras que foram quebradas, porque Harry fugiu. Sem explicações nenhumas ele simplesmente desapareceu e deixou Louis sozinho, tendo que ouvir um monte de merda homofóbica da mídia e de alguns infelizes na rua. Deixou Louis sozinho, tendo que enfrentar um caos sozinho, as pessoas o chamando de coisas horríveis e o culpando pelo sumiço do príncipe. Óbvio que o herdeiro do trono de Doncaster não ia ficar para ver todo o inferno que o Complexo e a cidade se tornaram depois daquelas fotos e muito menos moveria um dedo para consertar toda aquela bagunça.

Ele não se importou em ver se Louis estava bem depois daquele ataque, se ele tinha conseguido sair vivo daquela quase guerra que se formava dentro dos altos muros. Não mandou uma mensagem sequer. Não garantiu que tudo ia ficar bem porque ele não se importava.

Ele não se importava com Louis. Apenas consigo próprio. Fugir foi muito mais fácil do que ficar e enfrentar todo aquele inferno. Harry só pensou nele. Ele esqueceu, coitado, que Louis havia repetido várias vezes que esse relacionamento entre eles seria difícil e que ele, Harry, também havia repetido várias vezes que eles enfrentariam isso juntos.

-Juntos o caralho - Louis murmurou baixinho enquanto encarava o pedaço de papel no chão.

Obviamente o universo encontrava várias formas de foder Louis. Como se não bastasse ter que relembrar daqueles livros, a carta que veio junto com o box, escrita pelo bastardo que o presenteou, estava agora ali no chão de seu quarto. Velha, meio amassada e com bastante poeira, mas a caligrafia continuava impecável. Provavelmente quando Félicité puxou o livro da estante a carta foi puxada junto e agora ela estava ali, trazendo as piores memórias de Louis direto para o topo de sua mente depois de anos sendo empurradas para o fundo.

-Louis! - Lottie gritou do final do corredor - Bora criatura! Liam tá na porta esperando!

Louis balançou a cabeça se livrando das memórias ruins. Levantou da cama e correu pelas escadas para encontrar a irmã e os amigos o esperando por ele no Uber.

-Demorou, zé mané - Lottie deu um tapinha em sua testa quando ele fechou a porta do carro.

-Ai, porra - Louis esfregou a própria testa - Quem chamou essa esquisita para vir com a gente, hein?

-Não chama minha namorada assim - Niall passou um braço pela cintura, mas usou a mesma mão para beliscar o braço de Louis.

-Sai, caralho! O casal vinte quer fazer o favor de parar de me machucar?

-Vocês podem se comportar? Pelo amor de Deus! - Liam disse se virando no banco da frente - Desculpa moço. Eu to indo comemorar meu aniversário de 21 anos mas fui obrigado a trazer meus filhos junto porque a babá estava de folga.

O motorista do Uber riu e aumentou o som da rádio. A música ajudou Louis a se aquietar enquanto olhava pela janela. Mas antes que pensamentos melancólicos envolvendo aquele que não deve ser nomeado voltassem a perturbar sua cabeça, Louis se concentrou no que estava por vir: muito álcool, beijar pessoas bonitas e dançar até não sentir seus pés.

Álcool.

Beijos.

Dança.

Álcool.

Beijos.

Dança.

Álcool.

Beijos...

oi rsrs

mais tarde eu volto

xoxo,

A.