Harry p.o.v.
Acordei sozinho nesse quarto de hotel com uma ereção incômoda presa entre minha coxa e o colchão.
Mesmo estando em um momento merda, Louis não deixou de aparecer nos meus sonhos me provocando e dizendo coisas quentes que resultaram em uma resposta óbvia do meu corpo.
Rolei de barriga para cima já levando uma mão ao mamilo e a outra ao meu pau. Um pouco de serotonina antes que eu me dê conta que ele foi embora.
Meus dedos trabalham tão rápido quanto meus pensamentos, repassando cada detalhe quente do homem mais lindo que já tive a oportunidade de admirar e mais rápido do que meu orgulho permite admitir, há gozo por toda minha mão e lágrimas por todo meu rosto.
Pensar nele foi uma dualidade de emoções. Ele me levava ao limite, no bom e no mau sentido. Eu poderia ir aos céus com ele, porra, só de pensar naquela boca e em tudo que ela fazia em mim e fingir que minha mão era outras partes do corpo dele eu consegui ter o melhor orgasmo que uma punheta poeria me proporcionar. Mas ainda estava sozinho naquela merda de quarto de hotel.
Porra.
Era o Louis na minha cabeça, a imagem clara e cristalina, mas não era o suficiente. Eu queria ele ali. Tocá-lo, senti-lo, beijá-lo.
Grudei o nariz no travesseiro que ele havia dormido na tarde anterior e, uma vitória na minha vida de merda, tinha o cheiro dele ali!
Não ajudou. Isso só enfatizou o fato dele não estar mais ali e o grito de dor que saiu das minhas cordas vocais, mesmo abafado pela fronha. com certeza foi ouvido no quarto ao lado. Doeu lembrar que é só isso que eu vou ter pelo resto da vida, migalhas dele. Pequenas partículas de uma memória viva que vai para sempre me recordar dos bons momentos que tivemos e como sempre nos impediram de continuar a viver essa felicidade juntos, em paz.
Chorar cansa, muito mesmo. Sei perfeitamente bem disso, já devo ter batido recordes de pessoa mais chorona, mas não posso evitar.
Não sei exatamente quanto tempo eu dormi depois da fatídica punheta, mas eram por volta das onze da manhã quando eu acordei novamente e mandei uma mensagem para a doutora Julie.
oi julie, querida
espero que esteja preparada para ouvir mais das minhas merdas
deu tudo errado, de novo
qual o tempo máximo que eu posso ter de consulta?
24 horas na sua sala não serão o suficiente de qualquer jeito
nos vemos terça? por favor?
Arquivo a conversa. Julia faria perguntas e eu não teria respostas, então evito lidar com isso por agora.
Ligo para o Louis.
Recusado.
Isso acontece pelo menos sete vezes antes de eu focar meu olhar numa garrafa de tinto.
Ao meio dia, a garrafa de vinho do frigobar se transformou em três e bêbado é o melhor jeito de me manter durante esses momentos.
Ou eu achava que era.
Mais cinco ligações para Louis e eu volto a chorar copiosamente.
O álcool me deu a brilhante ideia de procurá-lo pelo quarto. Sim, talvez ele não tivesse ido embora e eu estava aqui chorando atoa. Abro o banheiro, as portas dos armários, embaixo da cama... Sussurro para o nada várias vezes para que ele apareça.
"Loulou, cadê você? Volte aqui, gattino, por favor, precisamos conversar, por favor"
Dou risada de mim mesmo, enquanto me jogo nos lençóis brancos após minha procura incansável por homem adulto num quarto de quarenta e cinco metros quadrados. Patético. Essa era sua tentativa de fazer doer menos? Apenas aceite que ele foi embora e pare de ser ridículo, pelo amor de Deus.
Banho. Preciso de um banho.
Meus olhos doem, minha garganta está ressecada e parece que eu tomei alguns socos nas costelas. Chorar cansa e machuca. Um banho quente talvez resolva meus problemas, os físicos pelo menos.
Não.
Durante o banho eu volto a sentir sua falta. Não que eu tenha parado em algum momento. Porra, como eu queria que essas malditas lágrimas parassem de cair. Mas não posso evitar. Eu sei que por um lado estou apenas sendo um mimado dramático. Faz menos de 24 horas que ele foi embora. Mas saber que essas horas sem ele podem se tornar dias, semanas e talvez anos... é isso que me partem ao meio e me fazem entrar nesse espiral aparentemente infinito de choro e sentimentos amargos.
Uma calça moletom e uma blusa larga é minha melhor opção de roupa, porque obviamente, elas pertencem a ele. Meu estômago ronca de fome e não demora nem vinte minutos para meu almoço chegar mesmo já sendo três horas da tarde. Eles não recusariam o pedido do príncipe. Pelo menos não esse.
A camareira bate na porta para entregar a bandeja e nela, além do prato e um copo de suco de laranja, há um bilhete.
Em meia hora estaremos aí. Te amamos.
Mamãe e Papai.
Não sei se quero falar com eles. Sei que não posso objetivamente culpá-los por isso. Tudo que meus pais fazem é milimetricamente pensado para proporcionar apenas o melhor tanto para mim, quanto para Gemma. Ir para a Itália por cinco anos foi como tomar injeção: dói, você odeia, mas é um mal necessário. No começo eu fiquei revoltado, ficava me perguntando porque diabos meus pais me odiavam tanto ao ponto de me trancafiar sem identidade e meio de comunicação na ponta oposta do continente. Depois eu fui perceber que eles estavam me protegendo de uma certa retaliação vinda de vários lados, um caos político e uma perseguição da qual eu com certeza iria perder. No fim, foi o melhor mesmo a se fazer.
E na situação atual, o sub do meu subconsciente sabia que era igual. Com certeza haveria uma ótima explicação para toda essa merda. Meus pais sempre foram o oposto da desaprovação ao meu relacionamento com Louis, eu sei que eles não deixariam fácil algo ou alguém atrapalhar o sonho da minha mãe de ter o filho da melhor amiga com genro. O comportamento estranho dos dois nas últimas semanas comprovava que nenhum deles estava satisfeito com essa "medida de paz".
Mas meu sangue ainda não havia esfriado o suficiente para eu ver com clareza a tentativa deles em fazer tudo dar certo.
Eu estava puto. Porra, estão fodendo meu conto de fadas! Estão passando por cima de mim como se eu não fosse nada, como se não fosse minha vida, minhas decisões, meu futuro, minhas opiniões.
Antes que meu delicioso nhoque de batata e molho pomodoro voasse na parede, fecho meus olhos e medito por alguns segundos, até meus batimentos se acalmarem.
Transitar entre raiva, saudade e solidão não é um bom passeio.
Ainda penso por alguns momentos se terei coragem de falar com dona Anne e senhor Desmond ou se peço à Gemma que os impeça de virem para cá, mas eu preciso de respostas de qualquer jeito. Prometi para Louis que conseguiria elas e talvez assim a gente consiga pensar em uma solução para nós dois.
Foda-se que era ilusão.
Meia hora contada no relógio, ouço uma batida na porta.
-Entrem!
rsrs quem é vivo sempre aparecem!
cap curtinho e o próximo bem... acho q vou reescrever pq tava indo por um lado q eu nn to curtindo (por isso a demora) mas enfim é bom estar de volta!!!! mami estava com sdd de vcs <3
considerações sobre o cap? quero ouvir/ler vcs!!!
divulguem a fic ai rpz e sigam os larry no tt, nn falta mt p acabar fallen crown :,)
merry xmas you filthy animals!
xoxo,
A.
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Fallen Crown • {l.s}
FanfictionUm príncipe. Um plebeu. Uma amizade que se tornou amor. Uma promessa. O quanto seu coração está disposto a quebrar? Harry e Louis, apesar de viverem em realidades completamente diferentes, eram melhores amigos e eventualmente se apaixonaram. Bem qu...