XXV. HIDDEN

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De volta a Donny, a ansiedade era sentida em todos.

Era maio, o que significava que em dois meses Harry e Taylor iriam se casar. No final daquela semana, aconteceria o baile de ensaio, onde desde a equipe de limpeza até os noivos deveriam agir corretamente, como se fosse o dia do casamento.

Os funcionários corriam de um lado para o outro ajustando os mínimos detalhes e Harry não aguentava mais ter que decidir entre branco marfim e branco champanhe, eram a mesma merda, ora bolas! E olha que Harry amava decoração, moda e tudo que envolvesse festas e eventos, mas no momento ele gostaria de mandar tudo ao inferno. Taylor só podia ficar em Doncaster durantes os finais de semana, pois era o último mês de aula na faculdade e eles já haviam perdido duas semanas na Jamaica, por isso a maior parte das decisões ficavam à função de Harry e Gemma, que estava salvando a pele do irmão mais velho ajudando-o a escolher entre as mil opções de flores apresentadas.

-Quando a gente casar - Harry anunciou, entrando de supetão em seu quarto. Louis, que lia um livro qualquer deitado na cama, pulou de susto, o livro voando no chão - Eu não quero flores, não quero toalhas de mesas, talheres, não quero nada!

-Boa noite pra você também, Hazz.

-Boa noite - selou suas bocas, andando em seguida até o closet para trocar a camisa de botão por um pijama - Me ouviu, né? Quando a gente casar estaremos de cuequinha para não se estressar com roupa. Vamos pedir pizza da Domino's e os convidados vão comer em pé! - berrou de dentro do pequeno quarto anexo.

Louis riu baixinho. Era cômico, mas sabia que Harry estava estressado de verdade.

-E quem disse que eu vou casar com você? - perdendo totalmente a vontade de viver, Louis o provocou.

Harry colocou apenas a cabeça para fora da porta, o olhou tão feio que Louis achou que ele estivesse puto de verdade.

-Levanta da minha cama agora - disse naquele tom imperativo e foi quando Louis percebeu que Harry estava sim puto de verdade.

Louis dormiu no sofá do corredor naquela noite.

Mas acordou com um peso extra sobre si e uma respiração calminha em seu pescoço.


(...)


-Hazz? - chamou a atenção do namorado, que estava comendo uma tortinha de limão distraidamente no café da manhã.

-Sim? - levantou o rosto em sua direção.

-Ainda está chateado comigo? - arriscou e recebeu um dar de ombros em resposta.

-Por que? - perguntou indiferente, mais ou menos.

-Hoje eu vou no orfanato. Tenho algumas consultas e pensei, hm se Harry estiver livre de tarde talvez ele queira ir visitar a Belle...

-Eu vou! - interrompeu animado.

-Não tem nada para decidir sobre o casamento?

-Que se foda o casamento, Louis! Vou ficar a tarde toda com minha garotinha.

Louis riu para a cena fofa que era Harry apertando os braços ao redor de si próprio, imaginando quando teria a menina ali consigo.

No final da tarde, os dois pegaram um carro real e Paul os levou até o orfanato que ficava em um bairro mais humilde de Doncaster. As visitas à Belle se tornaram ainda mais frequentes, as obras já estavam acabando, teoricamente o príncipe não tinha mais o que fazer ali, mas ele simplesmente não conseguia passar mais de quatro dias sem ir ver a menina.

Chegando no local, ele cumprimentou rapidamente as pessoas da recepção e foi correndo para a brinquedoteca, lugar favorito de sua pequena.

-Belle, amor! - agachou até ficar perto da altura da criança que vinha correndo em sua direção.

Fallen Crown • {l.s}Onde histórias criam vida. Descubra agora