• part eleven •

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31 de Janeiro.
Sábado, 17:43 pm.

Eu estava toda enrolada na minha manta enquanto assistia um filme que passava na televisão. Hoje havia nevado muito e estava uma geada que mesmo tendo aquecedor dentro do apartamento, continuava frio.

Eu havia passado praticamente o dia inteiro enfurnada no meu quarto com a cara nos livros, estudando. Daí você me fala: "Nossa mas você tá estudando em um sábado?" A resposta é sim, eu não tinha mais nada para fazer então fui estudar, mesmo não tendo nenhuma prova pra próxima semana.

O filme acabou e começaram a passar as propagandas. Minha barriga roncou de fome, então fui até a cozinha e comi uns biscoitos que tinha em um pote, depois peguei um pedaço do bolo que eu havia comprado ontem na minha padaria vegana preferida. Decidi fazer um café diferente, um capuccino. Peguei os ingredientes e passei um capuccino fresquinho e muito bom, por sinal. Depois de ter feito meu lanchinho, decidi fazer uma pipoca para comer enquanto assistia o que estivesse passando na televisão.

Quando a pipoca ficou pronta, ouvi umas batidas na porta. Ué, quem será a essas horas e nesse frio? - pensei. Abri a porta e vi Finn.

- Finn? - Perguntei surpresa.

- Oi.

- Oi?

- Então, eu vi que ia passar um filme de terror muito bom hoje na tv, daí vim aqui pra convencer você a assistir.

- Nem que me paguem. - Falei fazendo gesto para Finn entrar e fechei a porta.

- É sério, você vai gostar.

- Eu já falei que não gosto de filme de terror, não falei? - Peguei o pote de pipoca e sentei no sofá, Finn sentou logo após.

- Mas esse nem é tão terror assim.

- Qual é o nome?

- It.

- It?

- É.

- Aquele do palhaço?

- Sim.

- Sério?

- É, ué.

- Tá, mas se eu não conseguir dormir à noite a culpa é sua.

- Beleza.

- Ah! E tem uma condição.

- Qual é?

- Eu só assisto se você fizer um devocional comigo depois.

- Sério?

- Seríssimo.

- Tá bom.

- Então tá. - Liguei a tv e coloquei no canal que ia passar o filme, o mesmo já havia começado há poucos minutos.

Há cada 10 segundos de filme eu me escondia debaixo da minha manta, toda vez que eu sentia que ia levar um susto e me cobria para não ver a cena, mas mesmo assim eu devo ter levado alguns sustos. E o Finn só ria da minha cara.

Depois de um tempo que pareceram infinitas horas, o filme finalmente acabou e eu pude sair debaixo das cobertas.

- Satisfeito?

- Você nem assistiu direito.

- Claro com um palhaço feio daquele. - Finn gargalhou. - Não tem graça, vou ter pesadelos de noite.

- Ah, tá. Você é muito dramática, sabia?

- Como ousa me chamar de dramática, Finn sombrio? - Joguei uma almofada nele.

I still need youOnde histórias criam vida. Descubra agora