17 de Abril.
Sábado, 16:30.
Scotiabank Arena, Toronto.Finn e eu estávamos esperando o bendito jogo começar há uns 10 minutos. Pelo que vimos, ele começaria apenas às 17:00, ou seja, ainda faltavam 30 minutos. O balde de pipoca ainda não havia acabado, mas estava quase. Peguei uma pipoca e joguei em Finn, me fingindo de desentendida. Ele parou sua mão com pipoca entre o balde e a boca, olhando para mim com os olhos semicerrados.
- Que foi? - Finn jogou as pipocas que estavam em sua mão em mim. - Ei, eu tinha jogado só uma!
- Eu joguei mais, o que você vai fazer quanto a isso? - Ele ironizou. Abri a boca em forma de “O” surpresa. Peguei mais pipoca e joguei nele de novo. Começamos a fazer uma “guerra” de pipocas. - Tem certeza que temos mais de 20 anos?
- Acho que não, hein. Quem vê pensa “o que essas duas crianças estão fazendo aqui?” - Nós dois gargalhamos.
Passamos os restantes minutos até o jogo de Hockey começar conversando e rindo que nem duas hienas. Às 17:00, os jogadores entraram na arena e o estádio todo gritou para receber eles, todos estavam equipados com as roupas de Hockey e também estavam de capacete. Haviam dois times de onze jogadores cada. A primeira equipe vestia um uniforme azul, vermelho e branco, enquanto a outra equipe usava vermelho, verde e amarelo. Todos tinham um taco na mão e o disco preto estava no meio do campo. Quando se deu o sinal, os jogadores começaram a se mexer e foi aí que o jogo começou realmente.
Eu não entendo muito de Hockey e pude ver que Finn também não, nós íamos na onda dos outros torcedores. Eu torcia para que o time de azul e vermelho vencesse, já Finn ia contra, ele queria que o vermelho e verde ganhasse, ou seja, quando ele levantava na onda do time que estava torcendo, eu ficava sentada e assim ele fazia quando o meu time fazia um gol.
O jogo terminou e meu time venceu, o que deixou Finn chateado enquanto eu pulava de alegria sem motivo algum, na saída do estádio. Me acalmei antes que Finn cavasse um buraco e se escondesse de vergonha alheia.
- E aí, o que achou?
- Apesar do meu time ter perdido, eu gostei, foi divertido.
- Não importa quem venceu, importa que nos divertimos. - Fiz uma pausa. - Eu nem sei porquê estava tão animada, se eu nem conhecia aquele time. - Nós dois rimos.
- Eu também não.
Paramos em um banco na frente da arena e peguei meu celular para pedir um Uber. Eu estava até tossindo com minha garganta dolorida do tanto que eu gritei. Ok, eu não gritei tanto assim, mas estava doendo mesmo assim. E o pior é que não tinha lugar para pegar água ali perto. Decidi deixar isso para quando chegasse em casa, já que nosso motorista já havia chegado.
[...]
Depois de ter chegado em casa, tomei um banho e comi alguma coisa antes de capotar na cama de cansaço. Cochilei por um pouco mais de uma hora, até me lembrar que eu não tinha feito meu devocional hoje. Me levantei e peguei a Bíblia, fiz uma oração agradecendo a Jesus pelo dia maravilhoso e pela melhora de Finn. Li um capítulo e refleti sobre. Depois cantei uma música cristã que havia escutado esses dias e adicionado em minha playlist e que não saía da minha cabeça. Assim que terminei o devocional, guardei minhas coisas e peguei meu celular.
Lembrei de meu pai, fazia um tempão que não falava com ele, desde aquele último acontecimento. Eu queria explicar melhor para ele o que havia acontecido, mas não podia. Eu me sentia mal de estar brigada com ele, afinal, era meu pai. Senti no coração de ligar para ele, fui até os contatos e fiquei pensando se ligava ou não. Depois de alguns segundos olhando para o nome de meu pai na tela do celular, cliquei no mesmo e começou a chamar. Chamou por várias e várias vezes até cair na caixa postal. Decidi tentar mais uma vez. Aconteceu a mesma coisa. Liguei pela terceira vez mas ele não atendeu. Ou ele realmente não podia atender, ou não queria mesmo.
Decidi deixar isso para lá e resolver outro dia. Apaguei as luzes, me joguei na cama e fechei os olhos, adormecendo rapidamente.
[...]
Acordei às 09:15, super animada por ser um domingo ensolarado. Fiz minha higiene matinal e tomei meu café da manhã: cereais e granola, com frutas, leite vegetal e para finalizar, não podia faltar, o café. Depois fiz uma skin care enquanto dava uma arrumada no apartamento. Assim que terminei de fazer tudo, sentei no sofá e peguei meu celular. Vi as horas, meu Deus já é 11:45, preciso fazer o almoço.
Fiz meu lindo e belo almoço, que inclusive estava muito bom. Lavei as louças e descansei no sofá por alguns minutos, porque depois do almoço bate uma preguiça. Assim que terminei meu tempo de descanso, me levantei e fui até minha escrivaninha, ao lado da minha cama, no meu quarto. Como estava sol lá fora, fui até a porta-janela e abri a mesma para entrar um solzinho enquanto eu estudava.
Sentei na cadeira da escrivaninha, respirei fundo e peguei meus cadernos e livros para estudar. A prova de amanhã é extremamente importante e só Deus sabe o quanto eu já estudei para ela, mas como eu sou meio paranoica com essas coisas, vou estudar mais um pouquinho só de precaução. Eu só espero que não aconteça nada parecido com aquilo que aconteceu da última vez, na prova do semestre anterior.
[...]
Passei a tarde inteira estudando, estudei tanto que minha cabeça estava doendo, mas pelo menos consegui revisar todos os conteúdos para a prova. Levantei e fui até a cozinha beber um copo de água. Olhei no relógio e percebi que estava atrasada para o culto. Eu tinha apenas 30 minutos para me arrumar e ir. Tomei um banho mais rápido que o Flash. Ok, eu exagerei. Coloquei a primeira roupa que vi no guarda-roupas, arrumei o cabelo e saí correndo.
[...]
Cheguei na igreja uns 10 minutos atrasada. Sentei em um dos últimos bancos e comecei a prestar atenção no culto. Quando eu fui ver já estava saindo lágrimas de meus olhos, a Palavra estava me tocando muito. E eu como sempre, choro ao lembrar de tudo que meu Jesus já fez por mim e do quanto Deus é perfeito.
O culto acabou e eu voltei para casa muito feliz. Ir à casa de Deus me deixa feliz. Cheguei em casa, troquei de roupa e comi alguma coisa. Fui para meu quarto e fiz meu devocional de cada dia. Tudo que envolva Deus me emociona, por isso chorei novamente enquanto tocava no violão uma música que falava de Seu amor. Eu sei, eu sou muito chorona. Depois de terminar, lavei meu rosto no banheiro e apaguei as luzes do quarto. Deitei na cama e logo dormi. Amanhã vai ser um longo dia.
Continua...
Notas da Autora:
Oiii pessoas, tudo bem?
Passei aqui pra avisar vocês que a partir do próximo capítulo vai começar um dos conflitos da história, o que vocês acham que será?
Tenho uma perguntinha pra vocês: o que vocês estão achando do livro até aqui? Aceito críticas e opiniões :)
Enfim, é isso, espero que estejam gostando!
Vocês são muito especiais e importantes para mim e para Jesus também, ok? Nunca se esqueçam disso!
Até a próxima, fiquem com Deus ❤️✨
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I still need you
SpiritualLunna Harper sonha em ser psicóloga e ajudar as pessoas com isso. Há dois anos ela perdeu sua mãe e a relação com seu pai não é das melhores. Ela encontrou conforto em Jesus, que a ajudou a passar por tudo isso. Finn Lewis, o vizinho do apartamento...