• part thirty two •

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1 mês depois...
05 de Dezembro.
Domingo, 10:13 am.

Acordei com alguém batendo em minha porta, bem hoje que eu estava planejando dormir até umas 11:00. Me levantei e fui até a porta ver quem era.

- Feliz aniversário, baixinha! - Finn gritou com um bolo na mão. Ele estava animado.

- Oi, Finn, bom dia, você me acordou. - Passei a mão no rosto.

- Já era para estar acordada né, hoje é seu aniversário! - Finn passou por mim, entrando no apartamento e deixando o bolo em cima da mesa.

- Sim, mas eu queria dormir.

- Nossa nem agradece a visita e o bolo do seu melhor amigo. - Ele fez uma carinha de triste. - Ah! E eu trouxe presente. - Finn tirou uma caixinha do bolso e entregou para mim.

- Presente?! Oba! - Falei sentando no sofá para abrir a caixa.

- Espero que goste. - Ele sentou ao meu lado. Abri a caixinha preta, a qual revelou um colar prata, escrito "Jesus" no pingente. Dei um sorriso de orelha a orelha.

- Ai. Meu. Deus! Eu amei! - Falei animada tirando o colar da caixa. Coloquei o mesmo em meu pescoço e virei para Finn fechá-lo atrás de meu pescoço. - Muito obrigada! - Pulei em cima dele e o abracei.

- Agora tá animada, né? Há uns minutos estava brigando comigo por ter te acordado.

- Você é um bobo, mas sabia que eu te amo, né?

- Você é chata, mas eu te amo também. - Nós dois caímos na gargalhada.

- Agora eu vou provar esse bolo. - Me levantei e fui até o mesmo.

- Ah e antes que você pergunte, o bolo é totalmente vegetariano. Porque né... se eu trouxesse com algo que fosse de origem animal você já ia me bater, ou sei lá... - Eu ri e dei um soquinho em seu braço.

- Nossa, isso está muito bom. - Falei enquanto provava um pedaço do bolo.

- Claro, fui eu que fiz, né.

- Mentira! Foi você que fez? - Ele balançou a cabeça assentindo.

- Está de parabéns. - Bati palmas e Finn fez uma cara de convencido.

- Então, mudando de assunto... eu estive pensando nesse último mês, e acho que eu tenho mais uma coisa para resolver... preciso falar com meus pais, então eu pensei que eu poderia fazer uma visita para eles, quem sabe se Deus quiser, podemos fazer as pazes.

- a Seria ótimo, Finn!!
Sim, mas o que eu queria te perguntar é... se você quer ir até Veneza comigo.

- Seus pais moram na Itália?!

- Sim. - Ele deu uma risada sem graça.

- Não sei, Finn... e se eles não gostarem de mim, ou sei lá... isso é uma coisa muito pessoal, acho que não posso ir.

- Qual é, Lunna, você faz parte da minha vida agora. Eu quero você lá, eu preciso de você. E além do mais, nós podemos visitar Veneza, vamos, vai ser legal. - Pensei um pouco antes de responder.

- Tá bom, eu vou.

- Isso! O que acha de passarmos a semana do Natal lá?

- Pode ser... mas temos que voltar antes do Ano Novo que vamos passar com meu pai.

- Ok, combinado. - Finn falou animado.

[...]

17 dias depois...
Quarta, 22 de Dezembro.

Hoje era o dia em que Finn e eu iríamos viajar para Veneza, para visitar os pais dele. Faz praticamente 5 anos que eles não se veem, espero que isso dê certo.

Minha mala já estava pronta e eu também. Eu estou esperando Finn no espaço entre meu apartamento e o dele. Tentei colocar apenas as coisas necessárias na mala, já que vamos passar apenas 4 dias na Itália, mas mesmo assim ela ficou cheia de coisas.

- Vamos, Finn! Se não vamos perder o voo! - O nosso avião vai sair às 14:00, ou seja, faltam apenas uma hora para chegarmos no aeroporto, fazer check-in e entrar no avião.

- Pronto, tô aqui. - Finn apareceu com uma mala.

- Até que enfim, né.

- Eu nem demorei tanto assim.

- Vamos, eu já chamei o Uber.

Descemos a escadaria e paramos no térreo. Logo nosso carro chegou e começamos nossa ida até o aeroporto.

Demora cerca de 30 minutos para chegar ao aeroporto, já que era um pouco longe de onde moramos. Enquanto o carro andava, eu observava a paisagem que passava, eu sempre gostava de fazer isso quando andava de carro, me sinto no clipe de alguma música.

Nesse mês que se passou, Finn foi comigo à igreja todos os domingos. Nós fazíamos o devocional juntos todos os dias e esse com certeza era nosso momento preferido. Estou extremamente feliz com toda essa mudança e melhora de Finn, aceitar Jesus foi, sem dúvidas, a melhor coisa que ele fez. Ele nunca mais teve aqueles surtos, ele não tem mais crise de ansiedade, e sua claustrofobia diminuiu consideravelmente, diagnóstico de uma quase psicóloga, modéstia à parte. Finn e eu começamos a fazer projetos sociais juntos, como arrecadar comida e roupas para famílias carentes e incentivar a cuidar do meio ambiente, consigo ver o quanto faz bem para ele fazer isso e para mim também, e isso me deixa muito feliz. O que mais me impressionou foi que Finn começou a trabalhar e destrancou sua faculdade de Artes, com certeza ele tem muito futuro nessa área. É incrível toda a mudança que Jesus fez em Finn em apenas um mês e eu agradeço a Deus demais por tudo isso, Ele tem sido maravilhoso para nós, como sempre foi.

Chegando no aeroporto, descemos do carro e nos encaminhamos com nossas malas até o lugar onde faz check-in. Logo depois, despachamos nossas malas e fomos liberados para entrar no avião. Andamos pelo corredor até achar nossas poltronas, uma do lado da outra.

- Deixa eu sentar na janela, por favor? - Fiz uma carinha de bebê.

- Mas eu que sento na janela.

- Ah, por favor.

- Tá, tá bom. - Passei por Finn e sentei na poltrona que dava para olhar pela janela e ele se sentou ao meu lado.

Foi avisado que demoraria ainda uns 10 minutos para o avião decolar. Então Finn e eu decidimos fazer uma oração, já que nenhum de nós dois tinha andado de avião antes e estávamos um pouco apreensivos. Depois da oração, eu estava mais tranquila, sabia que Jesus estaria com a gente em todo momento.

Passaram-se 10 minutos e o avião começou a se locomover pela pista, até que pegou impulso e decolou. Ele mexeu um pouquinho no início, mas as comissárias de bordo falaram que era normal. E agora nós estamos no ar, rumo a Veneza.

Continua...

I still need youOnde histórias criam vida. Descubra agora