Capítulo 9

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           Oi gente...

         Capítulo de hoje marca o início da verdadeira ação desta aventura. A partir dos proximos capítulos vocês conhecerão a verdadeira Cass e suas capacidades. Espero mesmo que curtam! E assim que eu revisar posto o próximo capítulo, se não der tempo, sábado é certeza... Por favor, quem estiver curtindo comente, dê estrelinhas e ajude a divulgar!

Ah! Tem músiquinha pra curtir o clima, ali nos videos.

Bora???

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Capítulo 9

         Arthur estava dentro de sua barraca organizando a mochila com os itens que trouxera da propriedade Pendragon, em seu mundo, e acrescentando outros indicados por Toruk quando Cass apontou na entrada. Ela sorriu. Vê-lo concentrado, organizando uma batalha eminente era como retornar a Bretanha e viver novamente os cinco anos mais felizes de sua vida.

            Arthur percebeu sua presença minutos depois. Virou a cabeça morena na direção dela e fixou os imensos olhos azuis no rosto fino e astuto que lançava um olhar terno aos seus movimentos.

            — Já vai embora? — Falou com ressentimento visível.

            — Posso entrar?

            Ele assentiu. Cass entrou e sentou-se em cima do colchonete, cruzou as pernas e ficou observando-o guardar mecanicamente seus últimos pertences, uma bussola, um colar dourado anti-magia feito por Merlim, uma mapa feito de papel grosso, dobrado. Depois de um silencio desconcertante, Cass falou:

            — Você tinha razão.

            Arthur olhou-a de soslaio, depois fechou a mochila e desmontou a cama feita com o colchonete e um cobertor, empurrando Cass para o lado. Ela pensou em muitas coisas que poderia dizer, pedir desculpas, explicar porque vinha se tornando alguém tão rude. Não era o caso de não se importar com as outras pessoas, era apenas o fato de ter vivido e brigado tanto contra espíritos e coisas ruins que se tornara uma luta ainda maior não se deixar dominar pela força da magia e pela brutalidade que aflorava nela sempre que empunhava uma arma ensanguentada. Talvez Arthur compreendesse, talvez não. Olhando-o com tristeza faltou-lhe forças para deixar as palavras escorrerem por seus lábios e encontrar Arthur. Resignou-se a transmitir o recado de Merlim. Tudo o mais deveria esperar.

            — Gael está nos convocando para uma reunião. — Falou arqueando as sobrancelhas e encerrando o sorriso.

            Arthur não disse nada. O silencio era seu modo de demonstrar o quanto estava magoado, frustrado ou irritado. Com toda certeza ele estava tudo isso e mais um pouco, mas Cass não era o tipo de pessoa que pediria desculpas e o simples fato de ela admitir que estava errada já era uma vitória. Com os imensos olhos azuis Arthur assentiu. Não por causa do recado de Gael, mas por que sabia como era difícil para Cass abrir seu coração, falar aquilo que trancava com todas as forças dentro de si. Compreendia e aceitava-a. E já que ela ficaria e ajudaria na guerra eminente, podia também perdoá-la.

            Saindo da barraca os dois caminharam lado a lado na direção do conselho de guerra formado por Gael, Toruk, os comandantes e os forasteiros. No meio do caminho, Arthur pegou a mão de Cass e enganchou os dedos pequenos entre os seus. Era como se ambos retornassem para as terras da Bretanha, quando davam longos passeios pelo campo gelado ou quando fugiam aos cochichos para um lago perto da propriedade, onde faziam amor incansavelmente até a noite cair ou o estomago doer. A lembrança era dolorosa. Caminharam entre as barracas e tendas que começavam a ser desmontadas por guerreiros, mulheres e até crianças empenhadas em suportar mais do que o corpo miúdo fosse capaz. Homens por todos os lados observavam os dois que, mergulhados neles mesmos, não percebiam nada ao seu redor.

A maldição de Arthur - Livro 1 - Série ImortalOnde histórias criam vida. Descubra agora