Capítulo 21

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Oi gente,

Antes de colocar o capítulo, queria me desculpar pela demora. Estava com um problema sério de não conseguir colar o capítulo aqui. Meu irmão conseguiu descobrir o que era e resolveu. Então, vamos nessa.

Prometo ir compensando vocês...

bjs

GR

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Capítulo 21

Dois dias de viagem árdua pelo desfiladeiro das almas foi o percurso que Cass e seu grupo teve de enfrentar. Um penhasco com pouco mais de seiscentos metros de altura que circundava a primeira das cinco montanhas que formavam o vale onde a cidade real se estendia por quilômetros. Logo, estariam em campo aberto e a guerra seria inevitável. A imortal analisou a expressão de Toruk, o garoto definitivamente estava tenso. Provavelmente não apenas pela inusitada situação em que ela, sua aliada, estava. Mas também, e principalmente, porque em breve daria de cara com a realidade, a incerteza quanto ao estado de Sam deveria perturbá-lo a ponto de seu humor seco afastar qualquer tentativa de conversa. Cass caminhava ao lado do merlim, ouvindo as tentativas dele de acalmar o jovem rei.

Assim que Toruk se afastou irritadiço, Cass suspirou impaciente, tocou no braço de Gael e disse:

— Estive pensando.

O mago sobressaltou-se.

— Você precisa parar de me assustar assim. — crispou.

— E o que eu vou fazer, andar com um sininho amarrado no pescoço, como se fosse uma vaca leiteira?

Ele deu de ombros

— Vá sonhando.

— Por favor, diga que já achou um jeito de voltar ao normal, mais dois dias com você assim e eu vou ter um ataque cardíaco.

— Não, já tentei de tudo e não deu certo. Mas estava pensando... acho que entendo como a sua ex se sente.

Gael engasgou.

— Minha o quê?

— Sua ex. Antígona. Ela deve ter pisado feio na bola pra você manda-la pro além.

— Não a mandei para o além, mandei para o astral.

— É quase a mesma coisa. E o que você estava fazendo lá embaixo, afinal?

— Eu estava morto.

Ela grunhiu.

— Por isso você não fica velho, é um maldito zumbi.

— Eu não sou um zumbi!

— Não, você é um morto-vivo, um defunto, um comedor de cérebros.

— Cass!

— Como é possível que você esteja aqui? E que pareça tão normal...

— Não quero falar sobre isso.

— Mas eu quero saber.

— Não é da sua conta.

— Claro que é. Veja em quanta confusão me meti por sua causa e da sua namorada espirita.

— Ela não é um espirito...

— Você sabe que isso é só uma mera formalidade, tecnicamente se ela não está no plano físico, não passa de um espirito, uma alma penada.

— Mas que droga, Cass, você está insuportável.

— Por quê? Só por que estou pedindo algumas explicações bem merecidas? Saquei a sua desde o início, mestiço. Você pode enganar os outros, mas a mim não... abra essa sua maldita bo...

A maldição de Arthur - Livro 1 - Série ImortalOnde histórias criam vida. Descubra agora