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    Depois de toda aquela conversa Tae teve que ir embora e eu novamente tive que ficar só. Logo anoiteceu e a escuridão trouxe a tão linda lua, era lua cheia e ela estava tão brilhosa, tão bonita, parecia que ela estava sorrindo, parecia que ela estava dançando ao redor das estrelas que brilhavam. Me Afasto da janela do quarto ao ouvir minha mãe chamando pra jantar.
    Desço as escadas ainda pensando na lua, pensando em como ela era bonita. Logo termino de jantar e me sento no sofá ligando a tv pra assistir qualquer coisa que aparecesse por ali, eu só queria passar o tempo até o horário de dormir.
Assim que consigo procurar algo interessante pra assistir alguém bate na porta me fazendo levantar com muita preguiça. Eu olho no olho mágico e vejo somente a rua deserta com as luzes piscando, viro as costas e me sento novamente no sofá... De novo alguém bate na porta.
    Ao abrir a porta, fico surpresa com jimin a minha frente, ele tinha um sorriso lindo nos lábios, porém os olhos diziam outra coisa. seus olhos dizia o quanto ele estava abatido, o quanto ele havia chorado, dizia que havia algo errado. Em um movimento só ele me puxa para seus braços me apertando contra o seu corpo, demorei um pouco pra raciocinar o que estava acontecendo e aquele perfume não ajudava, aquele abraço quentinho também não ajudava, o seu corpo contra o meu não ajudava, nada me ajudava então eu retribui o abraço, abracei ele o mais  forte que podia eu precisava me despedir.
    Sem querer eu acabo pensando demais e me pego a chorar, ele me abraça mais forte pra tenta me acalmar, afagava meu cabelo me fazendo relaxar em seu peito que subia e descia calmamente.

— você tá bem? Estou aqui. - diz baixinho passando a mão nos meus cabelos.

Respondo balançando a cabeça de forma negativa e tentando segurar o choro.

— filha quem é esse jovem tão bonito? - minha mãe diz com uma voz doce.

Eu me afasto enxugando discretamente as lágrimas que havia caído e olho pra minha mãe que estava com um sorriso bonito no rosto.

— eu sou park jimin, estudo na mesma sala que sua filha. - ele auto se apresenta percebendo um pouco da minha timidez. — muito prazer.

— ah que bom. - ela diz se sentando no sofá e abrindo seu jornal.

— mãe, vamos lá pra fora. - digo empurrando jimin pra fora.

— tomem cuidado.

    Ele sai primeiro e eu vou logo atrás fechando a porta atrás de mim. Me sento na calçada colocando as mãos dentro do bolso do sobretudo, percebo a presença de jimin se sentando ao meu lado com as mãos no bolso da calça.

— o que ela fez com você? - o próprio pega uma mecha do meu cabelo colocando atrás da minha orelha.

— nada. - tiro a mão dele que se encontrava no meu cabelo.

— eu vi Eun Yeoona, eu vi sua mão suja de sangue. - ele pousa a mão dele no meu cabelo. - não minta pra mim.

— se você viu por que diabos tu veio aqui me perguntar? - falo ironicamente tirando novamente a mão dele do meu cabelo.

— eu precisava ouvir de você... - diz baixinho como se fosse algo confidencial.

   Ele pousa sua cabeça no meu ombro fazendo-me sentir desconfortável com aquilo, eu mantenho minha postura ereta sem demonstrar o quanto aquilo estava me deixando desconfortável e ansiosa, cada movimento que ele fazia seja qual for meu coração dava uma palpitada fora do lugar fazendo meu peito doer.

— eu vou tentar concertar tudo, seja qual for o problema. - ele diz se afastando.

— não precisa eu já fiz isso.

    Lembro da decisão que tomei quando conversava com Tae e uma lágrima solitária escorria pelo meu rosto me fazendo enxugar na hora.

— o que vais fazer? - ele pergunta com um olhar assustador.

— eu vou fazer o que ela quer ué. - digo mexendo os ombros tentando disfarçar o qual ruim aquilo era.

— e se eu não deixar? E se eu quiser você aqui comigo? E se eu quiser te proteger? - ele fala todo tímido pegando na minha mão. — eu vou te proteger de tudo, confia em mim.

— park jimin não tem como você me proteger dela e ter sua vida, eu não quero que fique sobrecarregado, além do mais isso faz eu me sentir indefesa. - fecho meus olhos por poucos segundos. — eu odeio isso.

— ei ei. - me chama à atenção fazendo-me abrir os olhos devagar. — eu posso tentar pelo menos? - coloca novamente sua cabeça no meu ombro. — se não der certo eu deixo a senhorita fazer do seu jeito.

    Sinto sua mão afagar meus cabelos de novo enquanto eu só olhava as luzes do poste apagar e logo ascender como aquelas luzes coloridas que tem no natal, depois de um tempo a ansiedade e todo aquele nervoso  foi acalmando um pouco, o coração deixava de bater acelerado o qual fazia meu peito doer. Tudo aquilo foi passando e todo aquele carinho me fazia ficar tranquila, me fazendo confiar, me fazendo por um momento acreditar que tudo ia dá certo mesmo sabendo lá no fundo que não daria.

— obrigada por tudo. - digo em um tom baixo quase não dando pra ouvir.

    Ele me abraça em resposta depositando um beijo na minha testa me fazendo corar e ficar nervosa de novo, minhas mãos começaram a soar, mordia os lábios pra tentar desfarçar toda aquele nervosismo.
    O próprio se afasta percebendo como eu estava, me levanto me encostando na parede, jimin continua sentando olhando a lua se escondendo atrás das nuvens.

— a lua está bonita hoje não é? - ele pergunta apontando pra própria.

— oh sim. - digo com um sorriso tímido.

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