Primeiro Amor

28

A semana passou com um piscar de olhos. eu estava ali, na frente do espelho me arrumando toda feliz por causa do jogo dos meninos. Dessa vez eu ia me arrumar de um jeito certo.
Faço uma maquiagem combinando com a roupa que estava vestida, coloco uns assessórios, fiz um penteado diferente e calço um tênis.
Me olhei no espelho e estava parecendo uma das líderes de torcida. - eu que odiava aquelas roupas. - passo um perfume e vou para o local onde aconteceria os jogos.
De cara vi Tae e Hoseok, abracei os dois muito animada e procuramos um lugar pra sentar bem na frente.
Vi a bolsa do jimin no banco e me lembrei da primeira vez que vi ele jogar, eu estava tão apreensiva e com medo que passei o jogo todo abraçada aquela mochila, assim como havia acontecido naquele primeiro jogo que eu vira. Um sorriso bobo apareceu em meus lábios, e logo aparecem borboletas no estômago como se fosse a primeira vez.

- vamos sentar, já vai começar. - digo animada.

- essa aí realmente virou fã de basquete. - Tae diz rindo. - olha ali minha namorada. - ele levanta e acena pra ela sorrindo, vejo ela retribuir na mesma intensidade.

- Tae ela é o fã do jimin, e não do jogo. - ele ri.

Taehyung ignorou totalmente a fala do Hoseok o que irritou o próprio. Ele se sentou e esperou. Sua respiração estava acelerada, ele estava ansioso tanto quanto eu.
Eu sempre abraçava mais forte a mochila a medida que o jogo ia passando.
Eu observava jimin com um sorriso no rosto, ele estava irresistível com aquela roupa, aquela regata deixava ele sexy e atraente. Eu imaginei tanta coisa enquanto esse jogo rolava que as as vezes eu sorria de forma boba ou acochava sua mochila mais ainda entre meus braços.

- Eun Yeoona se acalma, seu namorado vai sair vivo daquela quadra. - Tae diz me provocando.

- porra eu não namoro com ele. - digo nervosa.

- porque ele nunca pediu. - ele não olha pra mim, e sim pra jimin na quadra.

Ele me acertou em cheio dessa vez.

- para Tae. - digo nervosa.

Depois de um tempo o jogo acabou e eles ganharam, assim como a maioria eu assisti toda a entrega de premiações e fiquei ali até o final. Assim que esvazia todo o lugar os meninos vem até nós, cada um com o sorriso maior que o outro.
Nos abraçamos em grupo e gritamos muito. Logo nos separamos mas não paravamos de abraçar um aos outros, era muita alegria.
Eu olhei para o sorriso de jimin, nunca havia visto ele sorrir daquela forma. Era um sorriso de alívio, de que toda aquela pressão havia significado algo.
Eu abraço ele forte, sem me preocupar com o suor que ele tinha. Sinto ele me encher de beijos no rosto e me acochando mais e mais em seus braços.

- ganhamos toco de amarrar pônei. - ele dizia alegre.

Pela primeira vez eu não me importei com esse apelido que jimin sempre me chamava, eu estava feliz demais pra reclamar por uma coisa tão fútil como essa.

- sim chimii. - eu sorria.

- você esta tão linda. - jimin diz depositando um beijo na minha testa.

Eu coro imediatamente sentindo minhas bochechas queimarem de vergonha.
Ele acabou me melando todo com seu suor misturando nossos perfumes. Ele me solta por um momento e pega sua mochila e coloca a alça no ombro.
Olho pra Namjoon que também estava com um sorriso enorme no rosto mostrando suas covinhas, as covinhas mais lindas desse mundo. Abro os braços e ele vem me abraçando me tirando do chão e me rodando no ar.

- parabéns Nam. - digo sem conter o sorriso.

- eu nem estou acreditando nissoooo. - ele grita.

- eu não sou surda. - digo rindo.

Logo toda aquela euforia foi acabando, eu, Hoseok e Tae seguimos pra fora do lugar enquanto os outros iam trocar de roupa. Esperei ansiosamente por eles, logo as líderes de torcida chegaram e os meninos logo atrás. Nos reunimos pra beber no lugar mais próximo dali.
Luna estava nesse meio, e eu não conseguia ficar tranquila com ela no mesmo ambiente que eu estava. Eu sempre mordia o lábio inferior, roía alguma unha ou fechava as mãos quando ela pronunciava algo ou olhava pra mim.
Sinto uma mão segurar a minha me assustando, fazendo-me arrepiar e gritar um pouco alto de medo.

- ei sou eu. - jimin diz confuso.

- nunca mais faça isso. - falo com raiva.

- o que aconteceu pra você está assim? - ele pergunta pousando seu braço ao redor da minha cintura.

- nada, esquece. - fecho os olhos por um momento tentando não chorar. - vamos beber? - digo ao entrar no local.

- hoje não. - ele diz sorrindo. - tenho outros planos.

Assim que todos começam a beber jimin se levanta e me puxa junto, saímos do lugar e começamos a andar por aí conhecendo as ruas.

- pra onde quer ir? - ele pergunta animado. - quer um sorvete? - ele entra em uma loja de conveniência ainda de mãos dadas comigo. - escolhe um.

- tá bom. - analiso os sabores. - quero esse de chocolate.

- perfeito. - ele me olha sorrindo.

Ele paga os sorvetes sem soltar minha mão nem por um segundo. Continuamos andando até uma praça pequena, porém bem bonita. Era cheia de árvores com algumas partes com gramas e também havia várias flores bonitas.
Sentamos em um banco olhando o céu enquanto tomávamos os sorvetes.

- vamos ao baile juntos. - ele me olha com um sorriso de canto.

- não jimin. - digo negando com a cabeça e fazendo cara feia.

- vamos juntos. - ele diz com uma voz manhosa.

- oh jimin, eu estarei fazendo algumas coisas.

- toco de gente, nós vamos pra esse baile juntos, eu já estou afirmando. - ele abre um sorriso que era impossível não sorrir junto com ele. - eu sabia que se eu te convidasse você não iria aceitar, então eu já estou logo afirmando que vamos juntos.

- ah jimin... - pouso minha cabeça no seu ombro - okay. - digo baixinho com o tom carinhoso.

- tá vendo? É assim que se leva alguém pro baile, enche ela de sorvete e depois força ela ir. Melhor forma. - ele solta uma risada gostosa.

- seu bobo. - um sorriso aparece nos meus lábios finos.

É... Eu iria, mesmo não gostando. Jimin faz tudo parecer mais leve, como se o destino estivesse de alguma forma querendo que ficassemos juntos. Era impressionante como ele me fazia rir com uma simples frase boba, ou me tranquilizava somente pegando na minha mão me passando toda a confiança que preciso. Era impressionante como ele sabia quando eu estava com medo e me passava uma confiança como ninguém, me dando forças pra continuar de pé, continuar acreditando que tudo pode ser possível, tudo se tem uma solução.
Uma coisa eu poderia afirmar com toda a certeza do mundo, eu amo park jimin, amo seu jeito, sua fala, seus cabelos, seu sorriso, o cheiro do seu perfume que sempre me embriagava, seu olhar, seu abraço quentinho e confortável fazendo-me sentir segura, seu toque, e tudo o que vinha dele.