— vocês precisam mesmo ir? — changbin estava agarrado à cintura de jisung, impedindo que ele desse mais um passo e saísse da cama.
— infelizmente sim, binnie. — o castanho tentou se desvencilhar das mãos do menor, mas ele o segurava com força. — você precisa me soltar, neném. — acariciou os cabelos do rapaz ainda deitado na cama com cara de sono. Changbin balançou a cabeça e se agarrou ao corpo do rapper, tentando trazê-lo de volta para debaixo do cobertor, mas sabia que se o menor conseguisse aquilo, não sairia dali nunca mais. — chan, me ajuda!
Changbin reparou que tinha algo de errado com o Bang quando este se aproximou da cama e puxou jisung pelo pulso com força para livrá-lo dos seus braços, até mesmo o castanho resmungou da força exagerada que o mais velho usou.
Quando o han pegou uma muda de roupas e se dirigiu até o banheiro para tirar os resquícios de preguiça do corpo, o moreno se sentou no meio dos lençóis bagunçados e os travesseiros, se espreguiçando ainda sonolento. Pretendia dormir mais depois que eles fossem embora, mas naquele momento tentou ao máximo se manter lúcido.
— hyung, vem aqui. — bateu no espaço ao seu lado na cama. Chan o olhou rapidamente, analisando a situação enquanto se aproximava abotoando a camisa, se sentando ao lado do menor. Changbin suspirou e foi até ele se arrastando com preguiça, sentando-se em seu colo para ajudá-lo a terminar de arrumar a camisa. — por que você tá desse jeito? — ergueu os olhos até encontrar os do bang, percebendo que ele ainda mantinha a mesma expressão de cansaço que possuía quase todos os dias, porém tinha algo errado por trás daquilo.
— que jeito?
— estressado. — terminou de abotoar a camisa do maior, levando suas mãos até os ombros dele a fim de esticar o tecido da camiseta preta para os lados, arrumando os amassados. — você vai mesmo falar com felix, não é? Você não desistiu disso.
— eu só não consigo aceitar isso tudo e ficar na minha. Aposto que o jisung pensa o mesmo.
— eu sei, mas não quero envolver vocês dois em problemas. — acariciou suas sobrancelhas, os polegares percorrendo os pequenos pelos por cima dos cílios finos. — esqueça isso, por favor. Você e o jisung não precisam se meter em confusão por mim, eu posso cuidar disso sozinho.
— e se ele tentar alguma coisa de novo, changbin? Se você ao menos fosse na polícia. — segurou nos pulsos do menor para afastar suas mãos, sua testa enrugada denunciando o quão estressado estava com aquele assunto.
— não vai acontecer de novo.
— como você pode ter tanta certeza? Esse cara não é confiável.
— eu não tenho certeza de nada, christopher. — tentou permanecer com o tom da voz baixa, não queria brigar com ele de novo, e não queria ver jisung chorar por não conseguir manter uma conversa civilizada com o australiano.
Se encolheu em cima do corpo do mais velho, deitando a cabeça no seu corpo enquanto as mãos do loiro roçavam suas costas. Relaxou completamente os músculos sabendo que não tinha perigo nenhum em apenas ficar daquele jeito com christopher, ele nunca lhe machucaria ou faria algo para deixá-lo desconfortável. Confiava nele. Mesmo que às vezes sua mente dissesse que confiar demais em alguém era ruim, suas antigas experiências comprovavam isso, mas ele não conseguia manter o mesmo pensamento quando estava com ele ou jisung.
— eu me preocupo com você, binnie. — ele deitou a testa próximo ao seu pescoço. Changbin se encolheu mais e suspirou baixinho.
— eu sei, chan. — disse calmo.
— por que você tem que ser tão teimoso? Poderíamos morar juntos, nós três, lá em Seul. — apertou seu corpo com força, mas diminuiu aos poucos, deixando apenas a sensação de espasmo para trás. — queria levar você e o ji pra longe de toda essa confusão, desses problemas. E se a gente mudasse de país? — changbin se afastou o suficiente para encará-lo. Ele não estava brincando. O moreno não conseguiu evitar sua risada.
VOCÊ ESTÁ LENDO
RESTART | 3RACHA
FanfictionChangbin tinha deixado tudo para trás, recomeçado a sua vida. Reiniciado. Mas ainda tinha os problemas do passado que atormentava sua cabeça e tiravam seu sono. Ainda tinha aquele sentimento estranho no peito, que mais tarde descobriu ser amor por a...