O Vampiro (VKOOK)

Capitulo 36

Assim que Jungkook deixou para trás a casa da família Kim. O vampiro ligeiramente tomou o caminho ao longo da estrada principal perto do Lago Busan, procedendo calmamente através da estrutura de madeira ao redor do andar monumental da cidade. Agindo com cautela abaixo das nuvens carregadas acima de sua cabeça e com os olhos atentos para os caminhos laterais. Tudo parecia estar mais escuro quando horas tardias se faziam maiores na noite obscura da cidade. Olhando para frente, nenhum pedaço do céu parecia estar límpido ou com poucas nuvens. Nada além de escuridão podia ser visto no céu além das nuvens pesadas, principalmente ao longo do caminho completamente esvaziado pela luz urbana, uma área coberta por galhos e árvores, como um reservatório selvagem.

A entrada à frente era muito significativa para Jungkook, trazia-lhe conforto de uma era bastante antiga, ainda mais quando lembranças boas eram trazidas rapidamente como refresco para sua memória através de uma imagem decrépita do passado. Eram lembranças turvas porém de pura verdade. Lembranças fáceis de serem alcançadas por mais longes que elas pudessem estar. O ano de acontecimento de tamanhas infelicidades eram detalhes fúteis quando comparados ao alcance de sua memória aprimorada. Era como se todas aquelas desventuras do século dezenove tivessem sido colocados sob prática em um dos dias mais recentes de sua vida. Mas assim como tamanhas tragédias, lembrava-se muito bem dos tempos iniciais na cidade ao lado de Lalisa exatamente quando não havia chances de um dia deparar-se com Jennie nas largas ruas da cidade.

Aquela época marcada pela ruína era dolorosa como o machucado mais lento de curar, como uma ferida que nunca pararia de doer. Na verdade, eram marcas eternas. Por mais que com o tempo curassem de aparência e, às vezes, parecessem esquecidas de como as conseguiu. No fim do dia, elas ainda estariam lá e ainda doeriam quando fossem cutucadas. Uma proteção podia cobrí-las com o tempo e aparentemente curá-las, mas o conteúdo abaixo delas ainda existia e por mais que buscasse apagá-las. Dependendo do quão danificado aquela fenda o tornou, certamente, uma cicatriz ampla residiria em seu corpo como uma referência para que nunca pudesse esquecer o que fez de Jeon Jungkook, um herdeiro altamente disputado e digno do trono, em um criminoso mau caráter servente à vingança árdua.

Há coisas que nos irritam muito e nós nem sequer sabemos o porquê, não até que se passem anos e anos. Mas até chegar lá, até você olhar para o verdadeiro problema sem suas usuais vendas. Infelizmente já é tarde demais. No passado, quando pela primeira vez deixou o ódio de lado e olhou para quem havia se tornado, Jungkook não podia ver nenhum problema que o traria infelicidade. Em todo o conflito entre os Park e os Jeon, o vampiro realmente parecia cego pela própria dor. O próprio nunca percebeu o que aconteceu de tão ruim entre ambos os clãs até o exato momento em que seus pais foram mortos.

Para ser sincero, sua relação como um herdeiro ao lado de seu antecessor era como aquela conflituosa relação de vai e não vem entre os Jeon e os Park. No início, era pacífico e repleto de alianças na intenção de prosperidade. Mas no decorrer, tudo apodreceu e remoeu-se por causa de posição. Seus pais desde muito cedo o treinaram para ser um bom representante do clã Jeon, dizendo o que deveria e o que não deveria cometer durante um reinado.

Jungkook estava mais velho agora, mais do que podia estar em qualquer vida humana e até mesmo em seus próprios pensamentos se não fosse pela amizade de Lalisa, mas com o tanto de tempo que obteve sozinho sem os líderes e qualquer outra companhia. Não se auto-julgaria pelo que fez no passado, tanto para os Park quanto para qualquer outro nome que cruzou em seu caminho.

Por sorte, ninguém nunca o encontrou naquela época, pois naquela época não pensaria em manter para si as palavras finais dita pelo último Park que viu vivo. Ele realmente pôde repensar aquela troca ambiciosa de poder e resignação que em anos trouxe tanta desgraça. Naquele reino seu pai era quem detinha o poder da coroa e trazia consigo os restos construídos através das richas que mantinha com Hochul.