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Oii, peço que por favor verifiquem o número do capítulo pois alguns estão embaralhados. Vejam que se é o número que vem depois do que você leu anteriormente.

Lalisa Manoban

- É sério que vai continuar de cara fechada? - Pergunto.

- Vou. As vezes me pergunto como ainda não dei um tapa nesse seu rostinho bonito. Porra, Lalisa! Você foi infantil, tratou a pobre garota como um mero capacho, e ainda por cima me fez passar vergonha. - Reclamou apontando o dedo em minha direção.

- Qual é!? Ela que deu uma de esquentadinha pro meu lado! Não viu como ela se referiu à mim? Aquela garota é uma indisciplinada! - Me defendi.

- Cansei de tentar te entender, Lalis. Somos amigas à mais de dez anos e como sempre você nunca me esculta. Um dia essas suas atitudes desumildes vão acabar trazendo uma grande consequência pra você, e quando isso acontecer eu estarei lá para dizer o conhecido "eu avisei". - Concluiu caminhando para sua sala.

Revirei os olhos para o drama de Rosé. Essa não é a primeira vez e tenho certeza que nem será a última pelo fato dela estar sempre insistindo nisso de que eu devo rever minhas atitudes com as outras pessoas.

Roseanne e eu nos conhecemos à dez anos atrás na faculdade. Foi como se uma conexão tivesse nos arrastado até o momento em que ela esbarrou em mim no carredor da faculdade e então a partir daí começamos a conversar e logo nos tornamos inseparáveis.

Felizmente assim que assumi o controle na Manoban Industry pude contratar novos empregados, e entre eles estava Rosé. Na empresa ela é como uma mão estendida em minha direção, e então
sempre que eu precisar de ajuda ela estará lá a disposição.

O dia aparentemente começou com o pé esquerdo, visando o acontecimento de minutos atrás naquela lanchonete. E tudo isso porquê misteriosamente Rosé decidiu querer experimentar um lugar novo do que estamos acostumadas à frequentar todas as manhãs.

Rosé sempre diz que devo tratar as pessoas com menos desdém pois nunca se sabe pelo o que aquele ser humano passou para está onde e como está. Sei que ela está certa, sempre está. Porem passei à ser alguém importante no país e não posso permitir que me tratem com desrespeito como fez aquela empregada abusada. Talvez ela seja só mais uma que quer uma boa transa e acha que por estar se fazendo de difícil vai conseguir.

Além do mais, minha fama com mulheres é bastante... numerosa. Sei que a maioria são um bando de interesseiras que só querem me usar para conseguir meu dinheiro, mas posso usa-las também para obter um pouco de prazer.

Para todos os lugares que vou, preciso agir com indiferença com todos. Não posso demonstrar sentimentos além da pose séria e uma carranca fechada em minha face. Segundo meu pai, expressões além dessas demonstram vulnerabilidade e ingenuidade, coisa que pode ser o responsável pela derrubada do meu império. Por isso sou tão imparcial, tenho que exalar poder onde quer que eu vá para deixar claro que ninguém brinca comigo ou me manipula facilmente.

Bom, pelo menos eu tento, já que andar com Rosé significa ter de esconder a carranca e abrir um sorriso. Quando digo que ela é a pessoa que mais confio eu falo a verdade, Rosé nunca me deu motivos para sequer desconfiar de suas intenções com minha amizade. Tanto que é ela quem cuida do meu dinheiro e me impede de gastar tudo em coisas desnecessárias.

- Com licença, Senhora Manoban. O Sr. Wesley já está à sua espera na sala de reuniões. - Irene avisou, ao adentrar minha sala.

- Mas que inferno, esse velho de novo? - Resmunguei levantando de minha cadeira e seguindo para o primeiro andar onde se localizava a sala de reuniões.

Pegando o elevador, notei que havia uma movimentação incomum na recepção. Curiosa, desviei da minha trajetória inicial e sigo em direção ao lugar movimentado.

- Posso saber o que está acontecendo aqui? - Pergunto recebendo os olhares de todos.

- Sra. Manoban, essa senhora veio em busca de emprego pelo anúncio que dispôs na entrada do prédio. - Explicou Yeji, a recepcionista.

- Sou Kim Minji, queria saber se a vaga ainda está disponível.

A mulher parada à minha frente tinha traços asiáticos como muitos dos que trabalhavam na empresa. Suas vestimentas pareciam ser desgastadas e seus olhos corregavam olheiras profundas, mas mesmo assim um sorriso doce enfeitava seus lábios.

- Você sabe que a vaga é para faxineira, certo? - Pergunto.

- Sim, Senhora. - Confirmou ainda sorrindo.

Merda, costumo ter de revisar a vida inteira de qualquer um antes de trabalha definitivamente aqui, mas aquela mulher parecia tão inocente que me pergunto se realmente precisava de tudo isso.

- Certo. Esta contratada e começará amanhã. Yeji lhe dará mais informações sobre pagamento, rotina e deveres. - Falei sob os olhares surpresos dos que estavam próximos.

A mulher me agradeceu inúmeras vezes e logo me retirei do local, seguindo meu caminho até a sala de reuniões. Assim que abri a porta e adentrei o espaço, Sr. Wesley e seus advogados sorriram falsamente em minha direção.

- Senhora Manoban, é um prazer reve-la. - O mais velho falou se levantando e logo me cumprimentando com um forte aperto de mãos.

- Certo. A que devo a honra de sua presença pela segunda vez em um único mês? - Pergunto com um sorriso sarcástico.

- Ora, Lalisa. Creio que tenha pensado na proposta que lhe fiz na última visita. - Ela retribuiu o sorriso.

- Certamente. E mais uma vez repito, não vou vender a empresa da minha família para você. - O encaro.

- E que tal eu aumentar a quantia mais um pouco? - Sorriu de lado.

- Se fizer isso vai ficar pobre. - Respondo.

- Lalisa veja bem...

- Sra. Manoban para você. - O interrompo.

- Certo. Veja bem Sra. Manoban, você ainda é nova, com o dinheiro que pagarei pela venda dessa empresa poderá curtir a sua vida inteira sem precisar trabalhar, não parece algo tentador para você?

- Tentador parece ser minha vontade de ordenar para barrarem sua entrada outra vez na minha empresa. Se me dá licença, tenho uma empresa para tomar de conta. - Pisco e saio de imediato da sala.

Esse velho me dá nos nervos. Ele acha que eu sou idiota o suficiente para entregar de bandeja tudo o que meu pai demorou tanto para contruir por míseros milhões de dólares, além do fato de que ele vai destruir o sobrenome da minha família e ainda vai deixar tudo o que essa empresa é hoje desmoronar.

Esses idiotas me dão ânsia.

...

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