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Oii, peço que por favor verifiquem o número do capítulo pois alguns estão embaralhados. Vejam que se é o número que vem depois do que você leu anteriormente.

Jennie Kim

É importante que eu lembre de sempre agradecer por ter alguém como Jisoo ao meu lado. Ela é definitivamente um anjo que tem o propósito de fazer minha vida mais feliz, de ocultar tudo de ruim que permanece em minha vida.

Quando cheguei à lanchonete naquela manhã, segui de cabeça baixa até o depósito para evitar olhares assustados ou repletos de julgamento quando os clientes vissem a marca da mão do meu progenitor marcada em minha bochecha pálida.

Não demorou muito para que Jisoo adentrasse o local e sem perguntas, cobrisse o estrago com uma quantidade razoável de maquiagem. Ela não me perguntou nada, já era parte de sua rotina me ajudar com aquele problema e evitava falar sobre esse assunto sabendo que eu me desmancharia em lágrimas na primeira palavra pronunciada. Jisoo apenas me deu um abraço acolhedor e murmurou que tudo ficaria bem.

Mas... suas palavras nunca pareciam ser seguras. Eu sabia que nada ficaria bem a menos que aquele verme morresse ou fosse preso, e bem, são coisas meio impossíveis de acontecer no momento. Então me resta fazer de tudo para aguentar, pois sei que se um dia eu desistir, minha mãe será a próxima da lista à aguentar tudo isso. E não deixarei que isso aconteça. Nunca.

Quando o ponteiro do velho relógio de parede da lanchonete apitou, soube que a hora de voltar para casa já havia chegado. Me despedi de Jisoo com um abraço e um beijo na bochecha, afirmando que no outro dia estaria de volta às 6h00 am.

Segui pelas ruas com a cabeça baixa, evitando olhar para qualquer coisa que não fosse a calçada de concreto. Com a quase medonha escuridão da noite cercando o céu e os arredores dos obejtos dispostos pelo caminho.

Ali me permiti vagar um pouco, pensando no quão irresistível é a ideia  de comprar três passagens e sair desse país o mais rápido possível com minha mãe e a pequena Ella. Ou então de lançar as provas que incriminam meu progenitor de agredir verbalmente e fisicamente sua própria filha, mas isso seria em vão já que provavelmente a polícia não faria nada para nos ajudar.

É triste pensar isso, eu sei. Mas é a mais pura verdade. Quando somos pequenos vemos os policiais como heróis que salvam as pessoas do perigo, mas quando crescemos o bastante para enfim cair na realidade, nos damos conta de que essa não é bem a verdade. Infelizmente.

As vezes me pergunto como seria a vida dos meus pais se eu não tivesse nascido. Talvez meu progenitor nunca tivesse se tornado esse monstro temido pela própria família, mas talvez minha mãe fosse a pessoa que teria de aguentar tudo o que passo diariamente.

Voltando à triste realidade, cheguei em casa poucos minutos depois. Assim que passei pela porta, fui surpreendida com um pequeno ser sorridente agarrando minha perna direita.

- Nini-ya! - Exclamou dando adoráveis risadas.

- Olá, minha pequena cinder'ella'. - Sorri a pegando no colo e enchendo suas bochechas gordinhas de beijos estalados.

- Filha! Que bom que chegou. - Omma veio até mim e deixou um selar carinhoso em minha bochecha dolorida.

- Precisa de ajuda com o jantar? - Pergunto a acompanhando até a cozinha.

- Não não, querida. Vá tomar banho e desça para jantar antes que seu pai chegue e acabe com a paz nessa casa. - Suspirou pegando Ella de meus braços.

- Certo. Desço daqui a pouco. - Falo, já  subindo as escadas em passos largos. Feliz pela ideia de ter um jantar em paz com omma e Ella.

Depois que tomo banho, visto uma calça de moletom preta e um cropped de manga curta na cor branca. Seco meus cabelos e os penteio, tendo dificuldades em alguns nós espalhados pelo percuso dos fios.

Deixo a toalha sobre a cama e desço rapidamente para a cozinha, onde minha mãe estava colocando os pratos na mesa junto das panelas e talheres.

Me sento à mesa ajudando Ella à se aconchegar em sua cadeirinha e logo me sirvo. Passando a comer em um silêncio agradável, de vez em quando conversando com omma sobre assuntos aleatórios e sobre seu emprego, que está a fazendo tão feliz que nem posso medir com palavras. Apenas em ver seu sorriso ao relatar como foi seu dia já nem mais me preocupo com o fato da Manoban ser sua chefe.

Antes que meu progenitor pudesse chegar, guardei as louças sujas na pia e deixei um beijo estalado na bochecha de Ella e de omma antes de sair em direção ao meu ponto de paz.

Subindo as escadas senti meus pelos do braço se arrepiarem pelo frio intenso que fazia em Los Angeles durante as noites. Acabei deixando um sorriso escapar de meus lábios ao lembrar que estava à poucos passos do meu momento do dia favorito.

Mas meu sorriso morreu assim que pisei no térreo e o vi limpo, sem meu cobertor, meus livros e nem mesmo meus marca-paginas que eu deixava em baixo do pano. Soltei um suspiro frustrado, quase derramando lágrimas por aquilo.

Provavelmente isso é obra da Manoban. Ou então alguém subiu aqui e roubou todos os meus preciosos pertences. Que perda...

Amanhã vou tirar satisfações com a Manoban, e exijo ter todas as minhas coisas de volta. Certo que eu deveria estar esprando por isso ao me acomodar no topo do prédio da empresa dela, mas Lalisa não tem o direito de confiscar tudo assim.

...

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