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Oii, peço que por favor verifiquem o número do capítulo pois alguns estão embaralhados. Vejam que se é o número que vem depois do que você leu anteriormente.

Jennie Kim

- Argh, fala sério, omma! - Gruni revirando os olhos.

- Querida, é uma oportunidade única! Sabe por quanto tempo eu fiquei à procura de um emprego? Fazem meses! Além do mais não entendo sua implicância com aquela mulher, ela me tratou com respeito e foi simpática. - Omma falou enquanto organizava alguns produtos no armário.

- Fala isso agora, espera só alguns dias e ela vai lhe tratar como uma faxineira qualquer, com desprezo e desdém. Assim como trata todos. - Rebati recolhendo os brinquedos de Ella que estavam espalhados pela sala de estar.

- Não me importo com isso, Jennie. E você também não deveria se importar. Se Lalisa é como você diz, que seja. De um jeito ou de outro ela vai estar pagando pelo meu serviço e assim vou poder dar uma vida melhor para você e sua irmã. - Falou calmamente.

- Bom, apesar de tudo fico feliz por ter conseguido um emprego, omma. - Sorri.

- Eu também estou, querida. Me sinto melhor agora que estarei lhe ajudando de alguma forma. - Beijou minha testa com carinho.

- Aish, pare com isso! Já disse que não me importo em ajuda-la sempre que precisar.

- Eu sei, meu bem. Mas me sinto culpada por você não ter seguido seu sonho em se formar na faculdade que tanto almejava ou curtir sua adolescência do jeito certo, pelo contrário, tem de trabalhar até não sei que horas da noite e no final ainda tem que repartir todo seu ganho. É frustrante para uma mãe ver sua filha ser obrigada à cumprir o papel dela na família. - Desabafou em meio à um suspiro profundo.

- Ei, eu gosto de ajudar você. Não é mais um incômodo trabalhar tantas horas e até nem sinto mais tanta falta da faculdade. - Apertei seu ombro delicadamente.

Ela apenas sorriu e voltou sua atenção para a enorme panela de sopa que fazia para o jantar daquela noite. E enquanto isso, eu tentava organizar a bagunça que Ella deixou na sala após terminar de brincar.

Assim que guardei a última boneca no cesto colorido que estava localizado no canto do cômodo, avisei à omma que iria subir para tomar banho. Ela assentiu e logo subi as escadas pulando de dois em dois degraus.

Ao chegar em meu quarto, sigo direto para o banheiro e me certifico de ligar a água na temperatura morna, tentando evitar de meu corpo congelar graças ao frio que abraçava Los Angeles. Já de baixo do chuveiro, jogo um pouco de shampoo em meus cabelos e esfrego até formar uma camada suficiente de espuma branca. Em seguida enxaguo e passo o condiconador, penteando-o logo ali para desembaraçar possíveis nós que foram formados durante o dia. Enfim, enxaguo novamente e enrolo meu corpo em uma toalha branca e saio do banheiro, voltando ao meu quarto.

Passei alguns minutos decidindo que roupa confortavel eu deveria vestir naquele momento, acabei optando por um short de tecido na cor preto e um cropped branco. Calço meus chinelos e penteio meus cabelos agora pouco embaraçado.

Desço as escadas já ouvindo murmúrios vindos do primeiro andar, provavelmente da cozinha. Meu corpo tensiona assim que chego no cômodo e vejo meu pai me encarando com sua comum carranca fria. Apenas abaixo o olhar e pego Ella no colo, que antes abraçava minhas pernas.

- Olá, bebê. - Sorrio para ela que apenas deita sua cabeça em meu ombro e ali se aconchega.

Depois de um tempo volto Ella para o chão para ajudar omma à arrumar a mesa, dispondo os pratos, talhares, copos e panelas na velha mesa retangular de madeira.

Quando todos nos acomodamos para enfim comer, um clima pesado se acomodou ali também. Já não era tão difícil perceber, e aquele típico silêncio era mais comum do que aparentava. Na maioria das vezes dou a desculpa de que não estou com fome apenas para não ter de presenciar esse momento.

- Querida, como foi o trabalho hoje? - Omma se dirigiu à mim, tentando quebrar o silêncio.

- Normal, eu acho. O Sr e a Sra. Kim estão viajando para a Coreia por algumas semanas, então Jisoo e eu temos de dar conta do dobro. - Falo levando uma colherada da sopa à minha boca.

- Quando eles voltarem certamente não terá mais a lanchonete. - Papai me provocou.

- Não se meta na conversa que não lhe diz respeito. - Rebati.

- Fale assim comigo outra vez e terá minha mão marcada na sua cara por mais uma semana. - Ameaçou-me.

- Jiwan! - Omma o repreendeu baixinho.

- E você não se meta! Essa imprestável age assim porquê você não prestou nem para educa-la. - Ele falou, ja coberto por fúria.

- Ao invés de ficar apontando o que omma fez ou deixou de fazer deveria ir atrás de um emprego. Me chama de imprestável mas a única coisa que você faz é ficar deitado enquanto fuma cigarros o dia inteiro! É graças à mim que você tem o que comer! - Explodo batendo fortemente na mesa, assustando Ella e omma.

Não demorou cinco segundos e ele já estava marcando minha bochecha esquerda com sua mão sebosa. O impacto foi tão forte que meu pescoço tombou para o lado com tanta força que senti ele estralar. Quando papai afastou sua mão, eu continuei o encarando como se não tivesse sentido nada, mesmo que na verdade aquela área estivesse em chamas pela dor.

Manti minha expressão neutra. Sem choro. Sem soluços. Sem lágrimas presas.

- Obrigado pelo jantar, omma. Estava delicioso. Vou sair para espairecer. - Susurrei em seu ouvido, recebendo um aceno de cabeça em confirmação.

Antes de sair, deposito um beijo na testa de Ella e logo passo pela porta azul que me dá acesso ao lado de fora. Sigo em passos rápidos até o prédio da Manoban Industry, sendo cercada pela escuridão da noite e um silêncio consolador.

Ao subir alguns metros de escadas velhas e enferrujadas, chego ao topo do prédio onde se localizava meu refúgio. Assim que me sentei próxima à uma coluna onde provavelmente estava localizado o refrigerador, não demorou muito para que um soluço escapasse de meus lábios agora trêmulos.

Pressionei minha mão em minha bochecha ferida tentando acalmar o ardor insuportável que ali se localizava.

Sabendo que passaria a noite chorando na companhia da lua e das centenas de estrelas, deitei-me sobre a manta que estava estendida sob o chão duro de concreto, afastando uma pequena pilha de livros que serviam de entretenimento sempre que eu ficava naquele lugar.

É, aquela noite não foi das melhores, muito menos das piores.

...

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