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Oii, quem é vivo sempre aparece né? Pensei seriamente em desistir dessa fanfic e simplesmente apagar mas tenho um carinho tão grande por ela que não consegui. Então vamos de mais um capítulo depois de anos.

Jennie Kim

Mais um dia de trabalho acaba de ser finalizado. Eu e Jisoo estamos fazendo uma última limpeza na lanchonete antes de fechar o estabelecimento.

- Você e Rosé estão realmente saindo? - Pergunto, organizando as cadeiras antes espalhadas, em seus devidos lugares.

- Estamos, mas acho que não por muito tempo. - Jisoo responde, seguido de um suspiro.

- Por quê diz isso?

- Jennie olhe para a minha realidade e depois olhe para a de Rosé. São completamente diferentes.

- E desde quando isso é um problema para você? - Pergunto, surpresa.

- Desde que ela começou a querer me comprar presentes caros. O problema não é esse em questão, o dinheiro é dela e ela pode fazer o que bem quiser com ele. O problema de fato é eu querer fazer o mesmo por ela sendo que o meu dinheiro é contado para ajudar a pagar as contas de casa. - Fala Jisoo, jogando com raiva o pano que antes usava para limpar no balcão. - Rosé merece alguém melhor.

- Jisoo, você realmente isso de Rosé? Acha mesmo que ela se importa com o fato de você não poder encher ela de presentes caros? Ela tem noção da sua condição financeira desde o início e mesmo assim está disposta a seguir em frente com você. Tenho certeza que o presente mais caro que Rosé poderia querer ganhar é a sua presença e o seu amor.

- Mas é frustrante Jennie, você deveria me entender já que passa pela mesma situação. - Ela diz, deixando uma lágrima escapar.

- Eu entendo você. Entendo a frustração de sentir que você está abaixo da pessoa que gosta e que ela merece alguém do mesmo nível. Eu já tive esses mesmos pensamentos, ainda tenho na verdade, e acho que você deveria conversar sobre isso com ela. - Falo, e limpo o rastro da solitária lágrima que desceu segundos atrás.

- Vamos logo terminar de limpar, preciso chegar cedo em casa. - Ela fala, voltando a esfregar o pano nos móveis.

Cerca de meia hora depois já estávamos desligando as luzes do estabelecimento e trancando a porta. Me despeço de Jisoo com um abraço e um beijo em sua testa.

- Pensa no que eu falei, tá bom? - Digo, com um sorriso fraco.

- Tá bom. Até amanhã Jendeukie. - Ela diz sorrindo.

Depois disso começo seguir meu caminho em direção à minha casa. As ruas estavam desertas, poucos carros passavam e as luzes dos prédios ao redor estavam todas apagadas. De vez em quando eu tomava um susto com gatos brigando ou então revirando latas de lixo.

Omma me ligou mais cedo pedindo para que eu levasse um pedaço de torta de morango para Ella, essa que disse estar com muita vontade. Então aqui vou eu levando não um, mas dois pedaços da famosa torta de morango.

Ao virar a esquina que me levava para casa o som alto de pancadas e vidros sendo quebrados chamou minha atenção. Cada vez que eu me aproximava mais de casa o barulho ficava mais alto, e então eu me dei conta. Parei de respirar por alguns segundos e com o coração na garganta, corri rapidamente.

Parada em frente a porta e tentando enfiar a chave na fechadura, tive a certeza de que toda aquele barulho era na minha casa. Alguns vizinhos estavam do lado de fora de suas residências, provavelmente incomodados com todo o alvoroço.

Eu definitivamente não estava preparada para dar de cara com a cena que ficou diante dos meus olhos, o que soa engraçado já que não é a primeira, nem a segunda e nem a terceira vez. Eu sei que é uma péssima pergunta, mas eu já deveria ter me acostumado com isso?

Ao abrir a porta o primeiro movimento que captei foi o de um prato voando e se chocando de maneira brusca contra a parede, se partindo em centenas de pedaços. E então ouvi vozes.

- PARA! - Omma gritou, com a voz embargada pelas lágrimas.

- VOCÊ É A PORRA DE UMA VAGABUNDA! NÃO SERVE NEM PRA FAZER UMA COMIDA DIREITO! - Meu progenitor grita ainda mais alto, a empurrando contra o chão e acertando a mão no rosto de omma com força.

- SEU DESGRAÇADO! - Vou na direção dele e o empurro com força, fazendo-o cambalear. O cheiro de álcool inunda minhas narinas.

- Ah! Então a outra vagabunda resolveu aparecer. - Ele vem em minha direção e segura meu braço com força, tanta força que meus olhos se enchem de lágrimas. - Com quantos você dormiu hoje? Diz pro seu pai.

- Com nenhum seu filho da puta! - Falo, tentando me soltar.

- ASSUME LOGO QUE VOCÊ É UMA PROSTITUTA! - Ele me empurra com tanta força para trás que meu corpo é jogado contra uma mesa, sinto uma dor alucinante na minha costela direita, a dor é tão forte que minhas pernas perdem a força e acabo caindo.

- ANTES UMA PROSTITUTA DO QUE UM PROGENIDOR DESGRAÇADO IGUAL VOCÊ! - Grito de volta, tentando me colocar em pé.

- EU VOU TE MATAR SUA DESGRAÇADA! - Ele afirma, vindo em minha direção.

- NÃO ENCOSTA NELA! BATA EM MIM MAS NÃO ENCOSTE MAIS NENHUM DEDO NELA! - Omma grita.

- VOCÊ FICA CALADA! QUER APANHAR MAIS? - Ele se vira na direção dela e em seguida volta a me olhar. - E você, vai vim comigo. Vamos conversar.

E então ele me puxa pelo braço escada acima, escuto os gritos sofridos de omma pedindo para ele me deixar em paz, mas ele nem mesmo parece ouvir. Quando chegamos em seu quarto, ele me empurra para dentro e fecha a porta com força.

- Quer que eu pare de fazer isso? - Ele pergunta.

Não respondo.

- QUER OU NÃO? - Sua mão asquerosa deixa um tapa forte em um meu rosto, fazendo minha pele arder como se estivesse queimando.

- Quero. - Respondo firme, tentando não transparecer o medo que eu estava sentindo dele me matar ali mesmo.

- Pois vamos fazer um acordo, e sequer pense em negar que eu mato aquela vagabunda que você chama de mãe. Tenho certeza de que você não duvida, da última vez eu cheguei bem perto de fazer isso. - Ele diz.

Quando ele termina, saio daquele quarto o mais rápido possível e vou em passos rápidos para o meu. Fecho a porta com força e caio no chão desnorteada, com lágrimas salgadas descendo sem parar. De todos os acordos que ele poderia ter feito, ele fez o que mais vai doer, não só em mim.

...

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