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Finalmente consegui postar a porra do capítulo. Corrente do "aleluia irmãos", por favor!

Jennie Kim

De cabeça erguida, consigo ler perfeitamente o enorme letreiro onde está escrito "Park's Rehabilitation Center". Mais em baixo, respondendo uma das inúmeras perguntas que eu tinha em mente, em letras menores estava escrito "Centro de reabilitação e cuidados para crianças com câncer".

Desviei meu olhar para Rosé, que encarava a fachada do lugar com um largo sorriso e com seus olhos adquirindo um brilho espetacular.

- Venha, vamos entrar. - Ela diz, pegando delicadamente em minha mão esquerda e me puxando junto à ela até a entrada.

Chegando lá, o segurança parado na porta, apenas sorriu educadamente para a loira ao meu lado e nos deu passagem para entrar. Franzi minha sobrancelha, minha cabeça dando voltas por inúmeras explicações que me fariam entender tudo aquilo.

Mais à frente conseguimos escutar um som abafado e impossível de identificar pela distância. Todavia, assim que Rosé entrou em um corredor à nossa direita, o som ficou mais claro e então pude concluir que eram risadas infantis. A loira ao meu lado apressou os passos e acabei dando de cara com suas costas quando ela parou bruscamente. Curiosa, olhei na direção em que ela prestava sua total atenção e tive uma grande surpresa.

Atrás de uma placa de vidro transparente, que ocupava o meio de uma parede rosa, havia uma sala totalmente colorida onde Lisa estava sentada ao centro dela, cercada por crianças que não tinham seus cabelos presentes. Ao seu colo, estava uma garotinha com fios ao redor se seu corpo, mas isso não parecia ser uma preocupação para ela já que dava altas gargalhadas com as caretas que Lisa fazia para ela.

- Lisa faz doações para esse centro de reabilitação desde que ele foi construído. Ela comprou os materiais, pagou a mão de obra dos trabalhadores e até hoje faz doações mensais para ajudar à pagar o tratamentos e medicamentos de todas essas crianças. - Rosé falou, continuando à observar o interior da sala movimentada.

- Ela nunca me disse...

- Eu imaginei. Por mais surpreendente que seja, considerando o alto ego de Lisa, ela não gosta de sair se exibindo e espalhando para as pessoas que ela investe mais nesse lugar do que em inúmeras parcerias. E por mais que ela não seja obrigada à fazer essas doações, Lisa faz questão de ser a esperança que essas crianças e suas famílias tanto precisaram.

Engulo em seco, impactada pelo peso daquelas palavras e emocionada por aquelas crianças terem uma luz no fim do túnel. Terem Lisa.

Sinto meus olhos arderem, imaginando o quão ruim deve ser entregar sua vida e seu bem estar na mão de alguém como aquelas crianças fazem. Como deve ser horrível para os pais, assistir a dependência de seus filhos em doações, na bondade e na boa vontade de alguém. Como deve ser péssimo para um pai ou mãe se sentir incapaz de ajudar seu filho por falta de condições.

- Você está chorando? - Rosé pergunta, me tirando de meus pensamentos.

- Desculpe. - Fungo e rapidamente seco meus olhos e bochechas com a manga do meu suéter.

- Vem, vamos entrar, quero que conheça todos dessa sala. Inclusive meu irmão. - Rosé falou antes de abrir a porta e me puxar junto à si.

Assim que adentramos o cômodo, recebemos vários olhares de diferentes direções e alturas. Dentre eles, o dela. Lisa me encarava com seu semblante surpreso, provavelmente se perguntando o que raios eu estava fazendo aqui.

- Tia Rosie! - Uma garotinha correu até a loira ao meu lado, que logo a pegou no colo e encheu suas bochechas de beijos estralados, provocando risadas da mais nova.

The Waitress - Jenlisa Onde histórias criam vida. Descubra agora