- 𝟎𝟓 -

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THUR

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THUR

ENTÃO A GENTE SE VÊ DEPOIS? - perguntou Jessica passando o dedo por cima da minha blusa.

— Depois. - dei um beijo no canto da boca dela e fui pra onde Ashelley me esperava.

A dois dias estamos assim,mãos bobas ali beijos raspando no rosto aqui e assim vai.

Me enrola tanto que daqui a pouco viro um baseado.

Eu sinceramente espero que o beijo dela seja bom,nunca vi tanta demora.

— Finalmente o bonito resolveu aparecer né? - debochou ela assim ue cheguei.

— Pai é oculpado ta ligado? - disse sorrindo.

— Moço pelo amor de Deus. - bateu a mão na testa de leve. — Já era pra eu estar em casa mas óbvio que não,o bonito foi ser mais um pouco enrolado pela outra lá. - continuou com o deboche.

— "Enrrolado?",fia isso se chama calma. - respondi.

— Confia pô. - disse rindo. — Já já você vira um baseado de tanto que ela te enrola. - menina tá meia debochada hoje né?

— Tirou o dia pra debochar do seu pobre amigo né minha filha? - perguntei rindo.

— Sei lá,acordei meia serelepe hoje. - disse se comparando com o meme me fazendo dar outra risada.

— Vai fazer o que hoje? - perguntou quando estávamos próximos a nossas casas.

— Ver a Jessica mas tarde,quem sabe ela não para de me enrolar? - perguntei em tom brincalhão fazendo ela me olhar. — E você vai fazer o que?

— Só algumas coisas na pele e assistir. - respondeu.

— Aqueles negócios que dói e depois deixa a pele macia? - perguntei.

— Geralmente só a máscara preta dói pra tirar porque não encontraram uma outra que doa menos pra puxar. - respondeu. — E não,não vou passar essa  vai ser outras,aquela é melhor pra tirar cravinhos do rosto. - concluiu.

— E porque você nunca me disse isso?Aquele inferno doeu pra tirar aquele dia. - Falei emburrado vendo ela rir da minha desgraça.

— Tá eu tenho essas aqui,nós vamos passar a preta pra tirar uns trem do meu rosto que tá me incomodando. - disse Ashelley.

— Vai doer pra tirar? - perguntei receoso.

— Não poxa,confia. - respondeu.

Eu não deveria ter confiado,esse negócio doeu pra uma caralha.

— Na hora de deixar os amiguinhos com o rosto ardendo ninguém lembra né? - perguntei a ela.

— Nunca nem vi,tchau. - beijou minha bochecha e entrou pra dentro da casa dela.

Entrei em casa falei com meus pais e almocei e subi pro meu quarto,não faço parte nem do treino e de nenhuma pauta  de vídeos hoje.

Me sentei em frente o computador e comecei a jogar.

[...]

— E você faz o que nessa  loud? - perguntou Jessica.

Já havia ido encontrar ela em um local próximo a nossas casas e bem agastado de qualquer pessoa que possa colocar isso na internet.

— Criação de conteúdo na parte emuladora,jogo uns campeonatos e tals. - disse divertido a fazendo rir.

— E você e a Ashelley são só amigos mesmo? - perguntou novamente.

— Sim,nós conhecemos literalmente desde crianças. - respondi.

— Mas vocês nunca tiveram nada?Nunca deram nem um selinho atoa? - perguntou novamente.

— Não,não vejo ela desse  jeito que você está insinuando. - Porra ela quer CPF também?

— Ah ela é linda,tenho até medo de você me trocar por ela. - moça pelo amor de Deus?

— Moça? - perguntei com o cenho franzido. — Vai parar me de enrolar nunca? - perguntei me aproximando dela.

— Vou. - passou os braços por meu pescoço e me beijou.

Nós beijamos com um pouco de pressa mas sem preocupação se iríamos ser vistos ou não,afinal estamos em uma praça que era muito pouco frequentada e em uma parte com menos luz.

Assim que o beijo acabou,continuamos com a respiração ofegante olhando um pro outro,nos separamos e a acompanhei até a casa dela.

Não trocamos palavras apenas sorrisos e ela entrou em casa e eu fui direito pra minha.

Achei que o beijo dela seria diferente mas é quase igual o das outras meninas,muito frio e milimetricamente calculado será que sempre vou ter essa sensação de vazio?a sensação que eu estou fazendo algo errado em beijar outras bocas?

A questão é:porque essa sensação?

Suspirei entrando em casa não vendo ninguém na sala e fui  direito pro meu quarto indo mandar mensagem pra ash precisava contar isso a alguém,precisava tirar essa sensação sufocante de mim.

Cinco minutos depois escultei passados no corredor,ela chegou rápido.

— O que foi?Na mensagem você disse que era caso de vida ou morte e eu não estou te vendo morrer. - disse Ash entrando no meu quarto.

Não a respondi apenas fiquei encarando um ponto aleatório no meu quarto.

— Ei tá tudo bem?Aconteceu alguma coisa? - perguntou ela se sentando em frente a mim na minha cama.

— Sim,na verdade não sei. - disse vendo ela me olhar confusa. — Eu beijei a Jéssica,mas foi igual todas as outras e toda vez que eu fico com alguém eu tenho a sensação de que estou comentando um erro. - disse angustiado.

— O que te leva a pensar nisso? - perguntou calma deitando do meu lado.

— Eu não sei,sempre são milimetricamente calculados e sem sentimento algum. - disse deitando olhando para o teto.

— Mas a intenção da ficada é não ter sentimentos. - perguntou confusa.

— Sim mas eu realmente não sei porque sempre fico angustiado quando fico com alguém isso é estanho. - disse virando meu corpo para a olhar.

— Não que eu tenha experiência no assunto mas vai fazendo essas coisas na calma e no seu tempo,isso pode ser normal até porque todo mundo tem um limite e você pode ter chegado ao seu,sim? - perguntou.

— Sim. - disse meio incerto.

— Não fica remoendo isso,de qualquer forma eu vou estar aqui independente do que acontecer. - me abraçou colocando a cabeça no meu peito.

Não disse nada apenas comecei a acariciar os cabelos macios dela,pela primeira vez em sete anos as palavras dela não me deram muito conforto.

𝐉𝐔𝐒𝐓 𝐁𝐄𝐒𝐓 𝐅𝐑𝐈𝐄𝐍𝐃𝐒 • 𝐀𝐑𝐓𝐇𝐔𝐑 𝐅𝐄𝐑𝐍𝐀𝐍𝐃𝐄𝐒 (✓)Onde histórias criam vida. Descubra agora