- 𝟐𝟑 -

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OS DIAS foram passando de forma lenta e meio acinzentada, sem ela as coisas não faziam sentido.

— Arthur você tai ai? - jessica estralou os dedos em frente o meu rosto.

Todos os dias se resumiam nisso, eu pensava demais na ash e perdia o foco de tudo ao meu redor e pra ser bem sincero, jessica já tava me dando nos nervos.

Ultimamente até a respiração dela me irrita.

— Sim, o que foi? - perguntei olhando pra ela, sem interesse nenhum.

— Mas que droga, você ta assim a semana toda, parece que ta fora de órbita todos os dias. - bufou e eu arqueei as sombrancelhas. — Que saco, só queria que você pudesse me dar um pouco de atenção.

— Olha na boa não da mais não.

— Que? - ela arregalou levemente os olhos. — Tá ficando maluco?

— Sem a ashelley? Tô pior do que eu jamais pensei que estaria. - eu suspirei fundo. — Você é legal e tudo e tal mas, realmente não da mais, eu não quero machucar mais alguém nessa confusão.

— Eu já sabia que em algum momento isso ia acontecer, qual é arthur, todo mundo vê que você é apaixonado por ela, menos você e ela. - ela sorriu triste.

— Tá tão na cara assim? - passei a mão na nuca e ela riu.

— Você nem imagina o quanto. - ela levantou pegando a bolsa dela. — Eu vou ir pra casa ta? Se cuida e vai atrás da sua garota, eu sei que você sente falta dela.

Levei ela ate o portão e me despedi com um aceno de cabeça, já ia entrando quando a mãe de ash me gritou.

— THUR VEM CÁ. - gritou e eu me virei confuso indo em direção a ela.

— Oi tia, ta tudo bem? - perguntei olhando pra ela que colocava algumas coisas no carro de forma apressada.

— Sim a tia só ta com pressa. - ela parou e respirou fundo. — Vamos ter que viajar pra resolver um assunto de trabalho que surgiu de última hora mas, não vai dar pra levar a ash por conta da escola, conversei com a sua mãe e ela concordou da ash ficar essa semana com vocês.

Queria muito pular, fazer uma dança ridícula e uma comemoração muito escrota, é o destino tentando juntar nós dois novamente, certeza.

— Eu sei que vocês tão meio chateados um com o outro mas por favor tentem se resolver, nenhuma briga de vocês durou tanto tempo assim.  - ela pensou um pouco e sorriu. — Vai la dentro e fica com ela até ela acabar de arrumar as coisas dela, jaja a gente ta saindo.

Não precisou nem falar duas vezes, eu concordei e entrei praticamente correndo na casa. Cheguei na porta do quarto dela e regulei minha respiração antes de bater na porta.

— Entra mãe, ta aberta. - ela respondeu achando que era a tia, sonhou a coitada.

— O-oi ash. - gaguejei me encostando na porta e ela que estava de costas pra mim, paralisou antes de se virar e me olhar.

— Tá fazendo o que aqui?

— Sua mãe mandou eu vir aqui te ajudar e depois pra a gente ir la pra casa. - passei a mão na nuca envergonhado. — Queria conversar também, sobre nós.

— Não existe um nós. - ela respondeu rápido voltando a dobrar alguma coisa.

— Porque eu fui burro o suficiente pra mão ver, mas se você quiser pode existir. - disse esperançoso.

— Acho que não é nossa vez, talvez em outra vida eu seja sua garota. - ela me olhou e senti cada pedacinho do meu coração despedaçar.

— É nossa vez sim! A gente vai concertar isso, eu vou dar um jeito e concertar isso. - eu disse e isso saiu com um pouco de desespero.

— Olha você pode fazer o que quiser, me deixando em paz tá ótimo. - ela me olhou por uma última vez antes de continuar guardando algumas coisas dela.

Eu só me aproximei e fiquei do lado dela esperando que ela me pedisse pra fazer alguma coisa, esse silêncio entre nós dois é ensurdecedor e horrível.

— Guarda essas roupas naquela bolsa ali por favor. - ela mal acabou de falar e eu fiz o que ela me pediu e acabei ajudando ela sem reclamar todas as vezes que ela pediu.

Alguns minutos depois com as coisas dela guardadas pra deixar na minha casa, nos despedimos dos pais dela e fomos em direção a minha casa.

— Vou tirar uma parte no meu guarda roupa pra você. - me ofereci e ela balançou a cabeça em concordância com o olhar fixo na cama. — O que foi? Ta sujo?

— Só to imaginando.

— Imaginado o que? - perguntei confuso.

— Você e ela aqui enquanto eu ficava lá só esperando o momento que você ia vir atrás de mim. - ela sorriu sem graça.

— Eu e ela não existe. - murmurei concentrado no guarda roupa.

— Como assim? - ela estava realmente confusa.

— Eu precisei te perder pra ter total certeza do que eu quero e acredite, isso não vai acontecer de novo. - olhei pra ela. — Não tinha o porque continuar com ela se a pessoa que eu quero tá bem na minha frente.

— Isso é uau. - ela coçou a garganta.

— Acabei aqui, já pode guardar as suas coisas e fica a vontade , tudo que é meu sempre foi seu e não vai ser agora que isso vai mudar. - sorri. — Eu vou ir falar com a minha mãe, se precisar de alguma coisa é só me chamar.

Não esperei nenhuma resposta já que ela parecia muito atordoada, me virei indo em direção ao quarto da minha mãe com um sorriso no rosto.

Eu vou reconquistar minha garota.

𝐉𝐔𝐒𝐓 𝐁𝐄𝐒𝐓 𝐅𝐑𝐈𝐄𝐍𝐃𝐒 • 𝐀𝐑𝐓𝐇𝐔𝐑 𝐅𝐄𝐑𝐍𝐀𝐍𝐃𝐄𝐒 (✓)Onde histórias criam vida. Descubra agora