Capítulo 5

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Tentei dormir, ler, ouvir música, assistir séries na Netflix, mas quando estava quase escurecendo lá fora, eu já estava a ponto de ficar maluca e pular a janela para sair para algum lugar

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Tentei dormir, ler, ouvir música, assistir séries na Netflix, mas quando estava quase escurecendo lá fora, eu já estava a ponto de ficar maluca e pular a janela para sair para algum lugar.

E, quando a Penélope me ligou dizendo que ia sair com uns amigos, fui obrigada a aceitar. Não podia permanecer mais nem um minuto nesse maldito quarto.

Então, com isso na cabeça, me preparo para tomar banho. Pego uma muda de roupa e abro lentamente a porta do quarto, só o suficiente para ouvir se os garotos ainda estão lá embaixo. Não que eu me importe em incomodá-los, veja bem. O que não quero é cruzar com Tony novamente.

Como não escuto nada, saio do quarto, deixando a porta fechada atrás de mim, e caminho até o banheiro.

- Aff, como sinto falta de ter meu próprio banheiro. - Resmungo enquanto caminho pelo corredor.

Olhando para o celular procurando uma playlist para deixar tocando enquanto tomo meu banho, não notei que tinha alguém lá, até ter entrado e ouvido a água caindo.

Surpresa, olho para cima, e quase deixo o celular cair com a visão que tenho.

Tony está de costas dentro do box, tomando seu banho, e não me ouviu entrar.

"Esse maluco não trancou a porta?!", é meu primeiro pensamento. Mas então meus olhos recaem sobre seu corpo, através da nuvem de vapor que sai do chuveiro.

Puta. Que. Pariu.

É impossível isso. Um homem não pode ser tão gostoso assim. Deve ser contra as leis da natureza.

Observo cada uma das suas tatuagens, que cobrem literalmente o corpo inteiro, até as coxas e mais além. A enorme caveira em suas costas me encara como se estivesse me desafiando a falar alguma coisa.

Tony ergue os braços para tirar o excesso de água dos cabelos e eu tranco a respiração, olhando seus músculos se flexionarem. O perigo de ser pega por ele torna tudo isso ainda mais excitante, e me pego mordendo o lábio e esfregando as coxas.

Ele continua tomando banho, passando lentamente a esponja pelo corpo, ensaboando todos aqueles rabiscos, a espuma descendo por onde eu gostaria de estar passando a mão.

E ele ainda não notou minha presença. Por isso, tomo a liberdade de ficar e assistir mais um pouco.

Prendo a respiração quando Tony enche a mão com o sabonete líquido e a leva até seu pau, que infelizmente não consigo ver daqui. Ele leva um tempo maior do que o necessário lavando essa parte específica, e me pego imaginando se não estaria começando a fazer outra coisa.

Minhas suspeitas são confirmadas quando ele apoia um antebraço na parede de azulejos à sua frente, o outro braço começando a se mover para frente e para trás, ritmicamente. Me seguro na borda da pia, tão molhada que é quase um milagre eu não estar me masturbando também.

O vapor no box continua subindo, deixando uma aura ainda mais sexy para aquela cena. Posso ouvir os ruídos que sua mão faz ao bater na virilha e começo a imaginar como seria olhar isso com Tony de frente, me olhando direto nos olhos.

Seus movimentos ficam mais rápidos, e posso ouvir seus gemidos. Caralho, eu poderia gozar só de vê-lo batendo uma. Os ruídos ficam mais altos e sua mão se move com mais velocidade e mais força, me fazendo desejar essa intensidade toda dentro de mim.

Tony joga a cabeça para trás e, com um gemido delicioso, goza, batendo com o outro punho na parede. Então, com a respiração pesada, ele encosta a testa contra os azulejos, e vira o rosto para mim.

Eu congelo de medo, antes de perceber que ele está com os olhos fechados.

É minha deixa para sair daqui.

Dou meia volta, apesar das pernas trêmulas, e encosto a porta do jeito que estava quando entrei. Assim que faço isso ouço o chuveiro sendo desligado.

Começo a andar de volta pelo corredor, em direção ao meu quarto. Não tenho tempo.

Mal dou três passos e a porta se abre atrás de mim e a voz de Tony me atinge.

- Maggie... - Ele coça a garganta. - Pode ir se lavar agora, acredito que já estou limpo.

Me viro para ele e o encontro só de toalha, com algumas gotas de água ainda pelo corpo e o cabelo molhado. Não controlo meu olhar, que desce por todo seu abdômen, parando na virilha, e voltando.

- Quem... - Minha voz falha e umedeço os lábios, tentando me concentrar. - Quem disse que eu ia?

Ele aponta para a roupa nas minha mãos e levanta uma sobrancelha.

- Costuma andar pela casa com roupa nos braços, ou apenas gosta de ficar escondida vendo as outras pessoas se lavando? - Sorri de lado.

Viro o rosto, desviando o olhar dele.

- Não sei do que você tá falando. E não é da sua conta se eu vou me lavar ou não.

Tony caminha até mim lentamente e pega meu queixo, fazendo ficarmos olhos com olhos.

- Então não entrou no banheiro?

Encaro seus olhos verdes e perco a fala por um instante. Me recomponho rapidamente e então nego com a cabeça.

- Não... - Minto. - Nem sabia que você tava lá.

Ele sorri de lado novamente e acaricia minha bochecha com o polegar. Luto para não fechar os olhos.

- É mesmo? Você não me escutou?

Novamente nego com a cabeça, mordendo lábio e apertando o celular em minhas mãos.

- Estava... Procurando uma música... - Ergo o celular para que ele veja. - Estava concentrada. Não percebi nada ao redor.

Tony nega com a cabeça, olhando minha mão em torno do seu celular.

- Mentirosa. - Volta a olhar para meus olhos.

- Como é? - Arregalo os olhos, pensando rápido. - Ah, beleza. Olha aqui se eu não tava procurando uma música então. - Ofereço o celular para ele, dando graças por estar mesmo procurando uma música. - Vai, pega!

Ele me olha de cima a baixo e revira os olhos.

- Se você quer continuar mentido, pois o faça. - Se afasta. - Mas fica sabendo que eu vi você. - Pisca o olho e faz um carinho na minha bochecha, indo para o seu quarto.

Fico parada no corredor, vermelha feito um pimentão pela primeira vez na vida, sem saber o que fazer.

Decido realmente tomar um banho. Um bem gelado. Para acalmar todas essas emoções estranhas que estão começando a tomar conta de mim.

Mas, infelizmente, não adianta, e assim que entro no chuveiro, depois de me certificar que a porta está bem trancada, tudo o que passa na minha mente é a imagem de Tony batendo uma, sabendo que eu estava o vendo.

Acabo não resistindo ao impulso e me toco também, imaginando que é Tony fazendo isso, com aqueles braços fortes e ombros largos me envolvendo. Enfio dois dedos dentro de mim, querendo desesperadamente que fosse o pau dele. Com a outra mão, aperto meu seio esquerdo com força, pensando em sua mão enorme o envolvendo. Gozo violentamente, mordendo o lábio com força para não gritar.

Quando acabo, me amaldiçoo por ter deixado ele mexer com a minha cabeça, e prometo à mim mesma que isso nunca mais vai acontecer.

Bad boy | Livro 4 - Forbidden LoveOnde histórias criam vida. Descubra agora