Capítulo 27

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Entro na cozinha, nervosa e olho para Amanda, a andar de um lado para o outro, nervosa

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Entro na cozinha, nervosa e olho para Amanda, a andar de um lado para o outro, nervosa.

Meu pai olha para ela preocupado e suspira.

- Oh Amanda, não fique nesse desespero. - Olho para eles, bebendo um pouco de água. - Você vai ver que daqui a pouco ele aparece aqui, ou telefona. Não se esqueça... Você pode estar grávida, os nervos não fazem bem.

- EU POSSO ESTAR, NÃO TENHO CERTEZAS DE NADA. - Meu pai leva as mãos á cabeça e eu trinco o interior da minha bochecha. - E se ele quisesse ligar já teria atendido todas as minhas chamadas! NÃO, NÃO... Se ele tivesse intenção de voltar não teria levado tanta coisa. - Ela anda de um lado para o outro. Eu é que já devia ter ligado à polícia e aos hospitais!

- SIM! - Ando até eles. - Devemos fazer isso.

O celular da mesma toca e ela corre até ele.

- É uma mensagem do Tony... - Corro até ela, vendo-a abrir o mesmo.

- O QUE DIZ? - Digo nervosa.

- Vou ter com o pai, não te preocupes. - Ela começa a chorar. - O avião vai sair agora... Desculpa e beijinhos!! - A sala fica em silêncio e eu me controlo para não chorar.

Ando até à Amanda e ajudo ela a se sentar no sofá com cuidado.

- Podemos confirmar se houve mesmo um voo para a Espanha. - Meu pai comenta. - Vem comigo, filha.

Me levanto e sigo meu pai para seu escritório. Me sento na sua secretária e começo a entrar na saída de voos do país.

- Houve mesmo um voo para a Espanha... - Suspiro. - A hora da mensagem dele bate com isso aqui.

- Acha que ele pode ter mentido? - Nego e suspiro. - Vou avisar a Amanda.

Espero ele sair e logo o sigo. (ELE NÃO PODIA TER IDO ASSIM!)

Paro de andar e escuto a Amanda no telefone, junto do meu pai.

- Ok, obrigada... Sim, eu vou ficar à espera... A qualquer hora, Mateus! Assim que o Tony chegar vocês que me liguem... Ok, obrigada. - Ela desliga e suspira de alívio, olhando para nós.

- Houve mesmo um voo que partiu para Espanha naquela hora.. - Meu pai fala sem jeito.

- E o Tony está nele. - Ela dá de ombros. - O Mateus acabou de me falar. Ele ligou ao pai e ele vai buscar ele ao aeroporto. - Ela joga os braços para baixo e se senta no sofá.

- M-mas ele não achou isso estranho?

- Não. - A Amanda suspira. - Ele disse que o meu filho tava nervoso ao telefone, mas quando ele falou "posso ir ter contigo", não pensou em mais nada a não ser que ele o perdoou por nos abandonar.

- Mas se ele abandonou, como vocês têm o número dele? - Pergunto confusa.

- Ele apareceu tempos depois de desculpando por isso e nos passou o contacto. - Ela se encosta contra o sofá. - E ele acabou de saber agora que o Tony não me falou nada.

- E agora? - Olho para a Amanda depois da pergunta do meu pai, querendo saber a mesma resposta.

- Nada... - Ela suspira. - Meu filho está a caminho de Espanha e eu não posso fazer nada. - Meu pai se aproxima dela e lhe abraça, enquanto eu fico encarando o nada, perdida e desolada. (Perdi tudo)

[...]

Chego em casa e deixo a minha mala no sofá. Olho ao meu redor vendo a casa vazia e suspiro.

Se ele soubesse a falta que me está fazendo... Meu deus, se ele sequer pensasse.

Ando pelas escadas calmamente, confirmando que não tem ninguém em casa e entro no quarto do Tony. Toco suas estantes e pego seu travesseiro. Levo ele ao nariz e sinto seu cheiro. Olho para o lado e vejo sua fotografia no criado mudo. Resmungo e abaixo a mesma com raiva.

Mordo o lábio com força e saio dali batendo a porta com força. Ando para a cozinha e vejo meu pai colocando a mesa junto com a Amanda.

- Estavam em casa? - Ele acena e suspira.

- Amanda... - Olho para a mesma, que se preparava para colocar o quarto prato e suspiro.

- Droga... - Ela volta a colocar o prato no mesão e se senta.

Logo meu pai trás a comida para a mesa e começa a nos servir.

Amanda fica se mexendo descontrolávelmente na cadeira e meu pai suspira.

- O que se passa?

- É... Maggie. - Olho para ela, sorrindo fraco. - O Tony não disse nada para você? - Fico tensa no meu lugar e mordo o lábio.

- A mim? - Engulo em seco. (Eu seria a última pessoa que ele chamaria...)

- Sim, a você... - Ela suspira. - Ou até mesmo para algum amigo. Não mandou nenhuma mensagem, ou algum email? - Nego rapidamente.

- Não... nada.

- Ele está a fazer de propósito! - A Amanda fala nervosa. - Ele está cortando a ligação com todos nós daqui...

- O-OH... Amanda... - Meu pai fica sem jeito. - Tem calma. Pelo menos sabemos que ele está bem e se acontecer algo o Mateus liga.

Suspiro e olho para o meu prato.

- E... e o bebê? - Mordo o lábio.

- Falso alarme. - A Amanda fala. - Não estou grávida.

Eu estraguei tudo para nada, afinal... Estou sendo castigada, que bom.

- Eu tou pensando em tudo o que o Tony tem lá na Espanha. - Ela suspira.

- Como assim?

- Ele sempre gostou de Espanha, não vejo o que possa fazer ele querer outra coisa. Ele mal gosta de morar aqui. - Fico tensa. - E ele não tem nada que lhe prenda, então...

- Você acha que ele nunca mais vai voltar? - Pergunto, nervosamente.

- Ele vai voltar! - Meu pai comenta. - Você está aqui, Amanda.

- Ele nunca viveu com o pai... pode crer rever a infância...

- Ele vai voltar. - Meu pai fala confiante. - Agora comam, está esfriando a comida.

- Eu tou com um mau pressentimento, eu acho que ele não volta. - Amanda fala aquilo e fico tensa pela milésima vez. - Eu vou telefonar! - Ela se prepara para levantar, mas meu pai a segura.

- Você telefona quanto terminamos de comer.

- E porque eu tenho que esperar? - Ela o olha com raiva.

- Todas as vezes que tentaste ele não quis falar com você... agora é só mais uns minutinhos. Pode esperar. - Fico pensativa. - E tu, Maggie. - Me assusto e olho para ele sem entender. - Eu sei que vocês não se davam bem, mas ficaste triste. Estás tão calada.

Controlo a vontade de chorar e desvio o olhar para meu prato, sentindo os olhos dos dois em mim.

- Claro... Eu mesmo assim me preocupo, não quero o mal dele... - Mordo o interior da minha bochecha para não desabar a chorar. - Eu sei que não nos dávamos bem, mas acho que o melhor era ele estar aqui... o melhor para todos. - Trinco o maxilar. - Desculpem... posso ir para meu quarto? Não me estou a sentir muito bem!

- Sim, sim... claro, filha. - Me levanto e me contenho para não sair correndo.

Chego no meu quarto e fecho a porta com as minhas costas me deixando cair no chão e me permito chorar.

Bad boy | Livro 4 - Forbidden LoveOnde histórias criam vida. Descubra agora