Capítulo 18

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Sinto meu rosto corar, toda a vez que ele decide observar o meu pé machucado

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Sinto meu rosto corar, toda a vez que ele decide observar o meu pé machucado. Sério, eu odeio o meu pé. É ruim ver ele o observando tão atentamente.

Coço a garganta e tento não me afetar por ele estar sendo tão carinhoso comigo. Ok, que ele teve a maior percentagem da culpa... Porque veja bem, se ele não fosse tão irritante e mandão, eu não teria torcido o pé ao tentar apressar o meu passo para manter a distância. Porém, ver ele assim, me faz sentir borboletas na barriga e eu não gosto disso.

- Acho que vai inchar... - Observo ele morder o lábio inferior e engulo em seco, acenando em seguida.

- Acho que vou sobreviver. - Cruzamos nossos olhares e ele acena, se fixando no meu rosto.

- Vai. - Ele sorri e aquilo me acerta como uma pequena flexa. - Mas talvez seja melhor eu carregar você no caminho da volta ao acampamento. - Ele se levanta, mas logo seguro sua mão.

- Tá... mas para onde fica o acampamento. - Olho ao nosso redor, não vendo lugar nenhum conhecido.

Rapidamente o mesmo franze o cenho e olha ao redor também, coçando a nuca.

- Droga... - Arregalo os olhos e me levanto sem apoiar peso em meu pé.

- Droga tipo maconha, ou droga tipo porra? - Ele olha para mim com um olhar nada bom e logo volta a olhar para a vegetação.

- Droga tipo porra. - Ele suspira. - Eu não sei onde estamos.

Abro a boca em espanto e manco na sua direção.

- Como assim não sabe? - Olho aflita para o mesmo e ele resmunga algo.

- Você fugiu para aqui, eu apenas te segui... - Ele joga a cabeça para trás. - Mas que porra. Tem seu celular com você?

Olho para ele perdida e nego com a cabeça, comfusa.

- Não, eu deixei ele com o Zack. Ele queria tirar fotos e seu celular tava sem bateria. - Fecho os olhos com força. - Calma... você tá pedindo meu celular, porque não tá com o seu?

Ele suspira fundo e fecha os olhos.

- Deixei ele no acampamento junto do Mark e da Cam. - Gemo de desespero e olho apavorada para o lugar onde estamos. - Tá... vamos voltar.

Franzo o cenho, olhando o mesmo sem entender.

- Mas voltar para onde? Você acabou de falar que não sabe como voltar e agora diz para voltarmos? O que eu não tou apanhando? - O mesmo resmunga alguma coisa e suspiro profundamente.

- Nós viemos dali. - Aponta para o caminho de terreiro. - Então, deve ser por ali...

- E se não for? - Levanto uma sobrancelha medrosamente.

- Se não for, teremos que torcer para que eles nos encontrem. - Ele anda um pouco para trás, pegando sua mochila, a colocando novamente nas costas.

- Como assim: "teremos que torcer para..."? - Engulo em seco.

- Significa que estamos em sarilhos, Margaret. - Ele coça a nuca e anda até mim. - Vem, vou carregar você.

- O quê? - Levanto uma sobrancelha. - Não precisa, já tá carregando a mochila... Não precisa de mais peso.

- Você tá preocupada com o meu bem estar, Maggie? - Ele levanta uma sobrancelha e rapidamente eu nego.

- Não! Claro que não, garoto. - Ele cruza os braços, mostrando que não acreditava em nada que eu falava e decido mudar o assunto. - Eu tou bem, não precisa me carregar. Eu juro.

- Tudo bem... - O mesmo me olha atentamente, mas pega meu braço, contornando sua cintura. - Mas vai se apoiar em mim mesmo assim. - Me preparo para reclamar, mas ele me interrompe. - E não vale a pena tentar fazer-me mudar de ideias. - Reviro os olhos.

Começamos a caminhar e eu começo a torcer que cheguemos ao acampamento rapidamente e são e salvos.

[...]

Caminhamos pelo escuro e eu aperto minha mão contra a do Tony.

Estamos andando faz horas e já anoiteceu. Estamos iluminando o caminho com a lanterna que o Tony tinha na mochila, nossa salvação.

- Eu tou com frio, Tony... - Abraço meu corpo com o outro braço, andando com dificuldade por conta do pé e logo paro, vendo o mesmo o fazer.

- Espera... - Ele me entrega a lanterna, desgrudando nossas mãos e tirando sua mala das costas, apoiando a mesma no chão. - Eu acho que tenho mais um casaco aqui. Se não pode usar esse que já tinha vestido.

Observo o mesmo abrir o feche da mala, enquanto ilumino para dentro e como foi dito, ele tira um casaco grande de dentro, me entregando.

- Toma. - Ele pega novamente a lanterna e logo me visto. - Assim vai ficar mais quente.

Sorrio para ele e coloco o mesmo, sentindo seu cheiro invadir as minhas narinas. O casaco é bem quente e foi uma sorte ele ter ele ali dentro. Me pergunto como ele pode pensar em tudo.

- Obrigada... - Coço a garganta. - Se-será que a gente pode parar? Porque assim, tá escuro pra caramba e essa lanterna quase que nem ilumina direito. - Suspiro, vendo colocar a segunda alça da mochila e entõ pega minha mão novamente. - Para além de que a gente não sabe onde tá...

- Bom, de dia a gente também não sabia, né... - Ele suspira, iluminando o lugar na nossa frente.

- A gente tá mesmo perdidos, não é? - Mordo o lábio, com raiva.

- Só agora que entendeu, Maggie? - Reviro os olhos com seu tom irônico e olho para a frente, focando num lugar.

- Hey, espera... - Ele para e estreito os olhos, logo apontando para o lugar. - Olha ali.

O mesmo vira a lanterna na direção e estreita os olhos também.

- Parece uma casinha. - Ele me olha e eu sorrio.

- Vamos para lá? - Faço carinha de cachorrinho pidão e ele morde o lábio.

- Tá... bora lá. - Ele suspira. - Mas fica atrás de mim, não sabemos o que tem lá dentro. - Aceno rapidamente e começamos a andar na direção de lá. - Isso parece daquelas casinhas que os índios faz para passar a noite, sabe?

- Eu acho que é tranquilo. - Ele fica pensativo e acena.

- Tá, vamos ver. - Andamos lentamente, por conta do meu pé e paramos na frente da porta. - Calma, deixa eu ver se é seguro. - Engulo em seco e aceno e ele abre a porta, olhando para dentro. - Tá... vamos entrar. - Ele sorri para mim. - Primeiro as crianças.

- Hey! - Reviro os olhos e entro mancando. - É... - Olho o espaço vazio. - Bem indiozinho...

- Bom, antes isso do que passar a noite no mato, cheio de mosquitos picando. - Aceno e vejo ele pegar umas madeiras do canto da casinha e montando uma pequena fogueira.

- Tome cuidado para não incendiar a casa. - Ando até sua mochila, revirando a mesma e sorrindo ao ver dois cobertores bem arrumadinhos. - Como cabe tanto nessa mala? - Sorrio.

- Eu tenho os meus segredos. - Ele pega um isqueiro e começa a ligar o lume.

- Mas porque veio todo equipado?

- Não sabemos o que pode acontecer de um momento para o outro. - Ele dá de ombros. - Antes carregados, do que despreparados. - Sorrio e aceno, estirando um dos cobertores no chão.

- É... - Sorrio, me sentando. - Acho que você tem razão.

Bad boy | Livro 4 - Forbidden LoveOnde histórias criam vida. Descubra agora