Capítulo 19

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Termino de acender o lume e ando na sua direção, me sentando do seu lado e pego minha mochila

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Termino de acender o lume e ando na sua direção, me sentando do seu lado e pego minha mochila. Tirando algo para ela comer.

- Toma. - Lhe entrego umas barrinhas de cereais. - Não é muito, mas pelo menos já é algo. - Ela me olha agradecida e pega todas, mas logo me entrega uma. - Não... pode ficar, estou sem fome.

- Tony... - Franzo o cenho, olhando para ela com uma sobrancelha levantada. - Você tá sem comer desde a hora que eu estou. - Ela suspira. - Ambos estamos com fome. - Mordo lábio e pego uma das barrinhas abrindo, enquanto observo o lume.

- Acha que eles estão nos procurando? - Olho para ela rapidamente.

- É claro que estão. Eles vão nos encontrar. - Sorrio forçadamente, não acreditando muito no que digo.

- E se não encontrarem? - Suspiro e olho para o fogo.

- Teremos que lidar com a fome e procurar o caminho da volta. - Mordo a barrinha. - Como está seu pé?

- Está bom... - Ela sorri. - Eu nem lembrava mais... - Aceno e olho para o fogo novamente.

Ficamos em silêncio e termino de comer. Me deito no cobertor, olhando para o teto da casinha.

- Eu sou uma péssima pessoa com você, não é? - Olho para ela surpreso.

- Como? - Ela dá de ombros, olhando agora para o fogo. - Você sempre se preocupa comigo e eu sou uma bruta com você. Não sou legal, mesmo não odiando tanto você. - Sorrio abertamente.

- Ah... - Me apoio nos cotovelos. - Então você não me odeia tanto? - Sorrio convencido, fixando meu olhar na sua face virada.

Noto que ela revira os olhos e sorrio ainda mais, me sentando novamente e virando seu rosto na direção do meu.

- Responde, Maggie. - Ela suspira e acena.

- Eu não odeio tanto você. Mesmo sabendo que você me odeia. - Ela dá de ombros e eu estreito os olhos.

- Mas eu não te odeio. - Dou de ombros. - Apenas você me leva no limite de tudo, e isso pode ser tão bom, quanto ruim. - Olho seus olhos. - Sinto coisas boas do teu lado, algumas normais, para dois meios irmãos, mas outras... - Nego com a cabeça. - Outras eu me sinto culpado por sentir. - A mesma chega mais perto de mim.

- Que coisas? - Engulo em seco e viro o meu rosto, não querendo olhar para ela. - Tony... - Sinto suas mãos no meu ombro. - Que coisas? - Engulo em seco e suspiro, tomando coragem para contar o que eu nem devia querer contar.

- Sinto paixão... - Olho seus lábios. - Desde a primeira noite que te vi. Desde essa noite, eu só penso em você e isso piorou depois do nosso primeiro beijo. - Mordo o lábio. - Eu sou viciado em você. Quero tudo com você, mas não posso ter. Não posso ter porque fiz uma promessa para seu pai e porque você também não quer.

Evito olhar em seus olhos e mordo o lábio com força. Ela não fala nada, apenas fica calada e isso está me matando bem devagar.

- Eu falei porque você pediu, mas eu não espero nada de você. - Dou de ombros, olhando novamente para ela. - Estou habituado a você me odiar, nem que por um pouquinho. Agora vamos dormir. - Me deito na cama e sinto a sua respiração trincar de repente.

- E quem falou que eu não quero sentir o mesmo? - Fico tenso onde eu estou e espero ela continuar, ainda sem me virar. - Eu pensei que era a única a pensar em ter algo... quer dizer, eu nem pensei, eu acho... apenas sei que poderia dar em algo. - Me viro para ela, vendo-a dar de ombros. - Isso lembra tanto site pornô, sabes? Porra, ficar gostando do meio irmão não é algo para acontecer diariamente.

- Poderia ter sido tão fácil me apaixonar por você, mas este casamento... - Suspiro. - Seu pai... - Nego com a cabeça e olho em seus olhos. - Como acha que ele ficaria se descobrisse que o garoto, a que ele pediu cuidar da filha como uma irmã, estivesse beijando ela pelos cantos e sentindo um sentimento tão bom que chega a doer? - Paro de falar, olhando seus olhos, que não transparentam nada. Nem um único piscar.

Olho para a fogueira e nego com a cabeça, suspirando profundamente.

- Eu não ligo. - Franzo o cenho, confuso e olho para ela sem entender.

- Como assim? - Levanto uma sobrancelha e prendo a respiração ao ver ela se aproximar de mim. - Mag...

- Não ligo para o que meu pai e sua mãe pensariam... não ligo para o que você acha que sinto, ou posso não sentir. - Ela pega minha mão e olho para as mesmas juntas. - Eu não ligo para suas promessas, Tony. - Ela procura meu olhar, mordendo o lábio. - Eu sou doida por você. Por seu cheiro, corpo, por seu jeito mandão e sem dúvida pela forma como você me faz sentir. - Respiro fundo, tendo soltar minha mão, mas ela me segura. - Quero você comigo.

- Maggie... - Ela coloca o dedo nos meus lábios.

- Você não quer? - A mesma acaricia meu lábio com o seu polegar e a olho com desejo. - Não quer matar todo o tesão que sentimos um pelo outro? Matar esse sentimento de ódio por não estarmos juntos... Não quer que sejamos somente, eu e você?

- Margaret... você sabe o que me está pedindo? - Olho para ela quase magoado. Ela não sabe como isso me dói.

- Estou pedindo o que nós queremos, Tony... - Ela passa a língua pelos lábios. - Estou farta de fingir que não quero ficar com você.

- Seu pai... minha mãe... eles... - Fecho os olhos com força. - Eu quero isso, mas...

- Mas nada. - Ela se senta no meu colo e eu arregalo os olhos.

- Maggie...

- Shiu... - Ela beija meu pescoço e eu fecho os olhos. - Não fala nada...

- Mas... - Aperto sua cintura ao sentir seus lábios chupando minha pele. - Você não está pensando direito...

- Ah... eu estou sim. - Ela sorri e chega perto do meu ouvido. - Agora deixa perguntar. Está com problema na boca?

Bad boy | Livro 4 - Forbidden LoveOnde histórias criam vida. Descubra agora