Acordei com um barulho horrível de vozes e risadas vindo do andar de baixo.
Resmungando, me viro para o lado e olho as horas no celular.
Merda, são 10 horas da manhã. Ainda tá de madrugada praticamente.
Um baque surdo seguido de mais risadas me faz atingir o ápice da irritação e chuto os cobertores para longe.
Desço as escadas de dois em dois degraus, e as vozes masculinas ficam mais discerniveis enquanto me aproximo.
- MANO! - Um das vozes diz, rindo. - Eu adoro essa garota.
Cruzo os braços, ainda na escada, e me faço ser percebida.
- Que porra tá rolando aqui?
Tony levanta uma sobrancelha e me olha de cima a baixo.
- Que porra pensa que tá fazendo vestida assim? - Suspira exasperado, e noto que ele demora seu olhar nas suas pernas.
Só então me dou conta de que estou apenas de pijama. Bem, pijama não é exatamente a palavra. Estou com uma blusa curta, que mostra a barriga, e calcinha estilo short.
- Nossa... e é gostosa pra caralho. - Um dos meninos, acho que se chama Zack, pelo que lembro do casamento, sorri malicoso, e Tony bate na cabeça dele.
- Obrigada, Zack. - Pisco para ele. - Maninho, agora isso aqui é minha casa também, e eu ando como bem entender. Ninguém me avisou que teria uma invasão de macho, o que eu podia fazer? - Dou de ombros.
- Vai vestir alguma coisa, porra. - Tony suspira, passando a mão pelos cabelos. - Para de comer ela com os olhos, Zack. - O mesmo ri e se volta para os outros que ignoram a cena.
Não resisto a provocá-lo mais um pouco. (Ele fica um gato todo irritadinho.)
- Claro, claro. Só vou tomar meu café da manhã primeiro.
Desço as escadas e me encaminho na direção da cozinha, rebolando, sabendo que eles estão olhando.
Não demora e sinto alguém atrás de mim.
Claro que é o Tony.
- Vai vestir-te já, Maggie. - Sussurra, já perto de mim.
Escondo o arrepio que sua voz me causou e sirvo meu café.
- Já ouvi da primeira vez. - Digo, sem me virar.
Pelo canto do olho vejo ele morder o lábio com raiva e contenho um sorriso.
- Você faz isso para me chatear, não é?
- Uau, você é mesmo cheio de si! - Finalmente viro para ele, com a cabeça de café em mãos. - Acha mesmo que tudo o que faço tem relação com você? Acha que eu passo o dia pensando "hmm, o que vou fazer pra irritar o Tony hoje?" - Rio ironicamente. - Cai na real, garoto.
Tony trinca o maxilar e se afasta.
- Pelo menos tem em conta que você não está sozinha em casa e pare de se mostrar. Ninguém quer ver isso. - Aponta para meu corpo.
- Seu amigo Zack pareceu bem empolgado em ver isso. - Sorrio.
- Zack olha para tudo o que é mulher! Não fique se achando. - Ele cruza os braços.
- Está com ciúmes, maninho? - Levanto uma sobrancelha.
- Deixa de ser parva, criança. - Revira os olhos. - Seu pai vai saber como gosta de exibir suas pernas.
- Ah, sim. Fique à vontade, maninho. - Digo a última palavra ironicamente. - Reclame com ele o quanto quiser. Agora, com licença.
Passo por ele e caminho de volta para a sala, com o intuito de voltar ao meu quarto e tomar meu café em paz, mas Tony me segue de perto e quando chegamos na sala, é claro que ouvimos mais algumas coisinhas do tal do Zack.
- Ele tá olhando sua bunda! - O mesmo ri e Tony resmunga.
- Você tá doido, cara! - Olha incrédulo para ele.
- É porque ele não consegue aceitar que a irmãzinha menor é uma mulher muito bonita. - Pisco para Zack.
Tony revira os olhos e cruza os braços.
- Ele está cego, amor.. mas eu não. - Zack sorri malicioso e Tony resmungo um palavrão.
- CHEGA! - Pega minha mão, ignorando meus protestos, e olha para os meninos. - Já volto, vou levar essa criança para o quarto. - Puxa-me pelo braço.
- Ei! - Reclamo, tentar puxar meu braço enquanto ele me arrasta escada acima. - Eu já disse que não quero que você encoste em mim, seu ogro!
Ele solta minha mão e para no meio das escadas.
- Tudo bem. - Morde o lábio e sigo o movimento com os olhos. - Você está certa! -Tony desce as escadas, fechando os punhos, sem olhar novamente para mim.
Respiro fundo, contendo a vontade de ir até ele e gritar coisas incoerentes na sua cara, e volto até meu quarto, trancando a porta.
A essa altura, já nem quero mais meu café, então o deixo no criado mudo e me deito de volta na cama.
- Maldito tatuado. - Resmungo sozinha.
De repente a lembrança do beijo dele me invade. Foi tão delicioso que só a mera lembrança é o suficiente para fazer meus mamilos se enrijerecem.
Tento conter o desejo, mas ele não cessa assim tão facilmente, então decido tomar um banho e sair dessa casa. Preciso ficar longe da presença de Tony, ou vou acabar fazendo uma besteira das grandes.
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Bad boy | Livro 4 - Forbidden Love
RomansaConheça a série "Badboys" e prepare-se para se apaixonar pelos cinco amigos mais inusitados de todos os tempos. Ou será que nem tão inusitados assim? No terceiro livro, acompanhe a história de Maggie e Tony. ━━━━━━━━━━ × ━━━━━━━━━━ Maggie...