Capítulo 3

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Acordei com um barulho horrível de vozes e risadas vindo do andar de baixo

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Acordei com um barulho horrível de vozes e risadas vindo do andar de baixo.

Resmungando, me viro para o lado e olho as horas no celular.

Merda, são 10 horas da manhã. Ainda tá de madrugada praticamente.

Um baque surdo seguido de mais risadas me faz atingir o ápice da irritação e chuto os cobertores para longe.

Desço as escadas de dois em dois degraus, e as vozes masculinas ficam mais discerniveis enquanto me aproximo.

- MANO! - Um das vozes diz, rindo. - Eu adoro essa garota.

Cruzo os braços, ainda na escada, e me faço ser percebida.

- Que porra tá rolando aqui?

Tony levanta uma sobrancelha e me olha de cima a baixo.

- Que porra pensa que tá fazendo vestida assim? - Suspira exasperado, e noto que ele demora seu olhar nas suas pernas.

Só então me dou conta de que estou apenas de pijama. Bem, pijama não é exatamente a palavra. Estou com uma blusa curta, que mostra a barriga, e calcinha estilo short.

- Nossa... e é gostosa pra caralho. - Um dos meninos, acho que se chama Zack, pelo que lembro do casamento, sorri malicoso, e Tony bate na cabeça dele.

- Obrigada, Zack. - Pisco para ele. - Maninho, agora isso aqui é minha casa também, e eu ando como bem entender. Ninguém me avisou que teria uma invasão de macho, o que eu podia fazer? - Dou de ombros.

- Vai vestir alguma coisa, porra. - Tony suspira, passando a mão pelos cabelos. - Para de comer ela com os olhos, Zack. - O mesmo ri e se volta para os outros que ignoram a cena.

Não resisto a provocá-lo mais um pouco. (Ele fica um gato todo irritadinho.)

- Claro, claro. Só vou tomar meu café da manhã primeiro.

Desço as escadas e me encaminho na direção da cozinha, rebolando, sabendo que eles estão olhando.

Não demora e sinto alguém atrás de mim.

Claro que é o Tony.

- Vai vestir-te já, Maggie. - Sussurra, já perto de mim.

Escondo o arrepio que sua voz me causou e sirvo meu café.

- Já ouvi da primeira vez. - Digo, sem me virar.

Pelo canto do olho vejo ele morder o lábio com raiva e contenho um sorriso.

- Você faz isso para me chatear, não é?

- Uau, você é mesmo cheio de si! - Finalmente viro para ele, com a cabeça de café em mãos. - Acha mesmo que tudo o que faço tem relação com você? Acha que eu passo o dia pensando "hmm, o que vou fazer pra irritar o Tony hoje?" - Rio ironicamente. - Cai na real, garoto.

Tony trinca o maxilar e se afasta.

- Pelo menos tem em conta que você não está sozinha em casa e pare de se mostrar. Ninguém quer ver isso. - Aponta para meu corpo.

- Seu amigo Zack pareceu bem empolgado em ver isso. - Sorrio.

- Zack olha para tudo o que é mulher! Não fique se achando. - Ele cruza os braços.

- Está com ciúmes, maninho? - Levanto uma sobrancelha.

- Deixa de ser parva, criança. - Revira os olhos. - Seu pai vai saber como gosta de exibir suas pernas.

- Ah, sim. Fique à vontade, maninho. - Digo a última palavra ironicamente. - Reclame com ele o quanto quiser. Agora, com licença.

Passo por ele e caminho de volta para a sala, com o intuito de voltar ao meu quarto e tomar meu café em paz, mas Tony me segue de perto e quando chegamos na sala, é claro que ouvimos mais algumas coisinhas do tal do Zack.

- Ele tá olhando sua bunda! - O mesmo ri e Tony resmunga.

- Você tá doido, cara! - Olha incrédulo para ele.

- É porque ele não consegue aceitar que a irmãzinha menor é uma mulher muito bonita. - Pisco para Zack.

Tony revira os olhos e cruza os braços.

- Ele está cego, amor.. mas eu não. - Zack sorri malicioso e Tony resmungo um palavrão.

- CHEGA! - Pega minha mão, ignorando meus protestos, e olha para os meninos. - Já volto, vou levar essa criança para o quarto. - Puxa-me pelo braço.

- Ei! - Reclamo, tentar puxar meu braço enquanto ele me arrasta escada acima. - Eu já disse que não quero que você encoste em mim, seu ogro!

Ele solta minha mão e para no meio das escadas.

- Tudo bem. - Morde o lábio e sigo o movimento com os olhos. - Você está certa! -Tony desce as escadas, fechando os punhos, sem olhar novamente para mim.

Respiro fundo, contendo a vontade de ir até ele e gritar coisas incoerentes na sua cara, e volto até meu quarto, trancando a porta.

A essa altura, já nem quero mais meu café, então o deixo no criado mudo e me deito de volta na cama.

- Maldito tatuado. - Resmungo sozinha.

De repente a lembrança do beijo dele me invade. Foi tão delicioso que só a mera lembrança é o suficiente para fazer meus mamilos se enrijerecem.

Tento conter o desejo, mas ele não cessa assim tão facilmente, então decido tomar um banho e sair dessa casa. Preciso ficar longe da presença de Tony, ou vou acabar fazendo uma besteira das grandes.

Bad boy | Livro 4 - Forbidden LoveOnde histórias criam vida. Descubra agora