Capítulo 17

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- Vejam só

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- Vejam só... Se não são as duas comediantes de piadas de mal gosto. - Cruzo os braços, olhando incrédulo para as mesmas.

As duas abrem a boca em espanto e a Penélope coça a testa com um misto de surpresa e infelicidade pela brincadeira dar errado.

- O que faz aqui? - Maggie coloca a mão na cintura. - Não me fala que vai querer mandar a gente para a barraca. Será que não vou poder me divertir nesse porra de véspera aniversário do seu amigo?

Trinco o maxilar, me relembrando do que ela queria estar a fazer nesse momento com um dos meus melhores amigos.

- Na verdade, eu vou sim. - Olho para o mato e suspiro, apontando a luz para lá. - Agora vamos voltar para o acampamento. Quero dormir e não ficar ouvido gritinhos de gente comediante.

Olho para as duas. Penélope fica quieta no seu canto, enquanto a Maggie me encara com raiva. Não me abalo. Estou ficando capacitado que esse olhar vai ser os que mais vou receber daqui para a frente.

- Vamos, Maggie. - A mesma dá de ombros. - Não vai ter mais graça de qualquer forma.

A mesma suspira e se vira para a frente, seguindo o caminho sem esperar a gente. Respiro fundo e mordo o lábio, seguindo a mesma junto da Penélope.

Chegamos no acampamento e vejo os outros dois. Eles devem ter voltado quando não ouviram mais gritos, ou mesmo achando que não encontrariam nada.

- Foram elas? - Dean cruza o braço e eu aceno, indo na direção da minha barraca.

- Por hoje acabou de graças. - Abro a mesma. - Amanhã vamos acordar cedo para fazer a trilha. Não sei quanto a vocês, mas quero descansar.

Entro na minha barraca, fechando ela e me deitando. 

Penso na taradinha que sempre toma pose dos meus sonhos. Como eu queria que ela me olhasse de outra forma e não como o cara chato que lhe controla, mas isso será algo que não vai acontecer.

Coço a garganta e pego meu celular. Coloco o despertador para as 4h e aproveito para escutar uma música no MP4, tentando adormecer.

[...]

- "A trilha é grande?" - Maggie volta novamente para sua forma ativa de quem vai fazer uma cena. - "Não, Mag. Pode ficar descansada.". - Reviro os olhos, continuando a andar. - E no entanto, ainda estamos andando!

- Você só sabe fazer isso? - Levanto uma sobrancelha, parando de andar e olhando para a mesma.

- O que quer dizer com isso?? - Ela para de andar, colocando as mãos na cintura e os outros param também, olhando a cena.

- Eu quero dizer que você só sabe se queixar o tempo todo. - Levanto os braços exasperado. - Estamos apenas uma hora andando. E nessa hora, eu já não consigo mais aturar você. - A mesma morde o lábio, como se lhe atingisse, mas logo fica séria, cerrando os punhos.

- E que culpa tenho eu de estar cansada? Nem todos estão familiarizados com essas merdas de atividades. - Ela suspira. - Quero voltar para o acampamento.

- Mas estamos longe dele. - Angel fala com cuidado, recebendo um olhar furioso da Margeret.

- Eu tou nem aí. - Dá de ombros. - Vocês podem continuar essa merda. - Ela se vira e começa a andar.

Olho para suas costas e suspiro.

Posso ser culpado sobre isso de alguma forma? Sim.

Eu fui um estúpido com ela? Sim.

Estou morrendo de ciúmes pela conversa de ontem na fogueira? Sim.

Olho para o Zack e suspiro.

- Vocês que continuem... eu vou tentar lidar com a fera.

- Tudo bem. - Ele coça a nuca e todos concordam, voltando a andar.

Me viro na direção da pequena raivosa e suspiro, andando na até à mesma.

- Margaret. - Chamo por ela, mas a mesma ignora. - Espera, Maggie. Você está no caminho errado.

- Vai te embora! - Ela continua andando, dizendo aquilo sem se virar.

- Eu quero me desculpar, fui um estúpido com você. - Chego cada vez mais perto dela e seguro sua mão.

- Me solta! - Ela tenta se desvencilhar do meu braço, mas não deixo. - Você é surdo?

- Não! - Viro ela para mim, sem a soltar no entanto. - Mas não vou soltar. Não até você me desculpar.

Olho seus olhos azuis e euforecidos. Tão lindos que me podia afogar neles e morrer como se fosse atingido por 100 raios.

- Eu não quero saber. - Ela trinca o maxilar. - Me. Solta. - Dá um passo para trás, tentando se soltar.

- Margaret. Pare. - Suspiro, ainda sem a soltar.

- EU ODEIO VOCÊ, DROGA. - Agora sou eu quem trincou o maxilar. - Me solta, porra. - Engulo em seco e a solto, me afastando do seu corpo. - Eu só quero que me deixes em paz. - Ela se vira, andando numa direção qualquer.

- Margaret, o acampamento não é para aí. - Ela continua a andar e a sigo. - Margaret.

- Me deixa em paz, porra...

Continuo a seguir ela e de repente seu pé falha. Arregalo os olhos ao ver seu corpo cair no chão de bunda.

- Aí, foda-se!!! Meu pé! - Ela grita.

- O quê? - Franzo o cenho.

- Eu torci ele... - Vejo lágrimas em seus olhos e mordo o lábio com fúria. - Está a doer...

- Deixa eu ver... - Franzo o cenho e me agacho na sua frente.

- Não quero. - Ela se arrasta para mais longe. - Não preciso da sua ajuda, senhor certinho. - Suspiro e pego sua perna, obrigando a mesma a ficar em cima da minha. - MAS VOCÊ É SURDO MESMO, VIU!

- Pode gritar menos? - Levanto a cabeça, tirando o olhar do seu tornozelo e olhando seus olhos. - Que chata.

- Eu falei para ficar aqui me aturando? Não. Pelo contrário, mandei você cair fora! - Ela cruza os braços e geme de dor quando toco seu tornozelo. - Tá doendo...

- Muito? - Olho seus olhos com carinho e arrependimento.

- Sim... - Morde o lábio novamente. - Que droga, eu nunca tenho sorte. - Sorrio e começo a desatar os seus cadarços. - Do que está rindo. - Bate em meu ombro e rio mais ainda.

- Porque, mesmo estando a morrer de dores, você não consegue ficar em silêncio. - Sorrio.

- MAS... - Levo um dedo a seus lábios.

- Shiu... - Tiro sua sapata. - Agora deixa cuidar de você. - Olho para a mesma e sorrio com carinho.

O rosto da mesma fica estranho de repente e ela me olha de boca aberta, como se prestes a falar algo, mas se cala e apenas acena, me deixando checar o seu pé.

Bad boy | Livro 4 - Forbidden LoveOnde histórias criam vida. Descubra agora