Bad boy | Livro 4 - Forbidden Love

Capítulo 28

Já se passaram duas semanas que não tenho uma notícia do Tony a não ser as que a Amanda e meu pai me falam e estou ficando louca.

Mandei uma mensagem para ele, pedindo para ele voltar, até lhe chamei burro por me ignorar. Estúpido por deixar tudo por um erro, mas não obtive respostas.

Encaro meu pai falando com os caras do trabalho e a Amanda fingindo que estava tudo bem, enquanto eu fico sentada nessa sofá sem fazer nada. Apenas assistindo esse jantar de negócios chatos aqui em casa.

Me levanto, pegando num copo de champanhe e encaro a porta da sala e fico paralisada.

Tony?

Deixo o copo cair, olhando a figura na minha frente.

O que ele faz aqui? Estou a sonhar?

- FILHO? - Amanda grita de alegria, mas o Tony apenas dirige o olhar a mim e deixa a mochila no chão.

- Já não aguentava mais, Maggie. - Olho para ele, engolindo em seco, pedindo a deus que isso não seja um sonho. - Fui um estúpido... você estava certa. - Mordo o lábio e corro na sua direção, unindo nossos lábios.

Beijo ele com saudade, como se o quisesse guardar num pote e nunca mais soltar. Ele me levanta do chão, me abraçando e escutamos uma voz atrás de nós, me deixando paralisada.

- O QUE SIGNIFICA ISSO AQUI? - Meu pai vem na nossa direção e o murmuro de todos no lugar é ouvido. (Droga)

- CALMA... - Olho para o Tony, não imaginando o que ele vai fazer. - A gente pode explicar...

- O que é que você está a fazer! - Seguro sua mão com força e ele me olha sem remorso.

- Estou a fazer aquilo que já devia ter feito desde o início! - Mordo o lábio. - Fica comigo. - Sorrio e aceno rapidamente. - Isto não era para ter sido assim, eu não sabia que isso estaria tão cheio de gente.

- MAS O QUE É ISSO, MAGGIE?! - Meu pai fala alterado. - TONY??

- Pai... - Tento acalmar o mesmo. - Este não é o melhor sítio para conversarmos sobre isso. - Aponto para as pessoas ao nosso redor, muitas delas escandalizadas.

- MAS ISSO RESOLVE-SE IMEDIATAMENTE! - Amanda fala alto e se vira para as pessoas atrás de nós. - Desculpem, mas a festa acabou. - Todos começam a cochichar e vão abandonando nossa casa lentamente.

- Eu gosto da Maggie, Frederico...

- Falamos quando não tiver ninguém aqui!

- Mas eu estou falando mesmo a sério... - Ele olha em reprovação para o Tony e vai se despedir e desculpar com as outras pessoas junto com minha mãe.

- Tony... porque você fez isso? - Pergunto me referindo a ele viajar e voltar assim do nada, tão raápido quanto ele se foi.

- Tenho mesmo que explicar? - Suspira e eu aceno freneticamente a cabeça.

- SIM! Por favor. Eu estive aqui semanas, sem saber nada de ti... sem saber o que sentias e pensavas...

- Ok... - Olho para ele séria. - É muito simples... Eu voltei por causa de ti... eu te amo e quero ficar contigo. Chega de mentiras... Eu quero assumir tudo perante os nossos pais e...

- Sim, mas isso já o fizeste e nem sequer me perguntaste. - Ele fica mais sério de repente.

- Você não quer assumir, Maggie? - Engulo em seco, vendo ele se aproximar de mim. - Não queres ligar o foda-se e ficar comigo? - Sorrio e escuto a voz do meu pai, mas ignoro.

- Nós estamos esperando vocês! - Olho para ele e puxo o Tony na minha direção, o beijando sem ligar se eles olham e se chateiam, eu estou para tudo. - MARGARET! TONY! - Não fazemos caso e continuamos nos beijando, com aquela saudade incrível de à pouco.

- PAREM COM ESSA MERDA! JÁ! - Meu pai fala e só depois de um tempo, por falta de ar, nos afastamos, preparando-nos para tudo.

Nos sentamos na sala e o Tony começa a se explicar logo.

- Se nos deixassem explicar que... - O mesmo começa, mas sua mãe levanta a mão.

- Como se fosse possível explicar!

- ISTO NÃO FAZ SENTIDO NENHUM! - Meu pai fala bravo, olhando para a gente dois.

- Tony, você foi para a Espanha sem me avisar. VOLTASTE sem me avisar e agora beijas a tua irmã sem mais nem menos?

- PORRA, MÃE! - Ele levanta os braços bravo. - Ela não é minha irmã!

- Olha, eu quero perceber o que se está aqui a passar! - Ela fala séria para ele.

- Ah... O-oh, mãe! Você não tá contente por eu ter voltado?

- Eu fico contente quando não tiver mil perguntas na minha cabeça. - Ela olha para a Maggie e suspira. - Você não namorava com o Zack?

- Não, Amanda...

Ela franze o cenho e olha para a mim.

- Porque você viajou? - Vira-se para o filho novamente.

- Ele foi porque acabamos... - Eu disparo e recebo um olhar intrigado do meu pai e da Amanda.

- Isso quer dizer que vocês? - Meu pai fala chocado e eu engulo em seco.

- Sim pai, sim! Nós namorávamos.

- MAS COMO? - Amanda pergunta, incrédula.

- Nós começamos a gostar um do outro. - Olho para o mesmo que tenta explicar.

- A gostar a sério! - Completo e ele me olha sorrindo.

- E quando demos por nós, já estávamos juntos...

- Sim... só que... só que nós queríamos saber o quanto era sério, o quanto é que nós gostávamos um do outro e foi por isso que não falamos nada. - Olho para meu pai, que está chocado.

- Depois eu comecei a ficar farto disso e decidi contar... - Tony, fala.

- Mas eu fui burra e não consegui... e depois aconteceu aquela... ai, aquela cena com o Zack. - Solto, não querendo me lembrar daquilo. - Aquilo era para disfarçar...

- Acontece que nos apaixonamos. - Sorrio para ele, que retribui.

- Tentamos esse tempo todo tentando escapar de vocês...

- Esse tempo todo? - Meu pai franze o cenho.

- Quanto tempo? - Amanda olha para o Tony que suspira.

- Nos beijamos no vosso casamento.. Por isso, não queria cuidar dela esse tempo que estavam longe e nesse tempo...

- Não queríamos demorar tanto tempo esperando, mas não tínhamos se não essa alternativa. - Completo.

- Alternativa? - Ficamos em silêncio e a Carolina começa a caminhar de um lado para o outro. - Eu quero saber de tudo.

- Oh, mãe...

- Tudo!!

- Calma, a sério... - Tony fala para a mãe.

- Para de dizer isso, nós estamos calmos, caraças! - Meu pai fala e acenamos.

- Eu quero saber exatamente, desde quando isso está acontecendo aqui debaixo do nosso teto.

- Nós contamos tudo... - Suspiro profundamente.

- POR FAVOR! - Meu pai fala sério e damos inicio à mais difícil conversa.