Capítulo 5

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Playboy 🤙🏻


Malu: olha, a Agnes tá muito afim de você.- falou com a voz toda embargada depois de virar mais um copo de whisky.

Playboy: ela que se foda e tu, para de beber pô.

Malu: beber é muito bom, devia fazer mais vezes. - falou batendo palmas.

Playboy: se fizesse mais vezes, talvez não bebesse pra cair quando tem chance.- ela riu alto.

Malu: você acha que eu saio muito?- assenti.-Se você soubesse como meu pai é, você nem falaria isso.

Playboy: ele é chatão?

Malu: ele me dá tudo, menos amor. Quer que eu namore e só tenha amigos ricos... Sabe essa bolsa?- apontou pra cadeira, que não tinha bolsa nenhuma.- Playboy, minha bolsa!- gritou.

Playboy: puta que pariu.

Malu: meu Deus, meus documentos, meu celular... Como vou explicar pro meu pai que perdi aqui?

Playboy: fica tranquila pô. Vem cá.- levantei e fui até as caixas de som e peguei o microfone.- Seguinte porra, roubo aqui nesse caralho é proibido e quem faz é cobrado. Devolvam uma bolsa de marca aí quem roubou, na moral. Tem dois G na frente. Dessa vez não vai ser cobrado não porque a mina não é da área. Se esse bagulho não aparecer em 5 minutos, Coringa vai tomar frente dessa porra e achar.

As pessoas sussurravam umas com as outras e eu voltei pra onde eu tava com a Malu.

Malu: quem é Coringa?

Playboy: meu coroa.

Malu: ele é chato igual o meu?- perguntou rindo e eu olhei como o sorriso da garota é daora e bonito.

Playboy: o meu é maneirão, mas às vezes é chato também.- ela riu e eu sorri fraco.

Fael: tua bolsa, princesa.- entregou a bolsa pra Malu.

Malu: obrigada!- sorriu.- Sei nem como agradecer.

Fael: depois a gente vê aí.- falou num tom malicioso e ela ficou desconfortável.

Playboy: quem roubou essa bolsa?- tomei frente.

Fael: eu peguei pra devolver depois, pra puxar assunto com ela.- falou baixo só pra eu ouvir.

Playboy: Fael tu tá maluco? Se toca caralho, e outra, não rela um dedo nela. Tu tá me ouvindo porra? Não mexe com a garota.

Fael: essa é a cria do Coringa que eu conheço, não esse que fica só boiolando na menina e não pega.- ela ouviu e negou com a cabeça. Depois abriu a bolsa e entregou cem reais ao Fael.

Malu: por ter achado a bolsa, agora não te devo nada.- falou brava.- Playboy, vou chamar a Camila pra ir...

Playboy: depois eu encontro vocês.- ela assentiu e saiu.- Tu se liga Fael, para de me achar igual ao Coringa, eu não fico agindo pela sombra do meu pai não.

Fael: se liga Playboy, tu não seria ninguém sem teu pai.- fiquei puto ouvindo ele falar essa parada.- E outra, se tu não pegar a princesinha, eu vou ser mais rápido, e depois tu nem pode fazer nada, porque talarico é cobrado.

Playboy: esqueceu que quem cobra é o Coringa e eu vivo na sombra dele?- falei em deboche.- Fael, tô te mandando o papo pela última vez, tu fica longe dela que ela não é pra tu.

Fael: imagina a boquinha linda dela no meu pau...- falou rindo e virando as costas.

Playboy: Fael?- ele me olhou de novo, eu fechei a mão e larguei na cara dele, fazendo ele cambalear pra trás.

Ele veio me peitando puto da vida e ficou me encarando, eu levantei a cabeça e fiquei no mesmo jeito. Os dois com o nariz encostado e se encarando.

Fael: só não te quebro por causa do teu pai.

Playboy: tu é um filho da puta que só respeita homem, só respeita meu pai e nem liga pra minha mãe que é tua amiga há cotas. Aprende a ser homem pô, aprende com o Magrinho e com o Th, seu baba ovo do caralho.

A galera já fazia roda em volta e ficava só ouvindo.

Playboy: meu papo é esse: respeite a mina e fique longe dela. Eu não sou meu pai, mas posso ser igualzinho se eu quiser. - empurrei ele e saí dali empurrando geral.

Lá fora tava o Jota, a Camila e a Malu.

Cami: por que tua mão tá roxa?- perguntou vendo eu balançar a mão sentindo dor.

Playboy: Bati no Rafael.- falei descendo a rua junto com os três.

Malu: o que tava conversando contigo?- assenti.- Meu Deus, por que?

Playboy: porque ele é um escroto do caralho, não respeita mina nenhuma.

Jota: ele falou alguma bagulho da Júlia?

Malu: quem é Júlia?

Cami: mãe do Playboy.- ela levantou as sobrancelhas como forma de entendimento.

Playboy: ele roubou a bolsa da Malu só pra ir trocar idéia com ela tá ligado? Isso já me deixou bolado, depois ele faloi uma putaria envolvendo a mina aí eu não segurei pô. Ainda falou que eu vivo na sombra do Coringa.

Cami: tu só socou ele e veio embora?

Playboy: mandei ele respeitar as minas, aprender com o Magrinho e com o teu pai.

Jota: e tu vai falar pro teu pai?

Playboy: que nada, quando eu acordar ele já vai tá sabendo já.

Cami: geral viu?- assenti.- fudeu.

Playboy: porra nenhuma, eu tô certo.- falei parando na frente da casa da Cami.- Boa noite aí.

Cami: tchau.- fez um toque comigo e foi beijar o Jota.

Malu: coloque no gelo, não esqueça.- ela abriu aquele sorrisão foda dela e eu sorri de lado.

Playboy: pode deixar.- ela se despediu do Jota também e entraram em casa.

Jota: vou dormir na tua goma.

Playboy: beleza, por que?

Jota: primeiro que tô numa preguiça da porra de descer mais a rua, segundo que eu quero ver a confusão quando tu acordar.

Playboy: fifi do caraí.- ele riu e viramos a rua, subimos mais um pouco e chegamos na minha casa.

Era pertinho todas as casas, a minha e a da Camila era uma na frente da outra, mas tinha que fazer essa volta porque a porta é só do outro lado. A Alana mora um pouco mais em cima e o Jota mais embaixo da mesma rua da Cami.

Entrei e tava tudo em silêncio. Fui direto pro meu quarto e o Jota foi pro de visita que já era quase dele.

Entrei no banheiro e me molhei rapidão, depois voltei e deitei na cama, pronto pra dormir naquele pique. Mas a Malu ficou na minha cabeça enquanto eu fazia retrospectiva do dia pô.

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Perdição [M]Onde histórias criam vida. Descubra agora