Capítulo 32

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Playboy 🤙🏻

O Sábado foi de boa, o Domingo tava sendo de boa também, mas já tava na hora da minha gata ir.

Júlia: acabei de postar nossa foto.- falou abraçando a Malu.- Espero que próximo fim de semana você venha de novo.

Malu: com certeza, obrigada por ser tão receptiva.- falou sorrindo. Meu pai deu tchau com a mão e ela fez o mesmo.

Júlia: cuidado, Pedro.- falou pra mim como sempre fala. Fechei a porta da sala e fui em direção do carro.

Destravei ele pelo controle e a Malu entrou, colocando a mochila dela nos pés e logo depois colocou o cinto.

Coloquei a chave na ignição e o cinto em seguida.

Malu: a Alana me mandou mensagem perguntando se eu queria ir pra casa com a Agnes, a gente dividir o mesmo uber.

Playboy: Alana não percebe que ninguém gosta da amiga dela?- falei puto e dando partida no carro.

Malu: a Agnes é insuportável cara, tô tentando saber o que ela vai aprontar...

Playboy: relaxa que não vai demorar pra ela mostrar quem é, e se demorar, nós dá um jeito.

Malu: vou mandar mensagem avisando meu pai que estou indo pra casa e que vou te levar.- eu assenti.

Tava tenso pô, não sei como o filho da puta vai reagir e se ele tentar tirar ela de perto de mim, fudeu. Foda é que a mina é de menor, aí complica.

Mas se ele vier com filha da putagem demais, eu mando apagar ele e que se foda.

Malu: meu pai respondeu com um "chegar aqui a gente conversa".

Playboy: ué e isso não é de boa?

Malu: ele nunca falou isso pra mim.- olhei pra ela e vi que ela tava querendo chorar.

Playboy: tu tá com medo de algum bagulho?

Malu: e se ele tentar separar a gente? Começar a me tratar mal...

Playboy: nós dá um jeito.- coloquei a mão na coxa dela e ela sorriu fraco.- Eu bato no coroa se ele te tratar mal.

Ela riu e foi em silêncio o resto do caminho, só mexendo no celular. Quando eu parei o carro na frente da casa dela, vi que ela respirou muito fundo.

Playboy: ei pô, fica tranquila. Eu tô contigo.- coloquei a mão na perna dela e dei um selinho.

Malu: tá, vocês conversam e a gente sobe pro meu quarto pra assistir.- falou me puxando pra um beijo.

Beijo gostoso do caralho, a mina beija bem demais.

Ela desceu do carro e eu também, travei e coloquei a chave no meu bolso.

Coloquei a mão na cintura dela e ela abriu a porta, nós entramos e eu vi o pai dela e uma mulher.

Os dois eram conhecidos, já tinha visto em algum lugar, mas não lembrava de onde.

Ele tava com uma taça de vinho na mão, com uma cara de choro e a mulher com uma taça de vinho também.

- boa tarde.- a mulher falou.

Playboy: boa tarde.

Malu: pai, esse é meu namorado, o...- ele interrompeu.

- Pedro.- falou levantando.

Playboy: tu me conhece?- perguntei surpreso.

- Desde a barriga da Júlia...

Malu: você conhece a mãe dele?- falou nervosa e vi que a mina tava tremendo.

- sou o Doutor Henrique, eu que operei seu pai.- caralho.- Maria Luiza, eu me mato de trabalhar pra te dar um futuro, pra você namorar o filho de um traficante?

Olhei bolado pra cara dele e a Maria Luiza engoliu seco.

Playboy: ei pô, qual foi? Tu já comprou droga com meu pai? Acho que não né, é porque ele não trafica otário.- ele me olhou puto e voltou a olhar pra Maria Luiza.

Henrique: todas as vezes que você disse que ia pra casa da Camila, você tava indo pra casa desse marginal?- falou com nojo e ela começou a chorar.- Responde, Maria Luiza!- gritou puto.

Playboy: a Camila é minha prima porra, a Camila e a Alana, a gente se conheceu por elas, caralho.- gritei no mesmo tom.- Ela ia pra casa da Camila, ela não mentia pra tu não, apesar que deveria seu filho da puta.

Henrique: o papo não é contigo. Maria Luiza, você imagina o desgosto que sua mãe tá de você agora?

Caralho, ele pegou pesado. Fui indo pra cima dele e a Malu segurou meu braço.

Henrique: deixa esse marginal bater no seu pai, em quem te deu tudo desde sempre... Deixa!- gritou.

Playboy: tá fumando bagulho estragado, filho da puta? Tu é a porra do pai dela, queria que quem sustentasse? Tu mora debaixo do teto dela seu cuzão do caralho.

Henrique: não se meter no assunto.- gritou e jogou a taça de vinho na minha direção.

Ele errou a mira, e espero que ele dê graças a Deus por isso todos os dias, porque eu ia matar ele pô.

- Henrique, calma!- a mulher levantou e segurou o ombro dele.

Henrique: como, Deborah? Minha filha tá namorando um traficantezinho! Mas isso vai acabar.

Malu: eu não vou terminar com ele, pai.- ela falou nervosa e eu segurei a mão dela.

Henrique: sai da minha casa, eu vou resolver com minha filha.- gritou.

Playboy: abaixa tuas asas porra, só saio daqui quando tua filha pedir porque a casa é dela.

Malu: pode ir, Pedro. Eu vou ficar bem.- ela me abraçou e o cuzão do pai dela virou as costas puto.

Playboy: tu tá ligado que se tu encostar um dedinho nela, eu te caço né?

Henrique: você tá me ameaçando?

Playboy: ameaçando? não. Eu tô só te avisando, porque quem ameaça não faz, tá ligado...- beijei a testa da Malu e fui em direção a porta.- Se ele fizer alguma parada, tu me liga que eu venho aqui.

O otário soltou uma risada irônica e eu fui em direção da porta. Saí de lá com o coração apertado pra caralho, tava sentindo que ia acontecer algum bagulho. E por um momento eu senti medo de perder a Maria Luiza.

Tá maluco, a mina é minha perdição, como vou ficar sem ela?

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comentem!!!

Perdição [M]Onde histórias criam vida. Descubra agora