Capítulo 52

5.3K 305 85
                                    

De novo eles..

.

Júlia 🌸

Olhei bem pra cara de pau do Luan que coçava a cabeça nesse momento.

Júlia: algo me dizia que ela não fez por mal.

Coringa: não vai colocando muita fé não, se liga. Ela tá protegida mas tu nem vai chegar perto dela.

Júlia: você é todo nada a ver.

Coringa: o caralho que eu sou nada a ver, essa história ainda tá faltando peça, se liga Júlia..- virou as costas e saiu em direção aos caras sentados nas arquibancadas.

Me aproximei junto e fiquei ao lado dele. Eu praticamente estava envolvida e comandando junto com o Coringa, antes de fazer tudo ele dividia comigo e eu acabei entrando nesse meio.

Não faço nada ilegal, mas que eu estou envolvida, é fato! A maioria dos traficantes sabem quem eu sou e me apelidaram de Patroa, comecei a ficar conhecida assim após o episódio com o Hack- que me arrepio toda só de lembrar.

Coringa: seguinte: temos a localização de um galpão onde os italianos estão hospedados, a parada é simples: vamo invadir.- o Terror,
dono da Rocinha, levantou a mão.

Terror: é pra matar geral?

Coringa: quero 3 vivos pra tirar informação, quero os 3 caras aqui no galpão.

Magrinho: a invasão vai ser com qual armamento?

Júlia: 2 funcionários estão descarregando nosso armazenamento e logo coloca aqui.

_ Valeu, Patroa!- um cara que não sei o nome disse. Eu nem sorri, aqui é preciso ser séria, eu tomo o meu marido como exemplo.

_ Quem vai comandar a operação?- outro homem perguntou.

Coringa: eu.- falou no impulso e olhou assustado pra mim.

Eu apenas assenti e fiquei na minha. No mínimo ele quer correr o risco de morrer de novo, sem condições.

[...]

O Coringa já tinha combinado tudo e a operação já estava planejada. Nesse momento, eu tentava convencer o meu marido a me deixar ir de qualquer maneira.

Júlia: eu já sei como tudo vai ser, Luan.

Coringa: não vai, Júlia.- falou colocando o colete e fechando aos lados.

Júlia: se tu deixar, a gente transa 5 vezes amanhã.- falei sabendo que eu não iria cumprir, mas isso sempre atentava o Luan.

Coringa: tu sempre fala isso e nunca cumpre.- disse recarregando seu fuzil.

Júlia: agora eu estou sendo sincera.

Coringa: se acontece algo contigo, tu não vai tá aqui pra me dar chá todo dia.- falou debochado e eu ri.

Júlia: me escuta, Luan!- puxei ele pelo colete aproximando até meu rosto.

Coringa: não faz assim que tu sabe que o vagabundo aqui fica maluco.- deu aquele sorrisinho de lado que ele sabe que me derrete toda.

Perdição [M]Onde histórias criam vida. Descubra agora