Capítulo 1 - DABI

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- Touya, tu me promete?

- Prometo, S/N!

- Então faz o juramento do mindinho comigo.

Cruzamos nossos mindinhos e nos encaramos... aqueles lindos olhos (c/o) que se destacam mais ainda com as orelhas de raposa tom vermelho escuro.

- Eu, Todoroki Touya, juro de mindinho que vou cuidar de nós dois. Quando nos tornamos super-heróis, seremos o top 2 e.... – fico nervoso, não sei se ela vai concordar, afinal, temos só 8 anos.

- E...?

- E que vamos nos casar! – Praticamente grito e fecho os olhos com medo da reação dela.

Ela fica em silêncio por um tempo, meu coração chega a parar também, abro um olho ainda hesitante e vejo ela me encarando.

- I-isso se tu quiser casar comigo quando formos adulto não qu...

- Eu, S/S S/N, prometo que irei te ajudar a ficar mais forte e te curar para um dia superar o All might e depois vou me casar com Todoroki Touya! – ela fala dando um sorriso tímido no final e ficando vermelha. – Touya... eu gosto de ti, mas não é como amigo, não sei explicar.

-Tudo bem S/N, eu nunca vou te deixar, então, quando tu souber explicar, quero ser o primeiro à saber! – Digo puxando aquela pequena raposa para um abraço.

~ATUALIDADE~

Dou um salto na cama. Droga, de novo sonhando com a S/N, faz mais de 10 anos que não a vejo, ela deve achar que estou morto, assim como todos da minha antiga vida. Ela

Faz 10 anos que eu "morri", melhor dizendo, que o Todoroki Touya morreu e Dabi nasceu, em busca de vingança e justiça nesse mundo saturado de super-heróis hipócritas que se preocupam mais com as pessoas desconhecidas do que com quem está dentro da própria casa.

Nunca entendi o motivo de eu ter nascido desse jeito, com a individualidade de fogo do meu pai, o grande super-herói nº2 Endeavor, mas com o corpo para a individualidade de gelo da minha mãe. Achava que eu era apenas um erro da natureza... e mesmo assim, mesmo me queimando cada vez mais que usava a minha individualidade, me esforçava ao máximo para realizar os sonhos do meu pai.

O que ganhei com isso? Queimaduras pelo corpo, pele roxa com cheiro de churrasco queimado e perdi a única pessoa que na minha infância não sentia medo de mim e me olhava como uma pessoa normal, não um meio de alcançar um objetivo.

Resolvo caminhar um pouco para aliviar um pouco a cabeça. Me levanto e pego um moletom com capuz grande para tampar meu rosto, já que é outono e está querendo começar a esfriar. Não que eu sinta algum frio, por causa das minhas chamas, meu corpo é mais quente, mas preciso me misturar em meio à multidão.

Moro em um prédio abandonado na área mais perigosa da cidade, bem longe do centro. Diria até que é aconchegante, aqui a maioria dos vizinhos são vilões, assaltantes, traficantes ou algo do gênero, então ninguém mexe com ninguém.

Vou caminhando sem rumo, sem pensar em nada, só sentia que precisava caminhar e quando dou por mim, estava em um cemitério, mas não um cemitério qualquer, era o qual havia uma lápide em minha homenagem. Obviamente eu não havia sido "enterrado", nem entre aspas, pois não acharam meu corpo.

Vou seguindo até a placa a qual teria meu antigo nome quando vejo alguém parado agachado depositando algo ao lado. Logo paro, nesses anos todos nunca havia visto alguém vindo até aqui para colocar nada para mim, nem mesmo minha família. Me escondo para que não me veja, quem seria? De alguma forma, começo a ficar nervoso, meu coração parece que vai saltar do meu peito cheio de grampos cirúrgicos... Porra! Quem é que poderia ser para só a presença me deixar assim? Preciso chegar mais perto e descobrir.

Riscos de um amor criminosoOnde histórias criam vida. Descubra agora