Estranhamente, após aquele fim de semana, não tive uma notícia se quer do pessoal da LdV. Nada, nem se estão vivos ainda ou não. Apenas meu namorado que parecia cada dia mais bobão e meloso.
- EU VOU BERRAR CHAMANDO A YACCHI!
- Você já está berrando. – Ele respondeu com o rosto enfiado na volta do meu pescoço.
- YACCHI-SAN! ME AJUDA!
- Para de gritar nos meus ouvidos.
- YACCHI!
- S/N! O que houve? – Yacchi entrou correndo e apavorada na sala.
- Eu caí em uma armadilha!
- Como assim?
- Eu vim falar para ele que passaria um tempo fora para um trabalho de parceria entre agencias e acabei sendo atacada!
- Minha!
- Eu sei! Mas... – Tentava me soltar de seu abraço.
À alguns dias, fora feita uma reunião que haveria uma grande operação para capturar um dos vilões mais perigosos, depois da LdV. Não deram mais informações por enquanto já que era extremamente urgente e teria de partir em dois dias. O que não poderia revelar é que era um membro da yakuza e que era uma missão de resgate de uma criancinha.
- Aí depois disso, ele fez uma expressão emburrada, disse que eu não iria! Quando perguntei o motivo, simplesmente falou que sou dele e pulou em cima de mim! – Expliquei a situação para a Yacchi. Touya estava deitado sobre meu corpo e me abraçando, impedindo qualquer tentativa de fuga minha.
- S/N, acho que alguém está com ciúmes. – Dava para ouvir claramente pelo tom de sua voz que estava segurando a risada. – Vocês parecem um casal de adolescentes.
- ME SOLTA! – Tentei me libertar novamente.
- Minha!
- Arg!
- Minha!
- Vou deixá-los à sós.
- SAI DE CIMA!
- Minha! – Ele me apertava mais.
Certo, admito que estava amando ver ele com ciúmes, parecia uma criança com os olhos em chamas quando falei que talvez me encontrasse com o cérebro de passarinho, claramente poderia usar minha força real e fazê-lo voar, mas não queria e ele sabia disso.
- Ah! – Soltei um suspiro. – Amor? – Falei com a voz calma.
- Não.
- Solta só um dos meus braços, por favor. – Dessa vez deixei a voz mais manhosa e ele me atendeu. Levei a mão até seus cabelos com a raiz branca e comecei a fazer cafuné.
- Não confio nele. – Olha a criança murmurando magoada. Aquilo foi como uma flecha diretamente no meu coração.
- Meu amor, eu preciso.
- Eu sei, mas...
- Eu prometo voltar assim que a operação terminar.
- Você não entende...
- Por que não tenta me explicar então? – Ele levantou o rosto e me encarou fundo nos olhos e em silêncio, como se estivesse avaliando se me contaria ou não. – Você está sabendo de algo? Se estiver eu preciso saber, tenho até hoje para aceitar ou recusar.
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Riscos de um amor criminoso
ChickLitDepois de tantas tragédias em sua via, S/N resolve voltar para o Japão e morar por um tempo com sua avó e recomeçar a vida do zero. O que não esperava era encontraria alguém do passado que a faria questionar sobre a sociedade atual em que trabalha e...