Capítulo 32 - Adeus

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!!!!!AVISO: ESSE CAPÍTULO CONTÉM VIOLÊNCIA E SANGUE PRA CARAMBA, CHACINA, SE VOCÊ É SENSÍVEL A ESTE TIPO DE CONTEÚDO, RECOMENDO PARAR DE LER UM POUCO DEPOIS DO "NARRADOR POV" E IR DIRETO PRA QUANDO O ENDEAVOR APARECE!!!!!!!!!

- NÃO!

Escutei um grito e uma pressão na cintura e uma dormência, olhei minha vó em meus braços com uma expressão de surpresa. De repente uma dor como se um espeto estivesse me furado e estrelas apareceram na minha visão, senti o sangue molhando minhas roupas tanto atrás onde o tiro entrou quanto na frente, por onde saiu.

- Nada mal, nada mal mesmo. – Slayer veio caminhando em nossa direção batendo palmas.

Me virei pronta para voar em seu pescoço, minha visão estava hiper focada, uma mão tocou minhas costas e olhei para trás, havia uma mancha de sangue em seu peito... O tiro que saiu...

- Não, não, não, não! – Coloquei minha mão no sangramento, havia um buraco, pelo jeito a bala atravessou meu corpo e perfurou o dela. – Vó, aguenta firme!

Arrebentei suas amarras, deitei seu corpo no chão com a cabeça em meu colo e tentei fechar o ferimento usando minha individualidade de água, mas ela segurou minha mão me impedindo.

- Escute bem.

- Não, deixa eu fechar isso depois a senhora fala. – As lágrimas surgiram molhando meu rosto.

- S/N, você sabe, não sabe? – Ela me olhou com serenidade no olhar.

- Não vou deixar!

- Me escute. – Ela colocou a mão em meu rosto. – Nada disso é sua culpa, viu? Tem coisas que devem acontecer.

- Por favor, vó. Eu consigo curar a senhora.

- Meu amor, você consegue ver minha mana. Mesmo que cure essa ferida, não vou ter forças para resistir.

- Eu não quero que a senhora vá, por favor! – Eu chorava soluçando, meu peito doía mais que o tiro que eu havia levado.

- Não se preocupe, eu tive uma vida boa ao lado do seu avô e dos meus filhos, depois vieram meus netos... Posso dizer que fui feliz, obrigada. – Ela sorria serena. – Agora é a sua vez ao lado de quem você ama.

- Mas...

- Você sabe de quem estou falando, ele também te ama, se não, não teria o trabalho de voltar para a sua vida, não é? – Apenas olhei chocada, mesmo a beira da morte ela continua surpreendendo. – Vidas que se separam com tragédia e depois se encontram é porque suas almas estão ligadas. Conte a ele como se sente e o que sabe, não deixe para o momento certo, ele pode nunca chegar. – Começou a tossir sangue. - Promete?

- Prometo. – Ela deu um último sorriso e lentamente fechou os olhos, seu corpo soltou um suspiro e sua mão que estava no meu rosto amoleceu, ela faleceu com sorriso e uma expressão serena no rosto, mesmo depois de tudo que havia sofrido.

- HÁ HÁ HÁ HÁ! NÃO ACREDITO QUE FINALMENTE CONSEGUI ACABAR COM A GRANDE LURDES S/S! E ainda mais atravessando um tiro pela própria neta! – Slayer ria que nem um louco e a raiva que eu estava sentindo antes voltou mais forte. – Sinceramente, esperava que ela aguentasse um pouco mais, mas enfim.

O ódio por aquele homem fervia junto com repulsa e um nojo daquele ser que se divertia com o sofrimento dos outros.

- Pensando bem... – Colocou a mão no queixo pensativo. - Acho que não vou mais querer saber de você. – Olhou para mim com seu sorriso sádico e apontou a arma. – Vou fazer você se juntar com seus pais e seus avós, seja lá onde eles estiverem.

Riscos de um amor criminosoOnde histórias criam vida. Descubra agora