Capítulo 14 - Hospital

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– Não achou que eu ficaria longe depois de saber que veio parar em um hospital depois de quase se matar queimada, não é? – ele se levantou e veio até mim e me ajudou a subir de volta na cama, me segurando como se fosse uma boneca de cristal.

- Como...? – Tentei perguntar como ele conseguiu entrar, mas o cérebro ainda estava brincando de rodopiar.

- Eu tenho meus truques. – Ele levantou o encosto da cama para que eu me apoiasse e continuasse em um ângulo como se estivesse sentada.

- Que fofo, ficou preocupado comigo. – Brinquei com ele enquanto seus braços estavam em minha volta ajeito meu travesseiro, aproveitei para sentir seu perfume, mas logo me deu mais crise de tosse, merda de fumaça.

- Calma, respira devagar. – Se sentou ao meu lado. - Olha, não é por nada, mas se queria brincar com fogo, era só ter me pedido. – Sorrio sarcástico levantando o indicador direito com uma pequena chama azul, sabia que era ele! Agora não resta mais dúvidas!

- Engraçadinho!

- Mas o que deu de se jogar assim?

- Talvez o fato de eu ser super-herói e esse ser o meu dever? – Falo como se fosse a coisa mais óbvia.

- S/N, poderia ter morrido.

- Se eu tivesse morrido, estaria até feliz, pois consegui salvar ao menos uma pessoa, afinal, me tornei super-herói para isso. – Ele apenas me olha e suspira pesado.

- Vocês, heróis...

- "Vocês, heróis..."– Imitei sua voz fazendo a careta e revirando os olhos, cheia de curativos, mas consegui arrancar um sorriso do moreno. – Relaxa, Chamander, eu estou bem, inteira e viva!

- Chamander?

- Pokemon...?

- Não curto.

- Pelo menos conhece. – Me dei por satisfeita, vindo de alguém que não conhece Frozen...

- Por que não se cura como eu soube que fez o moleque?

- Minha cura não funciona em mim mesma. Irônico não? – Fez-se silencio no quarto até que ele o quebrou.

- Vai ficar quanto tempo aqui?

- Talvez dois dias, disseram que querem observar porque eu bati a cabeça, inalei uns gases aí muito louco e desmaiei.

- Se te interessar, também conheço umas fumaças que deixa a pessoa bem louca. – Ele se apoio na cama com aquele olhar de galã de novela das 21h e eu só lhe dei um tapa leve. – Ai! Brincadeira, eu estou aliviado que esteja viva e bem. – Seu olhar mudou completamente para um cheio de preocupação, assim meu coração não aguenta!

- Não pense que vai ser fácil se livrar assim de mim, Ursão. – Coloco minhas mãos na cintura.

Ele se levantou, me segurou pelas bochechas com o maior cuidado e tocou nossos narizes.

- Nem pretendo. – Deu um beijo suave e inocente, cheio de alívio e carinho, após isso grudou as nossas testas. – Não me dê esse susto de novo, entendeu?

- Não vou prometer nada, mas posso tentar. – Sorrimos junto e nos beijamos, novamente aquela sensação que o mundo parou somente para nós me domina e levou minha mão direita ao seu rosto lhe fazendo um carinho.

Riscos de um amor criminosoOnde histórias criam vida. Descubra agora