Capítulo 15 - Saída do hospital

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- Bom, gostaria de começar a falar sobre o incêndio, o que você sabe sobre o local?

-Tudo o que eu sei foi o que meu parceiro me passou a caminho, que o local funcionava como um karaokê, mas era fachada para os negócios de um grande agiota da região e que a explosão que causou o incêndio foi provocada por vazamento de gás, que ele controlou antes de pousarmos e falar com o policial responsável por conter a multidão.

- Saquei... E o que viu lá dentro?

- Fogo, chamas, coisas queimando, não tinha muito o que ver além disso. Quando cheguei lá, não dava nem para respirar direito, se não fosse pela Aura, eu não teria nem chego perto da entrada, quem dirá entrado e salvo o rapaz.

- Onde que ele estava?

- Ele estava preso embaixo de um monte de armário e escombros, dentro da dispensa que foi protegida pela porta de metal pesado.

- Como conseguiu abrir? – Ele fazia as perguntas sério, não parecia o mesmo rapaz, o que me fez responder do mesmo jeito.

- Graças a toda essa coisa de raposa, minhas habilidades físicas são aprimoradas, faro, audição, velocidade, força... essas coisas tudo são superiores à um humano normal, então bastou eu chutar com toda minha força que eu arrebentei a fechadura e entrei.

- Entendi, agora me diz uma coisa, quanto tempo é super-herói?

- Eu tenho a licença desde os 18, mas eu mal consegui trabalhar com isso no Brasil, digamos que lá as coisas são mais complicadas... Então me mudei de volta para a cidade e faz uma semana que trabalho na empresa do Endeavor.

- Do Endeavor? – Ele ficou surpreso.

- Sim.

- Mas pelo que vi, você controla água, nada relacionado a fogo.

- Digamos que o motivo dele ter me contratado é complicado e uma longa história. – Desviei seu olhar, não vou sair por aí contando que eu já fui sua nora e todo nosso passado, não cabe a mim trazer essa história a público.

- Hum... Uma hora vou querer saber. – E lá estava aquele olhar provocador.

- Quem sabe um dia.

- Em um jantar?

- Está me convidando para um jantar, passarinho?

- Só se você aceitar, Baby Bird.

- Vou pensar no seu caso quando eu sair do hospital. – Sorri com o loiro.

- Bom, mas preciso fazer mais algumas perguntas.

- Manda.

- Solteira?

- Sim. – Agora eu ri.

- Posso ter seu número?

- Aqui. – Alcancei meu celular e ele pegou o seu lendo o código QR.

- Posso saber seu nome verdadeiro?

- Eu vou saber o seu?

- Touchê, Baby Bird. – Riu e deu uma piscada para mim enquanto se levantava e saía do quarto, parou na porta e se virou para mim. – Aliás, você é muito fofa dormindo.

- Como sabe?

- Eu vim aqui de manhã cedo, mas alguém estava em um sono profundo abraçada em um travesseiro. – Ele riu e acenou. - Até mais, Baby Bird. – Acenei e ele se foi.

Riscos de um amor criminosoOnde histórias criam vida. Descubra agora