- Bom, gostaria de começar a falar sobre o incêndio, o que você sabe sobre o local?
-Tudo o que eu sei foi o que meu parceiro me passou a caminho, que o local funcionava como um karaokê, mas era fachada para os negócios de um grande agiota da região e que a explosão que causou o incêndio foi provocada por vazamento de gás, que ele controlou antes de pousarmos e falar com o policial responsável por conter a multidão.
- Saquei... E o que viu lá dentro?
- Fogo, chamas, coisas queimando, não tinha muito o que ver além disso. Quando cheguei lá, não dava nem para respirar direito, se não fosse pela Aura, eu não teria nem chego perto da entrada, quem dirá entrado e salvo o rapaz.
- Onde que ele estava?
- Ele estava preso embaixo de um monte de armário e escombros, dentro da dispensa que foi protegida pela porta de metal pesado.
- Como conseguiu abrir? – Ele fazia as perguntas sério, não parecia o mesmo rapaz, o que me fez responder do mesmo jeito.
- Graças a toda essa coisa de raposa, minhas habilidades físicas são aprimoradas, faro, audição, velocidade, força... essas coisas tudo são superiores à um humano normal, então bastou eu chutar com toda minha força que eu arrebentei a fechadura e entrei.
- Entendi, agora me diz uma coisa, quanto tempo é super-herói?
- Eu tenho a licença desde os 18, mas eu mal consegui trabalhar com isso no Brasil, digamos que lá as coisas são mais complicadas... Então me mudei de volta para a cidade e faz uma semana que trabalho na empresa do Endeavor.
- Do Endeavor? – Ele ficou surpreso.
- Sim.
- Mas pelo que vi, você controla água, nada relacionado a fogo.
- Digamos que o motivo dele ter me contratado é complicado e uma longa história. – Desviei seu olhar, não vou sair por aí contando que eu já fui sua nora e todo nosso passado, não cabe a mim trazer essa história a público.
- Hum... Uma hora vou querer saber. – E lá estava aquele olhar provocador.
- Quem sabe um dia.
- Em um jantar?
- Está me convidando para um jantar, passarinho?
- Só se você aceitar, Baby Bird.
- Vou pensar no seu caso quando eu sair do hospital. – Sorri com o loiro.
- Bom, mas preciso fazer mais algumas perguntas.
- Manda.
- Solteira?
- Sim. – Agora eu ri.
- Posso ter seu número?
- Aqui. – Alcancei meu celular e ele pegou o seu lendo o código QR.
- Posso saber seu nome verdadeiro?
- Eu vou saber o seu?
- Touchê, Baby Bird. – Riu e deu uma piscada para mim enquanto se levantava e saía do quarto, parou na porta e se virou para mim. – Aliás, você é muito fofa dormindo.
- Como sabe?
- Eu vim aqui de manhã cedo, mas alguém estava em um sono profundo abraçada em um travesseiro. – Ele riu e acenou. - Até mais, Baby Bird. – Acenei e ele se foi.
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Riscos de um amor criminoso
ChickLitDepois de tantas tragédias em sua via, S/N resolve voltar para o Japão e morar por um tempo com sua avó e recomeçar a vida do zero. O que não esperava era encontraria alguém do passado que a faria questionar sobre a sociedade atual em que trabalha e...