Riscos de um amor criminoso

Capítulo 7 - O trabalho

 
~DABI POV~

 
Acordei já era meio da tarde, hoje nem fiz questão de sair da cama, teria um trabalho para fazer à noite, mas a fome falou mais alto. Me levantei e fui para a cozinha, onde peguei sobras de pizza de uns dias antes. Procurei o controle para ligar a TV e colocar em um canal qualquer, apenas para fazer barulho, quando escuto sobre um cara chama STAIN. Aparentemente, ele matava super-heróis que ele considerava indignos do título, irônico, posso passar o nome de um muito famoso para ele.  
Fiquei vendo a notícia por mais um tempo então parei para refletir sobre isso. 

- Realmente.... Existe tanto “super-heróis” que na sus vida particular são piores que nós, supostos “vilões”. – Com esse pensamento comecei arrumar as coisas para o serviço, seja lá o que Tooru queria.  

Já estava anoitecendo quando resolvo sair de casa, assim não preciso perder meu tempo tentando esconder meu rosto. Uns minutos de caminhada então vejo um tumulto mais à frente e alguém passa por mim falando. 

- Quem é ela? Nunca vi nenhuma super-herói aqui que seja raposa e mesmo assim está melhor que muitos por ai! – “raposa”? Só conheço uma pessoa com essas características e que se tornou herói. 

Vou em passos lentos para a multidão me misturando no meio para ver quando algo salta extremamente alto e parando no ar. Seu uniforme preto com detalhes em vermelho valorizando cada curva de seu corpo, os punhos cerrados com círculos rosa envolta, usando capuz que escondia seus cabelos apenas deixando suas orelhas de fora e uma mascará envolta dos olhos iluminados pela mana. Parecia ter saído daqueles quadrinhos de tão linda que ela estava. 

-Acha que uma pirralha como você consegue com alguém do meu tamanho? – O cara com quem ela estava lutando gritou. 

- Idiota! Já ouviu o ditado “tamanho não é documento”? – Ela sorriu e juntou as mãos acima da cabeça criando uma grande bola de mana e começou a cair. – Earth Whole! – Quando ela bateu no chão, um buraco se abriu envolta dele o engolindo até o pescoço. – Aquieta o facho aí até a polícia chegar, “grandão”.

Logo a polícia chegou e o levou embora, um deles se aproximou dela para agradecer. 

- Muito obrigado! É... Como se chama? 

- Foxxy! Me chamem de Foxxy! 

- FOXXY! FOXXY! FOXXY! FOXXY! – A multidão gritava por ela. 

- Foxxy, pegamos o outro ladrão, aqui está tudo certo? - Chegou um outro super-herói. 

Minha deixa para ir embora e seguir meu caminho. Quando chego no local combinado, havia guardas na entrada, passo direto pois nesse lugar, todos já me conhecem. Era um tipo de bar/karaokê, caminho até umas das salas privativas e entro. Tooru estava em pé, assassinando alguma música pop enquanto umas mulheres o aplaudiam sentadas no sofá que havia uma mesa redonda cheia de bebidas e petiscos. Tooru era um cara alto, mais alto que eu, com olhos e cabelos castanhos, andava sempre cercado de homens armados e mulheres fúteis, era um agiota conhecido da região.

Canso de esperar ele terminar de assassinar a música e me sento pegando algumas cervejas long neck que estavam em cima da mesa. Assim que termina, ele se vira com um sorriso, quase parecendo uma criança, para as meninas, mas quando me vê, volta para sua expressão de deboche.

- Dabi-chan!

- É Dabi! Então quer dizer que não basta mais mandar matar pessoas? Está matando músicas também?

-Bem-humorado como sempre! Minhas lindas, poderiam nos dar licença por um instante? Precisamos resolver alguns negócios. – Ele se vira para elas com um sorriso que juro me dar ânsia de vomito.