Capítulo - Início da rotina

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~DABI POV~   
 
Voltando para casa, entro, tranco minha porta e vou direto tomar uma ducha, estou todo suado e cheio de sujeira. Ligo o chuveiro deixando meus pensamentos fluírem sobre os acontecimentos da semana.

Tooru havia me encomendado mais serviços, pequenos, uns roubos aqui, outros ali, já pagou por todos eles, incluindo o que havia feito semana passada. De vez em quando, caminhando pela cidade durante a noite eu a via patrulhando pela cidade junto com o playboyzinho do colega dela, minha vontade era poder queimar ele até não sobrar nada além de cinzas, apenas pelo fato de estar próximo dela.    

Não entendo essa sensação, era uma mistura de felicidade por ver ela, porém, uma raiva pois ela estava sorrindo com outra pessoa, não comigo, seria isso ciúmes que as pessoas comentam? Nunca havia sentido isso antes, nem quando namorávamos na adolescência, até mesmo, ninguém queria ser amigo dela com medo pelo fato de ser hibrida de raposa.   
Entendam, existe os mutantes, os humanos normais e os híbridos, que são quando um parente que é mutante se casa com humanos normais e assim adiante, mas as gerações seguintes apenas possuem certas características, os tornando meio termo, meio mutante, meio humano normal. S/N é uma hibrida, pois seu avô era um mutante que se casou com humana e seus pais eram humanos, mas ela possui as características de raposa.   

Mas o que mais estava na minha cabeça era o tal corretor de imóveis. Sujeito estranho, viu um vilão roubando seu armazém e ainda quer discutir sobre negócios? Falando algo sobre uma equipe de vilões para acabar com a sociedade de heróis. Desde quando vilões formam equipes?

 
~FLASHBACK~   

 
- Entendeu o serviço, Dabi-chan? – Tooru me encarava.   

- Não sou burro. Entrar, roubar o pacote que falou e queimar o resto, caso alguém apareça, FUSH, virar pó.  

- Exato! Por isso é o meu favorito, Dabi-chan!  

Lá estava eu, em frente ao armazém do tal corretor, entrar foi a parte fácil, apenas queimei a fechadura que derreteu em instantes. Estava um breu, levantei minha mão direita e fiz uma chama o suficiente para iluminar a minha frente e... Meu deus, quanto entulho! Sério que tem algo de valor ao Tooru por aqui? Ou se quer tem algo que tenha algum valor?  

Havia apenas caixa empoeiradas, sacolas de lixo preta e entulhos, pilhas e pilhas disso.  

- Tooru, se isso for uma armadilha... Está fudido.   

Continuei caminhando até achar uma bancada com mais entulho e uma caixa, assim como dito, dentro havia várias pastas policiais, fichas de alguns criminosos da cidade, o que estaria fazendo aqui? Foda-se, meu dever é pegar e queimar tudo. Fui em direção à saída passando minhas chamas por onde caminhava e iniciando um pequeno incêndio, lancei mais algumas do outro lado do armazém para garantir que queimaria tudo, atravessei a rua apenas apreciar vendo a labaredas azuis fazendo aquele lugar sumir e virar pó.  

- Ótimo trabalho, acredito que nem eu teria encontrado alguém que faria melhor.  

Me virei rápido, era impossível! Não havia mais ninguém aqui, lembro de ter verificado para não ser reconhecido. Era um homem de meia idade grisalho, vestia um blazer roxo parecendo um dinossauro de desenho infantil com um cachecol de tricô cor parecido com palha, um bigode parecendo sujeira no rosto e óculos estilo Jhon Lenon, porém não tão escuro.  

- Deve estar pensando que é impossível, certo? Desculpe rapaz. – Ele levou um cigarro até a boca e o acendeu. – Minha individualidade apaga a memória dos últimos 5 minutos, mas vamos falar do que realmente interessa, você. – Aponta para mim e logo dá uma tragada, apenas o encaro, tanto pelo acontecido quanto a vontade de pegar o cigarro.  

Riscos de um amor criminosoOnde histórias criam vida. Descubra agora