Me Faz Perder O Juízo! - Fillie

Os porquinhos gulosos...

LEIAM as notas finais!
E uma boa leitura🍍

Millie Pov

- tem certeza que não quer que eu entre com você? - perguntou segurando meu rosto entre as mãos, me olhou calmante.

- e-eu....tenho. - respiro fundo.

- quero que fique calma, está bem? - diz olhando no fundo dos meus olhos. Meus pensamentos estavam bem longe dali. Estava em trânsito no meio do cosmo, sem saber para onde ir e o que fazer. - está bem? - perguntou novamente atrás de uma confirmação minha. Assinto lhe dando um meio sorriso - e não esquece que eu te amo. - pressionou seus lábios carnudos ao meu e se afastou para me observar melhor.

- eu também te amo. - ponho uma mecha do cabelo para atrás da orelha e abro a porta do carro antes de lhe dá mais um selinho.

- me dá notícias tá bom. - grita assim que estou a uma boa distância do carro. Sorrio apenas para lhe assegurar de que estava bem. Mas na verdade, minhas pernas fraquejavam, meus olhos já inchados estavam começando a encharcar novamente. O aperto e o desespero em meu peito assim que me aproximava mais da porta do hospital era irreconhecível. Sentia-me como um extraterrestre fora de suas órbita. Minha respiração acelerada, as mãos trêmulas e o choro irregular ainda estavam rolando enquanto eu apenas estava no estacionamento. Danfo passos largos e limpando as lágrimas. Ouvi o som do carro de finn dá partida, o que me fez pensar em o quanto ele me acalmava durante o caminho até aqui.
Respiro fundo e engulo em seco. Tomando a iniciativa de entrar ao hospital de uma vez por todas.

O cheiro de capim seco e álcool me receberam. Dou alguns passos a frente da recepção um busca de pedir qualquer informação se quer. Mas antes mesmo de chegar até ali escuto a voz de paige atrás de mim.

- millie! - assim que olho para trás meu coração pareceu muchar em ver mamãe e paige com os olhos totalmente inchados.

- cadê o papai? Ele está bem? - nem tive tempo algum de fitar ambas as duas quando fui recebida por um abraço bem apertado de mamãe.

- ele está na sala de cirurgia. - respondeu Paige com o celular nas mãos pálidas. Arregalei os olhos.

- sala de cirurgia? - passo a mão pelos fios rebeldes tentando amenizar a tensão.

- o médico nos explicou que ele sofreu uma fratura na costela e em uma boa parte da região. - eu já podia ver as lágrimas escorrendo pelo rosto de mamãe. Era explícito a dor, a tristeza e a  preocupação em suas iris. Suas mãos cruzadas não paravam de balançar. Assim como cada vez mais que eu sentia a ponta do meu nariz esquentar. Prevendo um tsunami de choro.

- fratura na costela....- murmuro fitando o chão. Meu peito se apertou ainda mais quando meus pensamentos atingiram todo o tempo em que estive longe da minha família. Todas as datas comemorativas em que nos víamos, e os feridos em que a saudade me tomava conta. Me doía sentir o quanto perdi uma boa fase do crescimento de ava, e a formação de Charlie. E só de pensar que agora mesmo, o meu velho pai estava em uma sala sendo operado para uma fratura na costela, o vazio em peito foi preenchido por culpa e desgosto. Sinto-as me alagar como se eu estivesse em um tanque com água até a boca. O ânimo e a alegria que me tomavam na noite até às poucas horas da manhã. Sumiram assim que vi o soluçar na voz de Kelly ao me ligar. As poucas horas de felicidade por estar pela primeira vez depois de longos anos, tomando um café com o meu namorado. Entrar no carro, enquanto uma música hippie tocava no rádio, e olhar as folhas das árvores cobertas por neve. Me deixou ainda mais...vazia. E estaria ainda pior se finn não vinhesse por todo o percurso me deixando calma e no controle. As vezes, tudo o que eu precisasse agora era de um abraço da minha família...que acontecia neste exato momento. Mas é claro, se todos estivessem nele, juntos. Como a verdadeira família brown.