📍Como?

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Ana On

O ar do lado de fora estava quente, diferente da escola.

Olho ao redor vendo tudo destruído, muitas pessoas mortas.

Rastros de sangue se faziam visíveis em meio ao asfalto.

Não demorou muito a um metamorfo vir em nossa direção.

Eu sempre me perguntei, como um metamorfo é sem está em uma forma diferente, e sim em sua única forma.

E bem... ele só é carne humana, sem um rosto definido, era só carne, tendões, e sangue.

Rápido como vento, Bakugo manda uma explosão em direção ao metamorfo.

Isso mata o ser sobrenatural, porém chama a atenção de outros, nosso plano não está indo como deveria ser.

Sinto meu corpo ser arremessado para o chão, logo vendo um metamorfo, arranhar por completo minha roupa.

Bakugo- SAI!

O mesmo lança mais uma explosão. Mesmo minha roupa tendo uma camada térmica, ainda consegui sentir o calor da explosão de Bakugo contra meu corpo, mas isso realmente não me parou.

Tinha sangue saindo de mim, aonde aquele metamorfo desgraçado me arranhou, mas isso não iria me parar.

Olhando em volta, todos mantinham uma luta estável, nada de gente machucada no chão.

Mas lembre-se, se o universo não te ama, ele realmente não te ama.

Em menos de segundos, vi kirishima ser pisado pelo grande monstro.

Mesmo kirishima estando com sua individualidade "ativada" eu arremessava varias bolas de fogo no pé do bicho.

E olha só, quem diria não é mesmo, o bicho se reconstrói.

Mas mesmo assim eu não parei, nunca iria parar se preciso.

Nunca me perdoaria, em saber que por um descuido meu, de não poder ajudar meu amigo ele pode morrer, nunca pararia.

NUNCA

E ali fiquei, em meros minutos, minhas mãos já estavam cansadas. Era tudo que eu podia fazer, tudo que eu conseguia fazer.

E assim foi... em um piscar de olhos... ele tinha ido, seu sangue se espalhou por toda a pata do monstro.

E ali eu fiquei...

Eu travei ali.

Até sentir uma mão me puxar, era a Mina, ela tinha já seus olhos marejados, porém não parou para se lamentar.

Me puxando ainda com mais força.

Começo a correr junto a ela, era tudo que podíamos fazer agora.

Minha mente nublava.

Nenhuma ideia.

Nenhuma razão.

Nenhum plano...

POR QUE NADA!

Olho para trás.

É como brincar com tinta, se você se distrair, tudo em sua volta fica manchado.

Tudo. Estava. Sujo.

Tudo. Estava. Manchado.

Tudo. Estava. Coberto. De. Sangue.

Todos estavam ali, pisados, com seus corpos moles.

Sem pensar duas vezes, corri, passei entre todos os corpos dos meus amigos, aquilo, realmente me deixava cada vez mais com ânsia.

Novamente na escola, eu corria desesperada para o porão, ele parecia cada vez mais longe, eu fechava meu olhos, sentindo cada risco molhado deslizar por minhas bochechas.

Eu paro em frente a porta do porão.

Como eu explico que todos morreram.

Como isso tudo começou?

Como eu ainda estou em pé?

Como eu gostaria que tudo voltasse ao normal.

Abro a porta do porão, o mais rápido possível.

Mas ali.

Ali na minha frente.

Vejo Isa... sua boca... está cheia... a barriga de lida está aberta...enquanto os corpos dos outros, estão arremessados por tudo que é canto...

Eu não penso duas vezes, estendo minha mão trêmula, e a ataco.

O fogo verde se espalha tão rápido.

Isa (Yuna)- ANAAAAAAAA..... COMO PODEEEE.... AAAAAAAAAAAAA...... SOCORROOROOOO.

Eu chorava.

Eu clamava.

Eu desisti.

Ali vendo minha melhor amiga morrendo queimada viva.

Eu desisto, eu retiro minha roupa, e me jogo no fogo.

Nada mais faz sentido... nada mais me causa dor... nada mais existe.

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